Utilização das Curvas de Crescimento Intergrowth-21st para Recém-Nascidos Pré-Termo em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12319Palavras-chave:
Intergrowth-21st; Pré-termo; Recém-nascido.Resumo
Utilizar as curvas de crescimento pós-natais do projeto INTERGROWTH-21st para recém-nascidos pré-termo internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas-RS. Foram acompanhados 70 recém-nascidos, com delineamento longitudinal prospectivo, desde o nascimento e/ou internação até a alta ou óbito da unidade de terapia intensiva neonatal, no período de outubro de 2018 a abril de 2019. A idade gestacional, estimada variou de 19 a 36 semanas (média de 31 semanas), e 40% dos recém-nascidos tiveram peso ao nascer inferior a 1500 g, com 89% apresentando peso inferior a 2500 g. Sessenta recém-nascidos pré-termo tiveram alta e dez faleceram durante a hospitalização – mortalidade neonatal de 143 por 10000 nascidos vivos. Cerca de 60% dos nascimentos ocorreram por cesariana, e 13% dos recém-nascidos apresentaram escore de Apgar abaixo de 4 no primeiro minuto de vida. Observou-se que através das medidas antropométricas, tanto em meninos quanto em meninas, durante a hospitalização, estiveram, em sua maioria, dentro dos limites normais de crescimento, sendo que os percentis de crescimento das crianças que nasceram e foram acompanhadas desde o nascimento até duas semanas ou mais de internação tiveram aumento no peso e comprimento, cerca de 37,1% e 51,4%, respectivamente. Verifica-se que o crescimento dos recém-nascidos pré-termo foi satisfatório e que a utilização dos padrões de crescimento INTERGROWTH-21st, através de suas curvas antropométricas pós-natais, são úteis e de fácil aplicabilidade no dia-dia nas rotinas das unidades de terapia intensiva neonatais.
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