Levantamento epidemiológico dos casos de dengue, febre chikungunya e vírus Zika na macro região noroeste do Estado do Paraná no período de 2015 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10950Palavras-chave:
Aedes aegyti; Febre amarela; Epidemia; Semana epidemiológica.Resumo
Aedes aegypti transmite doenças arbovirais de importância para a saúde pública como vírus Zika, dengue, febres chikungunya e amarela. O surgimento rápido e contínuo de vírus transmitidos por estes artrópodes representa um sério desafio. Vários fatores, como urbanização, aumento de viagens e mudanças climáticas estão contribuindo para surtos locais e disseminação global. Objetivo: este estudo consistiu em um levantamento epidemiológico dos casos de dengue, febre chikungunya e vírus Zika na macrorregião noroeste do estado do Paraná. Metodologia: foi realizado um levantamento dos casos de dengue, febre chikungunya e vírus zika na macrorregião noroeste do Estado do Paraná registrados no período correspondente de 2015 a 2020; teve como base as notificações na forma de boletins semanais fornecidas pela Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, apresentados na forma de semanas epidemiológicas. Resultados: verificou-se que os casos/mortalidade por dengue foram os mais expressivos, quando comparados aos casos/mortalidade por febre chikungunya e Zika vírus no período analisado. O aumento ou diminuição dos casos/mortalidade entre as três doenças não ocorreram de forma proporcional, e esta constatação pode ser evidenciada na semana de número 36 apresentando maiores casos de vírus da zika (93 casos); e a semana de número 43 com 97288 casos e 78 mortes de dengue, contra 2 casos de febre chikungunya e 1 caso de vírus da zika. Conclusão: até a presente data não existe uma forma efetiva de erradicação deste culicídeo. Recomenda-se desta forma, a adoção de medidas sócio-educativas para conter a disseminação do A. aegypti.
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