Domínios de atividade física e comportamentos de risco em adolescentes do Nordeste do Brasil: um estudo de monitoramento 2011 e 2016

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12182

Palavras-chave:

Domínios de Atividade Física; Adolescentes; Comportamentos de risco.

Resumo

O estudo tem o objetivo de analisar a prevalência e a associação dos domínios de Atividade Física no lazer, na escola e no deslocamento com indicadores de comportamentos de risco em escolares do estado de Sergipe, Brasil, 2011-2016. O estudo trata-se de dois levantamentos epidemiológicos com delineamento transversal realizados em 2011 e 2016, com amostra representativa de escolares da Rede Estadual de Ensino de Sergipe, composta por 8143 adolescentes (2011=3992; 2016=4151), com idade entre 14 e 19 anos. O instrumento utilizado foi o Global School-based Student Health Survey (GSHS). Os dados foram analisados através de estatística descritiva, aplicação do teste do qui-quadrado para análise inferencial e a regressão logística binária bruta e ajustada para associação entre as variáveis. Os resultados apresentaram que o NIAF no Lazer apresentou associação com a exposição ao comportamento sedentário nos dois inquéritos (2011: OR=1,78; IC 95% 1,56-2,03 / 2016: OR=2,14; IC 95% 1,88-2,44), com o fato de não fumar tabaco em 2011 (OR=2,11; IC 95% 1,61-2,79), e com os não usuários de drogas (OR=1,65; IC 95% 1,19-2,32) e que consumiam baixas porções de frutas no ano de 2016 (OR=1,32; IC 95% 1,09-1,62). O NIAF Escolar foi associado com o baixo consumo de frutas (2011: OR=2,14; IC 95% 1,51-3,05 / 2016: OR=2,61; IC 95% 1,96-3,50). Conclui-se que foi evidenciado alta prevalência de NIAF entre os inquéritos e os domínios de Atividade Física se associam diferentemente com aspectos comportamentais conforme a exposição dos jovens aos fatores de risco.

Biografia do Autor

Ana Claudia Santos Silva Guimarães, Universidade Federal de Sergipe

Mestra em Educação Física

Lucas Souza Santos , Universidade Federal de Sergipe

Mestre em Educação Física 

Davi Soares Santos Ribeiro, Universidade Federal de Sergipe

Mestre em Educação Física

Referências

Abildsnes, E., Rohde, G., Berntsen, S., & Stea, T. H. (2017). Fun, influence and competence—a mixed methods study of prerequisites for high school students’ participation in physical education. BMC Public Health, 17(1), 1-12.

Alonso‐Fernández, N., Jiménez‐García, R., Alonso‐Fernández, L., Hernández‐Barrera, V., & Palacios‐Ceña, D. (2015). Health factors related to physical activity among children and adolescents: Results from Spanish National Health Surveys 2006 and 2011/12. Journal for Specialists in Pediatric Nursing, 20(3), 193-202.

Bassett, D. R., John, D., Conger, S. A., Fitzhugh, E. C., & Coe, D. P. (2015). Trends in physical activity and sedentary behaviors of United States youth. Journal of physical activity and health, 12(8), 1102-1111.

Bengoechea, E. G., Juan, F. R., & Bush, P. L. (2013). Delving into the social ecology of leisure-time physical activity among adolescents from south eastern Spain. Journal of Physical Activity and Health, 10(8), 1136-1144.

Bezerra, J., Lopes, A. S., Hardmam, C. M., Tassitano, R. M., Tenório, M. C. M., & de Barros, M. V. G. (2015). Consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo: associação com inatividade física no lazer e comportamento sedentário. Revista Andaluza de Medicina del Deporte, 8(1), 1-6.

Biddle, S. J., Petrolini, I., & Pearson, N. (2014). Interventions designed to reduce sedentary behaviours in young people: a review of reviews. British journal of sports medicine, 48(3), 182-186.

Brasil, I. B. G. E. (2010). Instituto Brasileiro de geografia e Estatística. Censo demográfico, 2010.

Coledam, D. H. C., Ferraiol, P. F., Júnior, R. P., Ribeiro, E. A. G., Ferreira, M. A. C., & de Oliveira, A. R. (2014). Agreement between two cutoff points for physical activity and associated factors in young individuals. Revista Paulista de Pediatria (English Edition), 32(3), 215-222.

de Oliveira Pinheiro, B., Andrade, A. L. M., & De Micheli, D. (2016). Relação entre os níveis de atividade física e qualidade de vida no uso de drogas em adolescentes. SMAD, Revista Electrónica en Salud Mental, Alcohol y Drogas, 12(3), 171-180.

de Rezende, L. F. M., Azeredo, C. M., Canella, D. S., Claro, R. M., de Castro, I. R. R., Levy, R. B., & do Carmo Luiz, O. (2014). Sociodemographic and behavioral factors associated with physical activity in Brazilian adolescents. BMC Public Health, 14(1), 485.

deRuiter, W. K., Cairney, J., Leatherdale, S., & Faulkner, G. (2016). The period prevalence of risk behavior co-occurrence among Canadians. Preventive Medicine, 85, 11-16.

El-ammari, A., & Bouftini, S. (2017). Level and potential social-ecological factors associated with physical inactivity and sedentary behavior among Moroccan school-age adolescents: a cross-sectional study. Environmental health and preventive medicine, 22(1), 47.

Hallingberg, B. E., Van Goozen, S. H., & Moore, S. C. (2016). Characteristics associated with risk taking behaviours predict young people's participation in organised activities. Journal of adolescence, 53, 189-194.

Höpker, T., Lampert, T., & Spallek, J. (2014). Identifizierung und Charakterisierung von Gesundheitsverhaltenstypen bei 11-bis 17-Jährigen Jungen und Mädchen–Eine Clusteranalyse auf Basis der Daten des Kinder-und Jugendgesundheitssurveys (KiGGS). Das Gesundheitswesen, 76(07), 453-461.

Inchley, J., & Currie, D. (2016). Growing up unequal: gender and socioeconomic differences in young people's health and well-being. Health Behaviour in School-aged Children (HBSC) study: international report from the 2013/2014 survey (No. 7). World Health Organization.

Jáuregui, A., Medina, C., Salvo, D., Barquera, S., & Rivera-Dommarco, J. A. (2015). Active commuting to school in Mexican adolescents: evidence from the Mexican National Nutrition and Health Survey. Journal of Physical activity and Health, 12(8), 1088-1095.

Lancet Physical Activity Series Working Group. (2012). Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. The lancet, 380(9838), 247-257.

Lipowski, M., Lipowska, M., Jochimek, M., & Krokosz, D. (2016). Resiliency as a factor protecting youths from risky behaviour: Moderating effects of gender and sport. European journal of sport science, 16(2), 246-255.

McNeill, G., Masson, L. F., Macdiarmid, J. I., Craig, L. C., Wills, W. J., & Bromley, C. (2017). Socio-economic differences in diet, physical activity and leisure-time screen use among Scottish children in 2006 and 2010: are we closing the gap?. Public health nutrition, 20(6), 951-958.

Palakshappa, D., Virudachalam, S., Oreskovic, N. M., & Goodman, E. (2015). Adolescent physical education class participation as a predictor for adult physical activity. Childhood Obesity, 11(5), 616-623.

Paudel, S., Subedi, N., Bhandari, R., Bastola, R., Niroula, R., & Poudyal, A. K. (2014). Estimation of leisure time physical activity and sedentary behaviour among school adolescents in Nepal. BMC public health, 14(1), 637.

Peltzer, K., & Pengpid, S. (2016). Leisure time physical inactivity and sedentary behaviour and lifestyle correlates among students aged 13–15 in the association of Southeast Asian nations (ASEAN) member states, 2007–2013. International journal of environmental research and public health, 13(2), 217.

Pereira A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de: em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1

Santos, C. M., Wanderley Júnior, R. D. S., Barros, S. S. H., Farias Júnior, J. C. D., & Barros, M. V. G. D. (2010). Prevalência e fatores associados à inatividade física nos deslocamentos para escola em adolescentes. Cadernos de Saúde Pública, 26(7), 1419-1430.

Sergipe, SEED (2016). Secretaria de Estado da Educação de Sergipe. Resumo de Matrículas, 2016. Recuperado de: http://www.seed.se.gov.br.

Sousa, T. F. D., José, H. P. M., & Barbosa, A. R. (2013). Condutas negativas à saúde em estudantes universitários brasileiros. Ciência & Saúde Coletiva, 18(12), 3563-3575.

Tassitano, R. M., Dumith, S. C., Chica, D. A. G., & Tenório, M. C. M. (2014). Agregamento dos quatro principais comportamentos de risco às doenças não transmissíveis entre adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia, 17, 465-478.

Wichstrøm, L., von Soest, T., & Kvalem, I. L. (2013). Predictors of growth and decline in leisure time physical activity from adolescence to adulthood. Health psychology, 32(7), 775.

Winkvist, A., Hultén, B., Kim, J. L., Johansson, I., Torén, K., Brisman, J., & Forslund, H. B. (2015). Dietary intake, leisure time activities and obesity among adolescents in Western Sweden: a cross-sectional study. Nutrition journal, 15(1), 41.

World Health Organization. (2004). Global strategy on diet, physical activity and health.

World Health Organization. (2014). Global status report on noncommunicable diseases 2014 (No. WHO/NMH/NVI/15.1). World Health Organization.

Yang, X., Telama, R., Hirvensalo, M., Tammelin, T., Viikari, J. S., & Raitakari, O. T. (2014). Active commuting from youth to adulthood and as a predictor of physical activity in early midlife: The Young Finns Study. Preventive medicine, 59, 5-11.

Downloads

Publicado

04/02/2021

Como Citar

GUIMARÃES, A. C. S. S. .; SANTOS , L. S. .; RIBEIRO, D. S. S. .; MENEZES, A. S. . Domínios de atividade física e comportamentos de risco em adolescentes do Nordeste do Brasil: um estudo de monitoramento 2011 e 2016. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e5110212182, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12182. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12182. Acesso em: 27 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde