Quando um único incisivo central faz a diferença para a identificação humana – um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11010Palavras-chave:
Odontologia Legal; Ciências Forenses; Radiografia panorâmica; Incisivo central superior.Resumo
A análise das características e padrões dentais figura entre os principais meios de identificação humana estabelecidos pela Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL). Diferentemente da impressão digital e das análises genéticas, a odontologia legal não requer necessariamente um número mínimo de semelhanças entre os dados antemortem e postmortem. Em outras palavras, a identificação humana poderia ser obtida a partir da análise de um único dente distinto ou até mesmo de um único identificador dental. Este estudo tem como objetivo relatar um caso de identificação humana odontológica de um corpo carbonizado. Investigações policiais foram realizadas e restringiram o cenário a uma única vítima. As impressões digitais foram destruídas pelo fogo, portanto, os parentes da vítima foram solicitados a fornecer quaisquer dados dentais antemortem. Uma radiografia panorâmica foi fornecida. Os terceiros molares em desenvolvimento eram visíveis, bem como o tratamento endodôntico, pino e núcleo, e a coroa não metálica do incisivo central superior direito (dente #11). As radiografias pós-morte foram tiradas do cadáver e revelaram os mesmos identificadores dentais terapêuticos encontrados no dente #11. As semelhanças observadas e a falta de discrepâncias entre os dados antemortem e post mortem convergiram para a identificação positiva da vítima. Este estudo ilustrou a importância da Odontologia Legal para casos complexos de identificação humana, como aqueles com exposição ao fogo. Atenção especial é dada à possibilidade de alcançar com segurança a identificação humana positiva com a contribuição de um único dente distinto.
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