Cordão umbilical equino: características na gestação e avaliação no pós-parto
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11790Palavras-chave:
Obstetrícia; Éguas; Placenta; Saco vitelínico.Resumo
No equino, assim como nos mamíferos em geral, o cordão umbilical é a única fonte de condução de nutrientes, gases e metabólitos da placenta para o feto, e o seu adequado desenvolvimento é de extrema importância para a saúde fetal durante a gestação. O objetivo da presente revisão é caracterizar o cordão umbilical durante a gestação em equinos, bem como descrever as principais alterações e achados casuais na avaliação deste junto à placenta e o neonato no pós-parto. Como metodologia foi realizada uma revisão de literatura qualitativa sobre as características do cordão umbilical na espécie equina utilizando artigos disponíveis nas plataformas Mendeley, MEDLINE, PubMed e SciELO. Como resultados podemos identificar as características de anatomia e desenvolvimento. Assim como as alterações mais comuns: presença de cordões excessivamente longos (apresentando mais de 85 cm de comprimento ao nascimento), torção do cordão e alterações do úraco. Estas podem ser de origem não infecciosa (hérnias umbilicais e o úraco persistente) ou infecciosa (onfalopatias). Como achados casuais podemos citar as placas amnióticas e a ossificação dos remanescentes do cordão umbilical e saco vitelínico. Conclui-se que a avaliação do cordão umbilical no pós-parto imediato auxilia no reconhecimento de alterações não observadas durante a gestação, sendo imprescindível caracterizar as alterações de relevância clínica dos achados casuais na avaliação do cordão umbilical em equinos.
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