A influência da Governança Corporativa na rentabilidade das Instituições Financeiras
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i8.1179Palavras-chave:
Governança Corporativa; Contabilidade; Demonstrações Financeiras; Indicadores; Instituição Financeiras.Resumo
Este artigo tem como principal objetivo estudar a Governança Corporativa (GC) como determinante de desempenho para as 27 Instituições Financeiras listadas no segmento bancário da Brasil, Bolsa, Balcão (B3) em 2018. Apurando se, estas obtiveram melhores indicadores de rentabilidade, liquidez e mercado ao pertencerem à um dos níveis diferenciados de Governança (Nível 1, Nível 2 ou o Novo Mercado). Segundo Fernandes, Dias e Cunha (2010), e Vinhado (2010), a Governança dentro das Instituições Financeiras diminuiria os conflitos de agência potencializados pelo risco extra que este ramo apresenta, tendo assim, ganhos de performance devido ao rigor das práticas exigidas. Para a análise, coletou-se informações através das demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Fluxo de Caixa e Notas Explicativas, referentes aos anos de 2010 à 2017. Os indicadores foram calculados anualmente, e classificados em dois grupos: com e sem GC diferenciada. Com o teste de média t-Student, foi testado se há diferença entre as médias de ambos os grupos a um nível de confiança estatística de 95%. Os resultados rejeitam as hipóteses de que pertencer a um dos níveis especiais de GC, garante melhores índices de liquidez e rentabilidade, exceto para a Margem de Lucro que neste caso tem média maior. Contudo, confirmou-se que as empresas possuem melhor performance de mercado ao avaliar o EBITDA. Percebe-se então que os resultados econômicos e financeiros das instituições bancárias não são impactados de forma positiva pela GC, ao contrário da performance de mercado.
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