Nível de evidência dos estudos relacionados à ansiedade, estresse e depressão dos profissionais de enfermagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11295

Palavras-chave:

Enfermagem; Ansiedade; Estresse; Depressão; Saúde do trabalhador.

Resumo

Objetivo: Identificar os níveis de evidência dos estudos relacionados à ansiedade, estresse e depressão entre profissionais de enfermagem. Método: Revisão integrativa da literatura, realizada nas bases/bancos de dados LILACS, BVSENF e SCIELO, entre 2015 e 2019, com os descritores: enfermagem, ansiedade, estresse e depressão. Para realizar a busca bibliográfica adotou-se a estratégia PICO, para selecionar e avaliar os artigos, utilizou-se a estratégia recomendada pelo grupo PRISMA. Para verificar o nível de evidência dos estudos, utilizou-se o instrumento recomendado por Gershon e colaboradores (1999). Resultados: Foram encontrados 525 artigos, destes apenas 17 atenderam aos critérios de inclusão. Dos artigos selecionados, a maioria foi publicado entre 2018 e 2019 (53%). Destes, grande parte possui o delineamento de estudo descritivo e quantitativo (47%). Destaca-se que apenas 30% dos estudos foram realizados em hospitais universitários e a maioria na rede pública. A maioria dos estudos buscaram evidências sobre o estresse no ambiente de trabalho dos profissionais de enfermagem (94%). Apenas 29% dos estudos investigaram a ansiedade e 17% a depressão. Constatou-se que os estudos apresentaram fracos níveis de evidência, uma vez que todos eles tiveram abordagem descritiva, considerada como nível 6 de evidência. Conclusão: Evidenciou-se que os profissionais de enfermagem sofrem recorrentemente com ansiedade, estresse e depressão nos ambientes hospitalares. No entanto, os estudos apresentam nível de evidência fraca, apontando a necessidade de mais investigações com estudo que apresentem evidências mais fortes.

Referências

Alves, A. P. (2015). Prevalência de transtornos mentais comuns entre profissionais de saúde [Prevalence of common mental disorders among health professionals]. Revista Enfermagem UERJ, 23(1), 64–69. https://doi.org/10.12957/reuerj.2015.8150

Andrade, J. V. et al (2019). Ansiedade, um dos problemas do século XXI. Revista de Saúde de ReAGES, Paripiranga (BA), 2(4), 34-39.

Araujo, M. P. S., Medeiros, S. M., Quental, L. L. C. (2016). Relacionamento interpessoal da equipe de enfermagem: fragilidades e fortalezas. Revista de Enfermagem da UERJ, 24(5),7657. http://www.facenf.uerj.br/v24n5/v24n5a09.pdf.

Barros, F. C. et al (2018). Transtornos de ansiedade em profissionais de enfermagem de serviços oncológicos. 2018. http://www.congresso2018.abrasme.org.br/resources/anais/8/1519877152_ARQU IVO_TranstornosdeAnsiedadeemprofissionaisdeenfermagem.pdf.

Borges Teixeira, L., Portela Veloso, L. U., Pereira Ribeiro, Í. A., Nunes de Oliveira, T., & Leal Cortez, A. C. (2017). Estresse ocupacional na enfermagem atuante na unidade de terapia intensiva. Investigación En Enfermería: Imagen y Desarrollo, 19(2), 195. https://doi.org/10.11144/javeriana.ie19-2.eoea

Carlotto, M. S (2017). Transtornos mentais comuns em trabalhadores de unidades básicas de saúde: prevalência e fatores associados. Psicologia Argumento, 34 (85). https://doi:10.7213/psicol.argum.34.085.AO04.

Carvalho, D. B. de, Araújo, T. M. de, & Bernardes, K. O. (2016). Transtornos mentais comuns em trabalhadores da Atenção Básica à Saúde. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 41(0). https://doi.org/10.1590/2317-6369000115915.

Cheung, T., & Yip, P. S. F. (2016). Self-harm in nurses: prevalence and correlates. Journal of Advanced Nursing, 72(9), 2124–2137. https://doi.org/10.1111/jan.12987

Fernandes, D. M., & Marcolan, J. F. (2017). Trabalho e sintomatologia depressiva em enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. SMAD. Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (Edição Em Português), 13(1), 37. https://doi.org/10.11606/issn.1806-6976.v13i1p37-44

Galvão, C. M. (2006). Níveis de evidência. Acta Paulista de Enfermagem, 19(2), 5–5. https://doi.org/10.1590/s0103-21002006000200001

Gershon, R. R. M., Karkashian, C. D., Vlahov, D., Kummer, L., Kasting, C., Green-McKenzie, J., Escamilla-Cejudo, J. A., Kendig, N., Swetz, A., & Martin, L. (1999). Compliance With Universal Precautions in Correctional Health Care Facilities. Journal of Occupational & Environmental Medicine, 41(3), 181–189. https://doi.org/10.1097/00043764-199903000-00007

