Estudo das indicações de cesariana em uma maternidade de referência em baixo risco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11375

Palavras-chave:

Cesárea; Obstetrícia; Saúde da mulher.

Resumo

Objetivo: Analisar se as indicações de operação cesariana realizadas em maternidade de referência em baixo risco de Sergipe estão de acordo com a diretriz do Ministério da Saúde publicada em 2016. Métodos: Estudo documental, prospectivo, qualitativo, descritivo e de corte transversal, com coleta de dados através da análise de 318 prontuários médicos de puérperas pós cesárea no período de 2018 a 2019. Os dados obtidos foram analisados por estatística descritiva com auxílio do software Graph Pad Prism e SPSS 20. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A principal indicação encontrada foi uma operação cesariana anterior, seguidas de outras como: desproporção céfalo-pélvica, apresentação pélvica, iteratividade, sofrimento fetal, macrossomia, falha de indução e pós-datismo. Conclusão: Conforme a principal indicação encontrada, as indicações não estão totalmente de acordo com a diretriz. Entretanto, outras indicações encontradas estão corretas, porém fogem da diretriz por serem situações de cuidado intra-parto e de urgência, não discutidas no documento.

Referências

Agência Nacional de Saúde Suplementar. (2016). Cartilha nova organização do cuidado ao parto e nascimento para melhores resultados de saúde: Projeto Parto Adequado-fase 1.

Amorim, M. M. R., Souza, A. S. R., & Porto, A. M. F. (2010). Indicações de cesariana baseadas em evidências: parte I. Femina.

Barrett, J. F., Hannah, M. E., Hutton, E. K., Willan, A. R., Allen, A. C., Armson, B. A., ... & Ross, S. (2013). A randomized trial of planned cesarean or vaginal delivery for twin pregnancy. New England Journal of Medicine, 369(14), 1295-1305.

Cahill, A., Tuuli, M., Odibo, A. O., Stamilio, D. M., & Macones, G. A. (2010). Vaginal birth after caesarean for women with three or more prior caesareans: assessing safety and success. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 117(4), 422-428.

Calvert, C., & Ronsmans, C. (2013). HIV and the risk of direct obstetric complications: a systematic review and meta-analysis. PloS one, 8(10), e74848.

Carlo, W. A., & Travers, C. P. (2016). Maternal and neonatal mortality: time to act. Jornal de pediatria, 92(6), 543-545.

Dekker, G. A., Chan, A., Luke, C. G., Priest, K., Riley, M., Halliday, J., ... & Cull, V. (2010). Risk of uterine rupture in Australian women attempting vaginal birth after one prior caesarean section: a retrospective population‐based cohort study. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 117(11), 1358-1365.

Guise, J. M., Denman, M. A., Emeis, C., Marshall, N., Walker, M., Fu, R., ... & McDonagh, M. (2010). Vaginal birth after cesarean: new insights on maternal and neonatal outcomes. Obstetrics & Gynecology, 115(6), 1267-1278.

Haumonté, J. B., Raylet, M., Sabiani, L., Franké, O., Bretelle, F., Boubli, L., & d’Ercole, C. (2012). Quels facteurs influencent la voie d’accouchement en cas de tentative de voie basse sur utérus cicatriciel?. Journal de gynécologie obstétrique et biologie de la reproduction, 41(8), 735-752.

Homer, C. S. E., Kurinczuk, J. J., Spark, P., Brocklehurst, P., & Knight, M. (2011). Planned vaginal delivery or planned caesarean delivery in women with extreme obesity. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 118(4), 480-487.

Kayem, G., Raiffort, C., Legardeur, H., Gavard, L., Mandelbrot, L., & Girard, G. (2012). Critères d’acceptation de la voie vaginale selon les caractéristiques de la cicatrice utérine. Journal de gynécologie obstétrique et biologie de la reproduction, 41(8), 753-771.

Lansky, S., Friche, A. A. D. L., Silva, A. A. M. D., Campos, D., Bittencourt, S. D. D. A., Carvalho, M. L. D., ... & Cunha, A. J. L. A. D. (2014). Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido. Cadernos de Saúde Pública, 30, S192-S207.

London: National Institute for Health and Care Excellence (UK). (2019). Caesarean section. (NICE Clinical Guidelines, No. 132.) Recuperado de: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK552671/. Acesso em: 18/11/2020.

London: National Institute for Health and Care Excellence (UK). (2017). Intrapartum care for healthy women and babies. (NICE Clinical Guidelines, No. 190.) Recuperado de: https://www.nice.org.uk/guidance/cg190/resources/intrapartum-care-for-healthy-women-and-babies-pdf-35109866447557. Acesso em: 18/11/2020.

Ministério da Saúde, Brasil. (2012). Atenção ao pré-natal de baixo risco. Recuperado de: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf. Acesso em: 18/11/2020.

Ministério da Saúde, Brasil. (2016). Portaria No306, de 28 de março de 2016: Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana.

Montenegro, C. B., & de Rezende Filho, J. F. (2014). Obstetrícia fundamental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Novo, J. L. V. G., Pellicciari, C. R., de Arruda Camargo, L., Bálsamo, S. B., & Novo, N. F. (2017). Indicações de partos cesáreos em hospitais de atendimento ao Sistema Único de Saúde: baixo e alto riscos. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, 19(2), 67-71.

O'Dwyer, V., Hogan, J. L., Farah, N., Kennelly, M. M., Fitzpatrick, C., & Turner, M. J. (2012). Maternal mortality and the rising cesarean rate. International Journal of Gynecology & Obstetrics, 116(2), 162-164.

Oliveira, R. R. D., Melo, E. C., Novaes, E. S., Ferracioli, P. L. R. V., & Mathias, T. A. D. F. (2016). Factors associated to caesarean delivery in public and private health care systems. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 50(5), 733-740.

Pádua, K. S. D., Osis, M. J. D., Faúndes, A., Barbosa, A. H., & Moraes Filho, O. B. (2010). Fatores associados à realização de cesariana em hospitais brasileiros. Revista de Saúde Pública, 44, 70-79.

Pereira A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Accesso: 28/12/2020.

Ribeiro, L. B. (2016). Nascer em Belo Horizonte: cesarianas desnecessárias e prematuridade. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Sampaio, Z. S., Alencar Júnior, C. A., Feitosa, F. E. D. L., & Amorim, M. M. R. D. (2004). Fatores associados ao parto vaginal em gestantes de alto risco submetidas à indução do parto com misoprostol. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 26(1), 21-29.

Souza, A. S. R., Costa, A. A. R., Coutinho, I., Noronha Neto, C., & Amorim, M. M. R. (2010). Indução do trabalho de parto: conceitos e particularidades. Femina.

Tahseen, S., & Griffiths, M. (2010). Vaginal birth after two caesarean sections (VBAC‐2)—a systematic review with meta‐analysis of success rate and adverse outcomes of VBAC‐2 versus VBAC‐1 and repeat (third) caesarean sections. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 117(1), 5-19.

Weidle, W. G., Medeiros, C. R. G., Grave, M. T. Q., & Dal Bosco, S. M. (2014). Escolha da via de parto pela mulher: autonomia ou indução?. Cadernos Saúde Coletiva, 22(1), 46-53.

World Health Organization. (2015). WHO Statement on caesarean section rates. Reproductive health matters, 23(45), 149–150. https://doi.org/10.1016/j.rhm.2015.07.007

Xie, R. H., Gaudet, L., Krewski, D., Graham, I. D., Walker, M. C., & Wen, S. W. (2015). Higher cesarean delivery rates are associated with higher infant mortality rates in industrialized countries. Birth, 42(1), 62-69.

Downloads

Publicado

03/01/2021

Como Citar

MENDONÇA, M. N. P. S.; MENEZES, M. de P. N.; LIMA, M. S. C.; GOMES, M. V.; MATOS, M. M. R. de; LIMA, F. C. Estudo das indicações de cesariana em uma maternidade de referência em baixo risco. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e7510111375, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i1.11375. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11375. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde