Perfil da sífilis gestacional e congênita em Nossa Senhora do Socorro, Sergipe

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12194

Palavras-chave:

Sífilis congênita; Saúde Pública; Serviços de saúde.

Resumo

Objetivou-se identificar a incidência anual e acumulada da sífilis gestacional e sífilis congênita. Tratou-se de um estudo de corte transversal com abordagem quantitativa em uma perspectiva crítica e reflexiva. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informações de Agravos de Notificação e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, por meio da base de dados cedida pela Secretaria de Vigilância Epidemiológica e Informação da Secretaria Municipal de Saúde de Nossa Senhora do Socorro, no período de 2011 a 2015. A incidência anual média de sífilis gestacional e sífilis congênita no período estudado foi de 6,82 casos para cada 1.000 gestantes e de 18,52 casos por 1.000 nascidos vivos, respectivamente. Foi possível concluir que a transmissão vertical esteve relacionada às perdas de oportunidades diagnósticas e terapêuticas e mostram que ainda há um longo caminho a ser percorrido para que as taxas de sífilis congênita atinjam as preconizadas pela Organização Pan Americana da Saúde e pelo Ministério da Saúde.

Referências

Brasil, & Ministério da Saúde. (2005). Guia de Vigilância Epidemiológica.

Brasil, & Ministério da Saúde. (2006). Programa Nacional de DST/AIDS. Diretrizes para controle da sífilis congênita: manual de bolso.

Brasil, & Ministério da Saúde. (2015). Protocolo clínica e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecção sexualmente transmissíveis.

Brasil, & Ministério da Saúde. (2016). Boletim Epidemiológico. n 35.

Campos, A. L. A., Araújo, M. A. L., Melo, S. P., & Gonçalves, M. L. C. (2010). Epidemiologia da sífilis gestacional em Fortaleza, Ceará, Brasil: um agravo sem controle. Cadernos de Saúde Pública, 26 (9), 1747-1755.

Cavalcante, P. A. M., Pereira, R. B. L., & Castro, J. G. D. (2017). Sífilis gestacional e congênita em Palmas, Tocantins, 2007-2014. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26 (2), 255-264.

Domingues, R. M. S. M., Saraceni, V., Hartz, Z. M. A., & Leal, M. C. (2013). Sífilis congênita: evento sentinela da quantidade de assistência pré-natal. Revista de Saúde Pública, 47 (7), 147-157.

Ensari, T., Kirbas, A., Ozgu-Erdinc, A. S., Saygan, S. G., Erkaya, S., Uygur, D., & Danisman, N. (2015). An eight-year retrospective analysis of antenatal screening results for syphilis: is it still cost effective? The Journal of Infection in Developing Countries, 9 (9), 1011-1015.

Fenton, K. A., Breban, R., Vardavas, R., Okano, J. T., Martin, T., Aral, S., & Blower, S. (2008). Infectious syphilis in high-income settings in the 21st century. The Lancet Infectious Diseases. 8, 244–253.

Figueiró, E. A., Filho, Gardenal, R. V. C., Assunção, L. A., Costa, G. R., Periotto, C. R. L., Vedovatte, C. A., & Pozzobon, L. R. (2007). Sífilis congênita como fator de assistência pré-natal no município de Campo Grande – MS. DST Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis ,19 (3-4), 139-143.

Gust, D. A., Levine, W. C., Louis, M. E. S., Braxton, J., & Berman, S. M. (2002). Mortality Associated With Congenital Syphilis in the United States, 1992-1998. Pediatrics, 109 (5), 79-86.

Lafetá, K. R. G., Martelli, H., Júnior, Silveira, M. F., & Paranaíba, L. M. R. (2016). Sífilis materna e congênita, subnotificação e difícil controle. Revista Brasileira de Epidemiologia, 19 (1), 63-74.

Lazarini, F. M., & Barbosa, D. A. (2017). Educational intervention in Primary Care for the prevention of congenital syphilis. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 25, e2845.

Leitão, E. J. L., Canedo, M. C. M., Furiatti, M. F., Oliveira, L. R. S., Diener, L. S., Lobo, M. P., Castro, M. F. L. M., Barbosa, D. F. S., Silveira, J. B., Machado, F. R. M., & Macedo, J. L. S. (2009). Sífilis gestacional como indicador da qualidade do pré-natal no Centro de Saúde de Samambaia - DF. Revista Comunicação em Ciências da Saúde, 4 (20), 306-314.

Lenz, M. L. M., & Flores, R. (2011). Atenção à saúde da gestante em Atenção Primária à Saúde. Porto Alegre: Hospital Nossa Senhora da Conceição.

Lima, M. G., Santos, R. F. R., Barbosa, G. J. A., & Ribeiro, G. S. (2013). Incidência e fatores de risco para sífilis congênita em Belo Horizonte, Minas Gerais, 2001-2008. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 18 (2), 499-506.

Macêdo, V. C., Lira, P. I. C., Frias, P. G., Romaguera, L. M. D., Caires, S. F. F., & Ximenes, R. A. A. (2017). Fatores de risco para sífilis em mulheres: estudo caso-controle. Revista de Saúde Pública, 51, 1-12.

Mesquita, K. O., Lima, G. K., Filgueira, A. A., Flôr, S. M. C., Freitas, C. A. S. L., Linhares, M. S. C., & Gubert, F. A. (2012). Análise dos casos de sífilis congênita em sobral, Ceará: contribuições para assistência pré-natal. DST Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, 24 (1), 20-27.

Milanez, H. (2016). Syphilis in Pregnancy and Congenital Syphilis: Why Can We not yet Face This Problem? Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 38 (9), 425–427.

Miranda, M. M. S., Souza, L. M. G., Aguiar, R. A. L. P., Corrêa, M. D. J., Maia, M. M. M., Borges, R. S., & Melo, V. H. (2012). Rastreamento das infecções perinatais na gravidez: realizar ou não? Femina, 40 (1), 13-22.

Mullick, S., Beksinksa, M., & Msomi, S. (2005). Treatment for syphilis in antenatal care: compliance with the three dose standard treatment regimen. Sexually Transmitted Infections, 81, 220-222.

Newman, L., Kamb, M., Hawkes, S., Gomez, G., Say, L., Seuc, A., & Broutet, N. (2013). Global estimates of syphilis in pregnancy and associated adverse outcomes: analysis of multinational antenatal surveillance data. PLOS Medicine, 10 (2), e1001396.

Organização Pan Americana de Saúde. (2010). Análisis de la situación al año 2010: eliminación de la transmisión materno infantil del VIH y de la sífilis congénita em la Región de las Américas.

Organização Pan Americana de Saúde. (2014). Field guide for implementation of the strategy and plan of action for elimination of mother-to-child transmission of HIV and congenital syphilis in the Americas.

Rodrigues, C. S., Guimarães, M. D. C., & Cesar, C. C. (2008). Oportunidades perdidas de prevenção da sífilis congênita e HIV: transmissão perinatal. Revista de Saúde Pública, 42 (5), 851-858.

Santos, N. J. S. (2016). Mulher e negra: dupla vulnerabilidade as DST/HIV/Aids. Saúde e Sociedade, 25 (3), 602-618.

Serafim, A. S., Moretti, G. P., Serafim, G. S., Niero, C. V., Rosa, M. I., Pires, M. M. S., & Simões, P. W. T. A. (2014). Incidence of congenital syphilis in the South Region of Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 47 (2), 170-178.

Sheffield, J. S., Sánchez, P. J., Morris, G., Maberry, M., Zeray, F., Mcintire, D. D., & Wendel, G. D. (2002). Congenital syphilis after maternal treatment for syphilis during pregnancy. Amerincan Journal of Obstetrics and Gynecology, 186 (3), 568-573.

Silva, M. R. F., Brito, E. S. V., Freire, L. C. G., Pedrosa, M. M., Sales, V. M. B., & Lages, I. (2010). Percepção de mulheres com relação a ocorrência da sífilis congênita em seus conceptos. Revista Ação Social do Paraná, 13 (3), 301-309.

Silva, Z. F., Teixeira, K. S. S., & Nascimento, D. S. (2017). Pacientes portadores de sífilis atendidos em uma unidade terciária em Fortaleza: perfil sociodemográfico. Revista Brasileira de Análises Clínicas, 49 (1), 105-109.

Simoura, A. A., Coelho, M. M., Coelho, S. M., Hernandez, D. P., & Albuquerque, V. S. (2010). A enfermagem e o saber das gestantes em assistência pré-natal acerca da sífilis e sífilis congênita. Recuperado de: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/21661

Soeiro, C. M. O., Miranda, A. E., Saraceni, V., Santos, M. C., Talhari, S., & Ferreira, L. C. L. (2014). Syphilis in pregnancy and congenital syphilis in Amazonas State, Brazil: an evaluation using database linkage. Cadernos de Saúde Pública, 30 (4), 715-723.

Wallace, H. E., Broomhall, H. M., Isitt, C. I., Miall, L. S., & Wilson, J. D. (2015). Serological follow-up of infants born to mothers with positive syphilis serology-real-world experiences. International Journal of STD & AIDS, 15, 1-5.

World Health Organization. (2014). Global guidence on criteria and processes for validation: elimination of mother-to-child tranmission (EMTCT) of HIV and syphilis.

World Health Organization. (2016). Sexually transmitted infections (STIs). Recuperado de: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs110/en/

Downloads

Publicado

08/02/2021

Como Citar

ANDRADE, A. F. S. M. de; JERALDO, V. de L. S. Perfil da sífilis gestacional e congênita em Nossa Senhora do Socorro, Sergipe. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e14510212194, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12194. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12194. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde