“Ninguém está falando em liberação da droga”: ressignificação da maconha nos programas matinais das redes Globo e Record

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12344

Palavras-chave:

Mediações; Mídia televisiva; Cannabis medicinal.

Resumo

O uso medicinal e terapêutico da Cannabis spp. tem uma longa história na humanidade, mas a atual Política Nacional de Drogas do Brasil ainda impõe processo burocrático para plantio, produção e consumo da substância para fins medicinais. Esse artigo tem o objetivo de analisar e comparar como programas de entretenimento matinais das redes Globo e Record abordaram o uso medicinal dos derivados da maconha no Brasil entre 2014 e 2018, nas quais são destaques os movimentos sociais a favor da liberação da maconha medicinal para famílias de pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais. Observou-se mudança significativa na abordagem, no que tange à seleção lexical, das emissoras durante o processo de liberação da importação. A segunda modificação observada consiste na escolha das fontes para as entrevistas. Se num primeiro momento tem-se forte representação das famílias, construindo uma imagem familiar do uso da substância, com o passar do tempo essas são substituídas por médicos e neurocientistas.

Referências

Barbosa, M., Barros, É., Lima, G., Silva, G., & Souza, P. (2020). O uso do composto de Canabidiol no tratamento da doença de Alzheimer(revisão da literatura). Research, Society and Development, 9(8), 1-18. doi:http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6073

Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. (L. Reto, & A. Pinheiro, Trads.) São Paulo: Edições 70.

Bastos, M. T. (2012). Medium, media, mediação e midiatização: a perspectiva germânica. Em M. Â. Mattos, Mediação & Midiatização (pp. 53-77). Salvador: Edufba - Compós.

Carlini, E. A., Karniol, I. G., Renault, P. F., & Schuster, C. R. (1974). Effects of marihuana in laboratory-animals and in man. British Journal Of Pharmacology, 50(2), 299-309.

Carvalho, M., Anastácio, C. A., Melo, B., Dias, B., Sousa, F., Moura, H., Freitas, Y. (2020). Projeto de cannabis terapêutica como extensão durante a pandemia: um relato de experiência. Research, Society and Development, 9(12), 1-14. doi:http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10906

Carvalho, V., Massarani, L., Amorim, L., Ramalho, M., Neves, R. & Malcher, M. (2015). Ciência na TV aberta brasileira: um perfil da programação diária da Rede Globo e Rede Record. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, (pp. 1-15). Rio de Janeiro.

Empresa Jr. de Consultoria Pública Strategos. (2016). Pesquisa sobre percepção dos parlamentares brasileiros sobre política de drogas. Acesso em 31 de Dezembro de 2020, disponível em http://pbpd.org.br/publicacao/pesquisa-sobre-percepcao-dos-parlamentares-brasileiros-sobre-politica-de-drogas/

Garcia, T., Cruz, M., Silva, G., Cardoso, E., & Arruda, J. (2020). Canabidiol para o tratamento de pacientes com Síndrome de West e epilepsia. Research, Society and Development, 9(9), 1-17. doi:http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7267

Instituto Igarapé. (2019). Monitor de Políticas de Drogas nas Américas. Acesso em 31 de 12 de 2020, disponível em https://politicadedrogas.igarape.org.br/

Motta, L. G. (2013). Análise Crítica da Narrativa. Brasília: UNB.

Oliveira, M. B. (2016). O Medicamento Proibido: Como um derivado da maconha foi regulamentado no Brasil. Dissertação (Mestrado), Unicamp, Mestrado em Divulgação Científica e Cultural, Campinas.

Pereira, A., Shitsuka, D., Parreira, F. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria, RS: UAB/NTE/UFSM.

Rodrigues, A., Mourão, V., &. Lopes, I (2020). “Eficácia, segurança e qualidade”: parâmetros discursivos nas audiências públicas da Anvisa sobre regulamentação e pesquisas com cannabis para fins medicinais. Teoria e Cultura, 15(2), 134-147. doi:https://doi.org/10.34019/2318-101X.2020.v15.29313

R7. (2019). Hoje em dia. Fonte: https://recordtv.r7.com/hoje-em-dia.

Serrano, M. M. (1993). La mediación de los medios de comunicación . Em M. Moragas, Sociología de la comunicación de masas (Vol. I, pp. 141-162). México, Gili.: Escuelas y autores.

Silva, G., Reis, G., Lopes, K., Rebelo, L., Alencar, S., Serra, V., & Lopes, G. (2020). Enfermagem: um estudo da fisiopatologia do Alzheimere os seus tratamentos alternativos com células-tronco e cannabis. Research, Society and Developmen, 9(11), 1-20. doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10094

Stürmer, A. (2014). O tom como marca distintiva do Encontro com Fátima Bernardes. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, (pp. 1-15). Foz do Iguaçu, PR,.

Downloads

Publicado

09/02/2021

Como Citar

RODRIGUES, A. P. L. da S.; LOPES, I. da S. .; MOURÃO, V. L. A. . “Ninguém está falando em liberação da droga”: ressignificação da maconha nos programas matinais das redes Globo e Record. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e16910212344, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12344. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12344. Acesso em: 16 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais