“Ninguém está falando em liberação da droga”: ressignificação da maconha nos programas matinais das redes Globo e Record

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12344

Palavras-chave:

Mediações; Mídia televisiva; Cannabis medicinal.

Resumo

O uso medicinal e terapêutico da Cannabis spp. tem uma longa história na humanidade, mas a atual Política Nacional de Drogas do Brasil ainda impõe processo burocrático para plantio, produção e consumo da substância para fins medicinais. Esse artigo tem o objetivo de analisar e comparar como programas de entretenimento matinais das redes Globo e Record abordaram o uso medicinal dos derivados da maconha no Brasil entre 2014 e 2018, nas quais são destaques os movimentos sociais a favor da liberação da maconha medicinal para famílias de pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais. Observou-se mudança significativa na abordagem, no que tange à seleção lexical, das emissoras durante o processo de liberação da importação. A segunda modificação observada consiste na escolha das fontes para as entrevistas. Se num primeiro momento tem-se forte representação das famílias, construindo uma imagem familiar do uso da substância, com o passar do tempo essas são substituídas por médicos e neurocientistas.

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Publicado

09/02/2021

Como Citar

RODRIGUES, A. P. L. da S.; LOPES, I. da S. .; MOURÃO, V. L. A. . “Ninguém está falando em liberação da droga”: ressignificação da maconha nos programas matinais das redes Globo e Record. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e16910212344, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12344. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12344. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais