Consumo de Brugmansia suaveolens (Trombeta de Anjo) e perturbação psíquica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11366

Palavras-chave:

Toxinas; Alucinações; Delirium; Síndrome anticolinérgica aguda; Escopolamina; Atropina.

Resumo

A planta Brugmansia suaveolens (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Sweet, conhecida popularmente como “Trombeta de Anjo”, é típica de regiões tropicais e sul americanas, incluindo o Brasil, e é famosa por suas propriedades alucinógenas, perturbadoras, sedativas, entre outras. Neste contexto, é utilizada em práticas ritualísticas, curativas e recreacionais. Dessa maneira, o presente estudo tem como objetivo analisar e discutir o consumo de B. suaveolens e o seu potencial de perturbação psíquica. Fez-se uma revisão bibliográfica integrativa, utilizando-se de artigos dos últimos 10 anos (2010-2020), com os descritores “Brugmansia suaveolens”, “Toxinas”, “Alucinações”, “Delirium”, “Síndrome Anticolinérgica Aguda”, “Escopolamina”, “Atropina”, “Chá de Trombeta”, “Trombeta de Anjo”, “Mududu”. A Brugmansia suaveolens apresenta propriedades antinociceptiva, nematicida e relaxante muscular e a toxicidade do seu consumo é dose dependente. Neste sentido, concentrações maiores de flores na infusão de água refletem em maiores concentrações de atropina e escopolamina, os quais inibem os receptores muscarínicos. Esta inibição é responsável pela toxicidade anticolinérgica, causando febre, alucinações, confusão, delírio, dentre outros sintomas. Conclui-se que a utilização de B. suaveolens apresenta riscos, devido ao seu alto potencial alucinógeno, e deve ser visto, portanto, com importância clínica.

Biografia do Autor

Eduardo de Sousa Martins e Silva, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Acadêmico de medicina - UFTM

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Publicado

04/01/2021

Como Citar

SILVA, E. de S. M. e .; ONO, B. H. V. S. .; MONTEIRO, B. M. M. .; MENEZES NETO, J. B. de .; SOUZA, J. C. Consumo de Brugmansia suaveolens (Trombeta de Anjo) e perturbação psíquica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e11610111366, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i1.11366. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11366. Acesso em: 4 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde