Proposição de um novo método para converter cadáveres formolizados para utilização acadêmica e museológica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11575Palavras-chave:
Fixação; Formol; Formaldeído; Anatomia; Rato Wistar; Museus.Resumo
A fixação de peças cadavéricas para o estudo da anatomia humana, animal, e para exposições em museus de biologia é classicamente realizada por meio da injeção de solução de formaldeído. Apesar da sua eficiência e larga aplicação, a utilização dessa técnica revela problemas técnicos e relativos a toxicidade. Através de um modelo experimental utilizando ratos Wistar previamente fixados com formaldeído, elaboramos e testamos duas soluções conversoras (G1 e G2) para analisar macroscopicamente e qualitativamente a toxicidade, a manutenção da fixação da peça, a coloração das estruturas anatômicas, a proliferação fúngica e a flexibilidade das estruturas para possível dissecação pós-conversão. O objetivo desse trabalho é apresentar os resultados preliminares desse experimento. Após 365 dias de experimento, ambas as soluções demonstraram benefício quanto: diminuição da toxicidade ao odor, utilização de solução única em peças já formolizadas, armazenamento sem necessidade de tanques contendo líquido fixador, contenção da proliferação fúngica e melhora da coloração. Embora o resultado preconizado inicialmente não tenha sido alcançado, consideramos a solução utilizada em G1 uma alternativa vantajosa para área de museologia.
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