Desenvolvimento de abelhas melíferas em colmeias com diferentes cores e materiais de cobertura no semiárido brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10890Palavras-chave:
Ambiência; Apicultura; Apis mellifera; Termorregulação.Resumo
O presente estudo teve o objetivo de verificar a influência de diferentes cores e materiais de cobertura em colmeias Langstroth analisando o desenvolvimento das abelhas melíferas (Apis mellifera). O experimento foi conduzido em um apiário experimental, em Petrolina (Pernambuco, Brasil). Foram utilizadas 24 colmeias, dispostas em um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 2 (três cores e dois tipos de cobertura). O desenvolvimento das colônias foi analisado através de um mapeamento dos quadros de ninho e mensurações da temperatura interna das colmeias, em seguida, realizou-se a contagem de área contendo mel, pólen, crias de operária (fechadas e abertas) e crias de zangão. Os resultados indicam que em colmeias tradicionais (não pintadas) ou pintadas de branco, com e sem a placa de gesso sob sua tampa, há um maior armazenamento de pólen e mel, além da maior área com crias de abelhas operárias. Já em caixas Langstroth pintadas de azul, há um aumento da temperatura interna na colmeia, com uma maior área de crias de zangão. Dessa forma, manter as colmeias com cores claras e protegê-las com gesso é uma alternativa para evitar o aumento excessivo da temperatura interna nas colmeias.
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