Percepção do risco de contaminação por parasitas intestinais de moradores do município de Mirassol D’Oeste – MT, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.12127Palavras-chave:
Doenças parasitárias; Crianças; Higiene; Educação sanitária; Saúde pública.Resumo
O objetivo da presente pesquisa foi avaliar o grau de conhecimento dos pais de crianças moradoras do município de Mirassol D’Oeste acerca das parasitoses intestinais e as possíveis vias de contaminação. Foi realizado um estudo transversal com estatística descritiva e análise de dados qualitativos que através de questionário baseou-se na compreensão, experiência ou conhecimento, de pais ou responsáveis por 60 crianças de até treze anos, acerca das parasitoses intestinais. A maioria dos pais e responsáveis das crianças, 45%, possuem ensino superior; 76,67% usam água de poço para consumo; 81,67% tem coleta pública de lixo; 80% dos entrevistados responderam saber o que é parasita intestinal; 78,33% sabem reconhecer quando a criança está parasitada; 88,67% já tomou remédio antiparasitário e 85% referiram que as crianças lavam as mãos antes das refeições. Este estudo mostra que a população estudada possui conhecimentos básicos sobre as parasitoses intestinais, que pode ser o reflexo do nível de escolaridade e acesso a informações sobre a temática. A maioria dos entrevistados sabem identificar os sintomas, realizam exames de fezes nas crianças e utilizam medicamentos antiparasitários. Nossos resultados demonstram que o acesso a informações e o conhecimento acerca das parasitoses intestinais é a maior medida preventiva contra as infecções. Assim fica evidente a necessidade de ampliar ainda mais o acesso a informação, seja através de redes sociais, podscast, vídeos educativos, palestras, panfletagem, visitas domiciliares, para abranger toda a comunidade elevando os níveis de higiene e autocuidado e diminuindo as taxas de infecções.
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