Goyatá, Sueli Leiko Takamatsu. (2016.). Efeitos da acupuntura no tratamento da ansiedade: revisao integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, 69(3), 602–609. https://doi.org/10.1590/0034-7167.2016690325i

Guyatt, G. H., Oxman, A. D., Kunz, R., Falck-Ytter, Y., Vist, G. E., Liberati, A., & Schünemann, H. J. (2008). Going from evidence to recommendations. BMJ, 336(7652), 1049–1051. https://doi.org/10.1136/bmj.39493.646875.ae

Guyatt, G. H., Oxman, A. D., Kunz, R., Vist, G. E., Falck-Ytter, Y., & Schünemann, H. J. (2008). What is “quality of evidence” and why is it important to clinicians? BMJ, 336(7651), 995–998. https://doi.org/10.1136/bmj.39490.551019.be

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. de C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem, 17(4), 758–764. https://doi.org/10.1590/s0104-07072008000400018

Oliveira, E. B., Gallasch, C. H., Silva Junior, P. P. A., Oliveira, A. V. R., Valério, R. L., & Dias, L. B. S. (2017). Estresse ocupacional e burnout em enfermeiros de um serviço de emergência: a organização do trabalho [Occupational stress and burnout in nurses of an emergency service: the organization of work]. Revista Enfermagem UERJ, 25(0). https://doi.org/10.12957/reuerj.2017.28842

Pereira, I. F., Faria, L. C., Vianna, R. S. M., Corrêa, P. D. S., Freitas, D. A., & Soares, W. D. (2017). Depressão e uso de medicamentos em profissionais de enfermagem. Arquivos de Ciências Da Saúde, 24(1), 70. https://doi.org/10.17696/2318-3691.24.1.2017.544

Pessini, L., & Bertachini, L. (2006). Nuevas perspectivas en cuidados paliativos.Acta Bioethica, 12(2). https://doi.org/10.4067/s1726-569x2006000200012

Rocha, R. P. S., Valim, M. D., De Oliveira, J. L. C., & Ribeiro, A. C. (2020). Características do trabalho e estresse ocupacional entre enfermeiros hospitalares. Enfermagem Em Foco, 10(5). https://doi.org/10.21675/2357-707x.2019.v10.n5.2581

Rosmarie Hajjar. (2017). Depressão e a busca do “Pharmakon” para aplacar o mal estar individual e social. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde No Contexto Social, 5(0), 165–174. https://doi.org/10.18554/refacs.v5i0.2004.

Santana, L. L., Sarquis, L. M. M., Brey, C., Miranda, F. M. D., & Felli, V. E. A. (2016). Absenteísmo por transtornos mentais em trabalhadores de saúde em um hospital no sul do Brasil. Revista Gaúcha de Enfermagem,37(1). https://doi.org/10.1590/1983-1447.2016.01.53485

Santos, A. S., Monteiro, J. K., Dilélio, A. S., Sobrosa, G. M. R., & Borowski, S. B. V. (2017). Contexto hospitalar público e privado: impacto no adoecimento mental de trabalhadores da saúde. Trabalho, Educação e Saúde, 15(2), 421–438. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00054

Silva, Durval Veloso da. (2017). Ansiedade, estresse, depressão e uso de drogas entre trabalhadores de enfermagem no ambiente hospitalar. http://doi.org/10.14393/ufu.di.2017.365

Silva, G. S. A., Silva, G. A. V., Silva, R. M., Andolhe, R., Padilha, K. G., Costa, A. L. S (2018). Estresse e burnout em profissionais de enfermagem de unidade de terapia intensiva e semi-intensiva. Revista de Divulgação Científica Sena Aires. 7(1), 5-11.

Silva, J. M., & Malagris, L. E. N. (2019). Percepção do estresse e estressores de enfermeiros de um hospital universitário. Estudos e Pesquisas Em Psicologia, 19(1), 71–88. https://doi.org/10.12957/epp.2019.43007

Silva, N. C. et al (2016). Transtornos à saúde mental relacionados à intensa rotina de trabalho do enfermeiro: uma revisão bibliográfica. Revista Eletrônica Estácio Saúde. 5(2), 107-122.

Souza, M. T. de, Silva, M. D. da, & Carvalho, R. de. (2010). Integrative review: what is it? How to do it? Einstein (São Paulo), 8(1), 102–106. https://doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134

Teixeira, L. B. et al (2017). Estresse ocupacional na enfermagem atuante na unidade de terapia intensiva. Investigación en Enfermería: Imagen y Desarrollo, 19 (2), 195-211.

Downloads

Publicado

02/01/2021

Como Citar

MELO, C. C. M. .; BERNARDES, L. F. .; MORCELI, G.; SILVA, P. G. da .; PEREIRA, S. de S. .; SANTOS, S. V. M. dos . Nível de evidência dos estudos relacionados à ansiedade, estresse e depressão dos profissionais de enfermagem. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e2210111295, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i1.11295. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11295. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão