Perfil sociodemográfico e clínico de pessoas com deficiência intelectual em um município de pequeno porte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11674

Palavras-chave:

Condições de vida; Condições de saúde; Deficiência Intelectual; Qualidade de vida.

Resumo

A deficiência intelectual caracteriza-se como um transtorno do desenvolvimento que inclui prejuízos intelectuais e adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático. Objetivou-se conhecer o perfil sociodemográfico e clínico de pessoas com deficiência intelectual de um município de pequeno porte do Rio Grande do Sul. Estudo exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado entre os meses de abril a setembro de 2015, a partir da aplicação de um instrumento previamente elaborado para a coleta de dados. Foram encontradas 77 pessoas com deficiência intelectual com idades entre seis e 74 anos. A maioria eram do sexo masculino (59,74%), solteiros (92,2%) e analfabetos (55,84%). Quanto ao diagnóstico clínico, destaca-se que 40,25% dos sujeitos, conforme o CID-10, eram diagnosticados como F79 (Retardo Mental não especificado), sendo que em 50,64% quem forneceu o diagnóstico foi o médico neurologista. O estudo revelou que a maioria das pessoas com deficiência intelectual estão na fase adulta e são solteiras; suas condições de vida/saúde são satisfatórias. Apesar de pertencentes a um município de pequeno porte, tais dados poderão colaborar com os profissionais e gestores de Educação e de Saúde, subsidiando assim discussões voltadas para o aprimoramento do cuidado longitudinal necessário junto a pessoas com deficiência intelectual.

Biografia do Autor

Rosane Seeger da Silva, Universidade Federal de Santa Maria

Graduação em Educação Especial / UFSM

Mestrado em Gerontologia / UFSM

Doutorado em Distúrbios da Comunicação Humana / UFSM

Fernanda dos Santos Pascotini, Universidade Federal de Santa Maria

Graduação em Fisioterapia

Mestra em Distúrbios da Comunicação Humana - UFSM

Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana - UFSM

Elenir Fedosse, Universidade Federal de Santa Maria

Professora Doutora do curso de Graduação em Fonoaudiologia e de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana/Universidade Federal de Santa Maria.

Referências

AMMR (2006). American Association on Mental Retardation. Retardo mental: definição, classificação e sistemas de apoio. 10.ed. Porto Alegre: Artmed.

Aoki, M. & Oliver, F.C. (2013). Pessoas com deficiência moradoras de bairro periférico da cidade de São Paulo: estudo de suas necessidades. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos, 21 (2), 391-398.

APA (2014). American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais - DSM-5. Porto Alegre: Editora Artmed.

Assumpção Jr, F (2004). Psiquiatria da infância e da adolescência. São Paulo: Santos.

Ayres, J. R. C. M. (2009). Organização das ações de atenção à saúde: modelos e práticas. Saúde Soc.,18 (supl. 2), 11-23.

Brasil (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília.

Brasil (2005). Subsecretaria de Direitos Humanos. Plano de Ação para o Enfrentamento da Violência Contra a Pessoa Idosa. Brasília: Subsecretaria de Direitos Humanos.

Brasil (2006). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de legislação em saúde da pessoa com deficiência. Brasília: Editora do Ministério da Saúde.

Brasil (2011). Lei nº 12.435 de 06 de julho de 2011. Altera a Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social. Dispõe sobre a organização do setor e institui o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF.

Brasil (2012). Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466, 2012. Diretrizes e Normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília. Seção 1 p. 59.

Brasil (2013). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à pessoa com Síndrome de Down. Brasília: Ministério da Saúde.

Burchardt, T. (2005). The education and employment of disabled young people: Frustrated ambition. London School of Economics and Political Science.

Cecilio, L. C. O. (2006). As necessidades de saúde como conceito estruturante na luta pela integralidade e equidade na atenção em saúde. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R.A. (Org.). Os sentidos da integralidade na atenção e no cuidado à saúde. 6.ed. Rio de Janeiro: UERJ, IMS/Abrasco: 115-28.

Doval, J. L. M. (2006). Inclusão de pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho: desafios e tendências. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS.

Girardi, M. et al. (2012). O envelhecimento em de¬ficientes intelectuais. RBCEH. Passo Fundo, 9, (Supl. 1), 79-89.

Guerreiro, E. M. B. R. (2012). A acessibilidade e a educação: um direito constitucional como base para um direito social da pessoa com deficiência. Revista Educação Especial, 25 (43), 217-32.

IBGE (2017). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/ (acessado em 06/Fev/2017).

Kassar, M. C. M. (2012). Educação Especial no Brasil: Desigualdades e Desafios no Reconhecimento da Diversidade. Educ. Soc., Campinas, 33 (120), 833-849.

Mantoan, M. T. E. (2015). Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo, SP: Summus.

Nottestad, J. & Linaker, O. M. (2003). Psychotropic drug use among people with intellectual disability before and after deinstitucionalization. Journal of Intellectual Disability Research, Oxford, 47, 464-471.

O’leary, L. et al. (2018). Early death and causes of death of people with intellectual disabilities: a systematic review. J. Appl. Res. Intellect Disabil. 31, 325-42.

Oliveira, M. F. S. et al. (2008). Qualidade de vida do cuidador de crianças com paralisia cerebral. RBPS, Fortaleza, 21 (4), 275-280.

OMS (1993). Organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10 – Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas.

OPAS (1998). Organização Panamericana de Saúde. La Saluden las Américas. Washington.

Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da Pesquisa Científica [recurso eletrônico]. 1ºed. – Santa Maria, RS: UFSM, NTE.

Pessotti, I. (1984). Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: Edusp.

Rang, H. P. et al. (2003). Farmacologia. 5. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier.

Rimmer, J. H. (2015). Health promotion for people with disabilities: the emerging paradigm shift from disability prevention to prevention of secondary conditions. Disponível em:<http://www.ncpad.org/wthpprs/healthpropwdshift.htm>.

Santos, W. R. (2011). Deficiência e BPC: o que muda na vida das pessoas atendidas. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 16 (1), 787-796.

Sena, E. L. S. & Goncalves, L. H. T. (2008). Vivências de familiares cuidadores de pessoas idosas com doença de Alzheimer - Perspectiva da filosofia de Merleau Ponty. Texto &Contexto Enferm, Florianópolis, 17 (2), 232-240.

Schalock, R. L. et al. (2010). Intellectual disability: definition, classification, and systems of supports. 11th Ed. Washington DC: American Association on Intellectual and Developmental Disabilities.

Downloads

Publicado

13/01/2021

Como Citar

SILVA, R. S. da; PASCOTINI, F. dos S.; FEDOSSE, E. Perfil sociodemográfico e clínico de pessoas com deficiência intelectual em um município de pequeno porte. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e27110111674, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i1.11674. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11674. Acesso em: 25 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde