Aspectos históricos da figura masculina: Violência contra a mulher
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10787Palavras-chave:
Violência contra a mulher; Valores culturais; Intervenções.Resumo
A violência contra a mulher é um problema de saúde pública possuindo relações intrínsecas a fatos históricos e a valores culturais. Este trabalho tem como objetivo analisar fatos históricos e culturais vinculados ao respectivo tema. Foi realizada uma revisão narrativa entre os meses de setembro e novembro de 2020, através de busca em bases de dados voltados para as seguintes fontes: artigos acadêmicos, monografias e livros. Os resultados encontrados mostram que, ao longo da história, o homem se impôs como figura principal dos fatos e acontecimentos, enquanto a mulher tornou-se uma figura de submissão e apoio. É perceptível que a escrita, na Idade Antiga, e a atuação da igreja católica, na Idade Medieval, contribuíram fortemente para enaltecer o sexo masculino. Nessas épocas, as mulheres praticamente não dominavam a escrita, ficando a cargo dos homens a produção literária, as quais traziam consigo as suas percepções dentre elas a submissão feminina. Logo, o ponto de vista feminino e suas possíveis contribuições em áreas preteridas pelos homens foram desfavorecidas pela história, sendo justamente esses fatos históricos que criou na sociedade valores culturais que contribuíram para o aumento dos casos de violência contra a mulher. Diante desta pesquisa, conclui-se que a violência contra a mulher possui raízes históricas e culturais, ligadas principalmente ao machismo. Apesar dos avanços das leis jurídicas conquistadas ao longo dos anos, os serviços de proteção às mulheres vitimadas apresentam uma ineficácia preocupante. Os dados indicam uma real necessidade de ampliação e solidificação das medidas de proteção à segurança da mulher.
Referências
Araújo. C. (2000). Marxismo, feminismo e o enfoque de gênero. Crítica Marxista, (11), 65-70. São Paulo: Boitempo.
Almeida, E. O. S, Nozawa, T. N. E, Romera, V. M. (2012). Violência Intrafamiliar Contra A Mulher: Intervençõesdo Assistente Social. Brasil DF. Recuperado de:.
Avon/Ipsos. Pesquisa Instituto Avon/Ipsos Percepções sobre a Violência Doméstica Contra a Mulher no Brasil (2011). Percepções sobre a Violência Doméstica Contra a Mulher. Recuperado de:<http://www.institutoavon.org.br/tag/pesquisa/>.
Anderson, M. I. P, Romero, X. A, Arias-Castillo, L, Moreno, C. B, Sinisterra, J. S. G, Martín, T. M. (2018). Medicina de família e comunidade, atenção primaria e violência: formação e ação em Iberoamerica. Rev Bras Med Fam Comunidade. 13(1):9-28.
Brasil. Presidência da República. (2015) Lei nº 13.104, de 9 de Março de 2015. Altera o art. 121 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, para prever o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, para incluir o feminicídio no rol dos crimes hediondos. Brasília: Presidência da República.
Brasil. Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. (2011). Secretaria de Políticas para as Mulheres. Política nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres. Brasília: Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
Brasil. Ministério da Saúde (MS). (2008). Temático Prevenção de Violência e Cultura da Paz II. Brasília: OPAS.
Brasil. Ministério Da Saúde. (2009). O que é incesto. Recuperado de:<http://dab.saúde.gov.br/cnhd/ações.php>.
García-Moreno C, Jansen, H. A. F. M, Ellsberg, M, Heise, L, Watts, C. (2005). Multicountry study on women’s health and domestic violence against women: initial results on prevalence, health outcomes and women’s responses. Geneva: World Health Organization.
Karawejczyk, M. (2020). O voto feminino no Brasil. Brasil-DF. Recuperado de: <http://querepublicaeessa.an.gov.br>.
Laraia, M. (2009). Cultura: conceito antropológico um. São Paulo: Companhia das letras.
Lennon, J. (2010). Woman Is The Nigger Of The World. Recuperado de:<http://obaudoedu.blogspot.com.brl>.
Lima, R. L. (2010). O Imaginário Judaico-Cristão e a Submissão das Mulheres. Fazendo Gênero 9, Diáspora, Diversidade, Deslocamentos. 23 a 26 de agosto.
Mendonça, C. S, Machado, D. F, Almeida, M. A. S, Castanheira, E. R. L. (2020). Violência na Atenção Primária em Saúde no Brasil: uma revisão integrativa da literatura. Ciênc. saúde coletiva vol.25 no.6 Rio de Janeiro June 2020 Epub June 03.
Marteleto, R. M. (2009). Informação Saúde e Redes Sociais: diálogos de conhecimentos nas comunidades da Maré. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Minayo, M. C. S, Souza, E. R. (1997). Violência e Saúde como Campo Interdisciplinar e de ação coletiva. Hist Cien Saude; 4(3):513-531.
Treviso, M. A. M. (2012). A Igualdade, O Princípio Da Proibição Da Discriminação E As ações Afirmativas Como Promoção Dos Direitos Humanos, À Luz da Teoria Crítica. Recuperadode:<http://www.trt3.jus.br/download/artigos/pdf/109_igualdade_acoes_afirmativas.pdf>.
Santos, M. M, Oliveira, L. (2010). Igualdade nas relações de gênero na sociedade do capital: limites, contradições e avanços. Rev. Katál. Florianópolis 13(1), 11-19.
Varella, D. (2006). Borboleta da alma: escrito sobre ciência e saúde. São Paulo: Companhia das letras.
WHO Global Consultation on Violence and Health. (1996). Violence: a public health priority. Genebra: WHO.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Jaciara Pinheiro de Souza; Murilo de Jesus Porto; Ana Mara Borges Araujo; Gione Pinheiro Santana; Geilda Pinheiro Filgueiras; Allan Jhony Almeida dos Santos; Jeferson de Menezes Souza; Marcos Mendes de Matos; Luiz Rodrigo de Almeida Reis
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.