Substituição de sistema de retenção barra-clipe por Equator em overdenture sobre implante
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11829Palavras-chave:
Overdenture; Reabilitação; Implantes; Qualidade de vida.Resumo
A reabilitação oral de um paciente desdentado total requer atenção para sua correta avaliação, criterioso planejamento e realização adequada desse planejamento. O presente trabalho relata caso de substituição de sistema de retenção barra-clipe pelo sistema Equator de uma overdenture inferior. Paciente do sexo feminino, 70 anos de idade, compareceu ao projeto de extensão “Overdenture para desdentados totais na geriatria”, queixando-se de um volume lingual grande da sua prótese inferior, dificultando sua alimentação e fonética e de fraturas sucessivas dessa prótese. O exame clínico intraoral revelou a presença de prótese total superior e overdenture inferior com o sistema de retenção barra-clipe, em que a posição espacial da barra estava inadequada e invadia o espaço da língua. Foi planejado a confecção de novas próteses e a substituição do sistema de retenção barra-clipe por um sistema independente. Ao levar o modelo de gesso inferior no delineador foi possível verificar que havia discrepância da inclinação dos implantes maior que 14º, selecionando-se assim o sistema Equator, o qual permite a captura de implantes com até 30º de discrepância. Este caso evidencia a necessidade de um planejamento reverso para a realização das cirurgias de implantes, de forma que um correto sistema de retenção seja escolhido ainda durante planejamento e a etapa cirúrgica seja executada de maneira a atender esse planejamento. Após a colocação das novas próteses e do novo sistema de retenção a paciente relatou melhora significativa na alimentação e fonética, bem como da estética das próteses, gerando bem estar físico, psíquico e social.
Referências
Amoroso, A. P., Gennari Filho, H., Pellizzer, E. P. Goiato, M. C. Santiago Júnior, J. F., & Villa, L. M. R. (2012). Planejamento reverso em implantodontia: relato de caso clínico. Rev. odontológica de araç, 33(2), 75-79.
Assad, A. S., Abd El-Dayem, M. A., & Badawy, M. M. (2004). Comparação entre as sobredentaduras mandibulares suportadas principalmente por mucosa e combinadas por implantes. Implant dent, 13(4), 386-94.
Assunção, W. G. (2004). Anatomia para-protética: importância em prótese total. Rev Odontol Arac, 25(1), 57-62.
Barbieri, C. H., & Rapoport, A. (2009). Avaliação da qualidade de vida dos pacientes reabilitados com próteses implanto-muco-suportadas versus próteses totais convenientes. Rev bras círculo da cabeça, 38(2), 84-87.
Barcelos, B. A. (2014). Avaliação da satisfação e qualidade de vida relacionada à saúde bucal de pacientes usuários de prótese overdenture mandibular retida por um único implante (Tese de doutorado). Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.
Batista, A. V. D., Castro, P. E. O., Batista, J. D., Arioli Filho, N., & Carvalho, F. A. A. (2006). Overdenture retira por barra: uma alternativa à prótese total. ROBRAC, 15(40), 78-84.
Beloni, W. B., Vale, H. F., Takahashi, J. M. F. K. (2013). Avaliação do grau de satisfação e qualidade de vida dos portadores de prótese dental. RFO, 18(2), 160-164.
Bergamo, E. T. P., Barbi, F. C. L., Farahr, G. J., Celestrino, M., Pereira, J. R., & de Melo M. P. (2014). Reabilitação de maxila edêntula com prótese fixa implantossuportada: relato de caso. Dental Press Implantology, 8(4), 16-26.
Cardoso, A. C. (2005). O passo a passo da prótese sobre implante. Santos.
Carvalho, L. F., Melo, J. R. O., Ramos, J. G., Lima, R. A., & Carvalho, F. A. A. (2019). Anatomia para-protética: o impacto do edentulismo na qualidade de vida de pacientes edentulosência em prótese total. Revista da acbo, 8(1), 40-48.
Chung, K. H., Chung, C. Y., Cagna JR, D. R., & Cronin, R. J. (2004). Características de retenção de sistemas de fixação para overdentures de implante. J prosthodont, 13(4), 221-6.
Dewan, K., Hems, E., & Owens, J. (2007). Um estudo retrospectivo para avaliar a satisfação do paciente com próteses estabilizadas por implante, 34(8), 470-477.
Fragoso, W. S., Henriques, G., Mesquita, M., Nóbilo, M., Júnior, M. G., & Oliveira, L. V. (2004). Reabilitação estética e funcional com sobredentadura implanto-retida: relato de caso. Odonto. clín.-cient., 3(3), 217-225.
Gonçalves, F. P., Alves, G., Oliveira, F., Antunes, L. A. A., Soares, J. R. A., Perazzo, M. F., Paiva, S. M., & Scelza, M. F. Z. (2020). Impacto da reabilitação oral na qualidade de vida e nos níveis de cortisol de pacientes geriátricos. Research, Society and Development, 9(11), e2639119911. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9911
Johns, R. B., Jemt, T., Heath, M. R., Hutton, J. E., McKenna, S., McNamara, D. C., van Steenberghe, D., Taylor, R., Watson, R. M., & Herrmann, I. (1992). A multicenter study of overdentures supported by Brånemark implants. The International journal of oral & maxillofacial implants, 7(4), 513–522.
Magalhães, A. C. P., & Gennari Filho, H. (2006). Distúrbios articulares nos desdentados totais. Rev. Ciênc. Ramal, 2(2), 1-16.
Misch, C. E. (2005). Prótese sobre implantes. In: Desenho e confecção da overdenture sobre implantes na mandíbula. Santos.
Novaes, L. C. G. F., Seixas, Z. A., & Goiato, M. C. (2008). Prótese total sobre implante: técnicas contemporâneas e satisfação do paciente. Int J Dent, 7(1), 50-62.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia do trabalho científico. Ed. UAB/NTE/UFSM. https://repositorio. ufsm. br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica. pdf.
Philips, K., & Wong, K. M. (2001). Requisitos de espaço para overdentures de barra e clipe retidos por implantes. Compend contin educ dent, 22(6), 516-518.
Sharma, A. J., Nagrath, R., & Lahori, M. (2017). Uma avaliação comparativa da eficiência da mastigação, força de mordida mastigatória e satisfação do paciente entre dentadura convencional e sobredentadura mandibular suportada por implante: Um estudo in vivo. J Indian Prosthodont Soc, 17(4), 361-372.
Silva, R. A. R., Almeida Neto, L. F., Marcelino, K. P., Cardoso, L. C. L., Dantas, E. M., Barbosa, G. A. S., Macêdo, F. C., & Gondim, A. L. M. F. (2020). Segmental osteotomy of the maxilla in the aesthetic area to enable rehabilitation with dental implants: case report. Research, Society and Development, 9(9), e594997525. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7525
Rocha, Sicknan Soares da. (2020). Reabilitação Oral Prótese Sobre Implante Na Era Digital. Quintessence.
Spiekermann, H. (1995). Implantologia. Atlas colorido de odontologia. Artmed.
Tabata, L. F., Assunção, W. G., Rocha, E. P., Zuim, P. R. J., & Gennari Filho, H. (2007). Critérios para seleção dos sistemas de retenção para overdentures implanto-retidas. RVO, 12(1), 75-80.
Telles, D. (2009). Prótese Total – convencional e sobre implantes. Santos.
Torcato, L. B., Pellizzer, E. P., & Goiato, M. C. (2012). Aspectos clínicos influentes no planejamento das próteses sobre implantes tipo overdenture e protocolo. Rev. Odontol de Arac., 33(2), 52-58.
Trakas, T., Michalakis, K., Kang, K., & Hirayama, H. (2006). Sistemas de fixação para sobredentadura retida por implante: uma revisão da literatura. Implant dent, 15(1), 24-34.
Veríssimo, A. H., Souza, J A. N., Oliveira, T. A., Gonçalves, A. G., Afonso, F. A. C., & Souza Júnior, F. A. (2021). Reabilitação oral com implante dentário e carga imediata por cirurgia guiada: relato de caso. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 10 (1), e4810110854. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.10854
Winkler, S., Morris, H. F., Ochi, S. (2000). Sobrevida do implante até 36 meses em relação ao comprimento e diâmetro. Annals periodontology, dec, 5(1), 22-31.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Térsia Cristina Silva Macêdo ; Camila de Carvalho Almança Lopes; Fabiana Santos Gonçalves; Erick Rene Cerda-Rizo; Brenda Lisseth Pineda Mancia; Morgana Guilherme de Castro Silverio
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
