Indicadores de produção assistencial do enfermeiro na Atenção Básica em Saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12354

Palavras-chave:

Enfermagem; Atenção primária à saúde; Saúde da família; Equipe de enfermagem; Administração de serviços de saúde.

Resumo

Introdução: O trabalho realizado pelo enfermeiro na Atenção Básica envolve abordagens assistenciais e gerenciais, que podem tornar desafiadora a manutenção da produção assistencial em níveis satisfatórios quando comparada a dos demais profissionais da saúde. Objetivo: Caracterizar os indicadores de produção assistencial de enfermeiros em relação às atividades dos demais profissionais da equipe de saúde da Atenção Básica de Florianópolis, Santa Catarina (SC), Brasil. Método: Estudo exploratório-descritivo e retrospectivo, de abordagem quantitativa. Foi realizada análise em base de dados a partir de registros informatizados da própria instituição relacionados à produção dos trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde. Resultados: Enfermeiros realizaram a maioria das visitas domiciliares (56,2%), e, junto com os médicos, a maioria das consultas (83,2%). Dentistas (33,3%), psicólogos (15,1%) e enfermeiros (15,0%) lideraram os atendimentos em grupo, enquanto psicólogos (25,1%), assistentes sociais (19,4%) e enfermeiros (19,3%) participaram com maior frequência de reuniões de equipe. As Unidades Básicas de Saúde com sete equipes tiveram a maior média de consultas de enfermagem por equipe, e a média de procedimentos de enfermagem foi maior naquelas com uma equipe. Conclusão: O enfermeiro desempenha importante atuação na oferta de atendimentos à população, acesso e resolutividade, mesmo atuando amplamente em atividades de supervisão de equipe.

Referências

Backes, D. S., Backes, M. S., Erdmann, A. L., Büscher, A. & Salazar-Maya, A. M. (2015). Significance of the Nurse’s Social Practice with and through the Unified Brazilian Health Care System. Aquichan, 14(4), 560-70. https://doi.org/10.5294/aqui.2014.14.4.10

Bonfim, D., Fugulin, F. M. T., Laus, A. M., Peduzzi, M. & Gaidzinski, R. R. (2016). Time standards of nursing in the Family Health Strategy: an observational study. Rev Esc Enferm USP, 50(1), 121-129. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000100016

Campos, C. E. A., Cohn, A. & Brandão, A. L. (2016). The historical trajectory of the city of Rio de Janeiro’s health system: 1916-2015. One hundred years of innovations and achievements. Ciênc Saúde Colet, 21(5), 1351-64. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015215.00242016

Celio, J., Ninane, F., Bugnon, O. & Schneides, M. P. (2018). Pharmacist-nurse collaborations in medication adherence-enhancing interventions: A review. Patient educ couns, 101(7), 1175-1192. https://doi.org/10.1016/j.pec.2018.01.022

Conselho Federal de Enfermagem de Santa Catarina (COFEN) (2018). Enfermagem em números. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/enfermagem-em-numeros

Galloti, F. C. M., Santos, L. E. R., Dias, V. G. A., Farias, Q. S. S., Martins, M. C. V., Góis, R. M. O., Lima, R. G., Trindade, L. S., Serafini, M. R. (2021). Formação do enfermeiro na perspectiva do cuidado integral e trabalho em equipe. Research, Society & Development, 10(1), e224110111724. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11724

Halcomb, E., Stephens, M., Bryce, J., Foley, E. & Ashley, C. (2017). The development of professional practice standards for Australian general practice nurses. J adv nurs, 73(8), 1958-69. https://doi.org/10.1111/jan.13274

Kebian, L. V. A. & Acioli, S. (2014). Home visits by Family Health Strategy nurses and community health agents. Rev eletrônica enferm, 16(1), 161-9. http://dx.doi.org/10.5216/ree.v16i1.20260

Lanzoni, G. M. M., Meirelles, B. H. S. & Cummings, G. (2016). Nurse leadership practices in primary health care: a grounded theory. Texto Contexto Enferm, 25(4), e4190015. http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072016004190015

Leite, S. N., Bernardo, N. L. M. C., Guerra Junior, A. A., Costa, E. A., Acurcio, F. A., Guibu, I. A., Costa, K. S., Karnikowski, M. G. O., Soeiro, O. M. & Soares, L. (2017). Medicine dispensing service in primary health care of SUS. Rev saúde pública, 51(Supl 2), 11s. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007121

Matumoto, S., Vieira, K. C. S., Pereira, M. J. B., Santos, C. B., Fortuna, C. M. & Mishima, S. M. (2012). Production of nursing care in primary health care services. Rev latinoam enferm, 20(4), 710-7. http://www.scielo.br/pdf/rlae/v20n4/11.pdf

Nicolau, I. R., Espírito Santo, F. H., David, F. M. (2017). Teamwork: in search of qualified care for the obese. Rev enferm UFPE on line, 11(1), 152-9. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11888

Nunes, A. C. B., Pires, D. E. P. & Machado, R. R. (2020). Satisfação e insatisfação no trabalho de gestores na estratégia saúde da família. Cogitare Enfermagem, 25(1). https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/61440.

Peiter, C. C., Caminha, M. E. P. & Oliveira, W. F. (2017). Managers’ profile in Primary Health Care: an integrative review. Espaç. saúde (Online), 18(1), 165-173. http://espacoparasaude.fpp.edu.br/index.php/espacosaude/article/view/357

Polit, D. F., Beck, C. T. (2011). Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática de enfermagem. Porto Alegre: Artmed.

Reis, A. P., Almeida, M. F. A., Andrade, I. R. & Daltro, E. F. M. A. (2016). Institutional support for primary care management: an experience report. Rev baiana saúde pública, 40(2), 532-42. http://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/2112

Ricciardi, R. (2018). The Next Frontier for Nurses: Improving Quality and Safety in Primary Care. J nurs care qual, 33(1), 1-4. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29166303

Rodrigues, L. B. B., Silva, P. C. S., Peruhype, R. C., Palha, P. F., Popolin, M. P., Crispim, J. A., Pinto, I. C., Monroe, A. A. & Arcêncio, A. A. (2014). Primary Health Care in the coordination of health care networks: an integrative review. Ciênc Saúde Colet, 19(02), 343-51. https://doi.org/10.1590/1413-81232014192.18032012

Salinas, J. V. R., Lopez, J. J. G. & Ampuero, E. V.C. (2020). Índice de capacidad de trabajo en enfermeras en atención primaria de salud, Lima-Perú. Avances en Enfermería, 38(1), 37-45. https://doi.org/10.15446/av.enferm.v38n1.79693

Santos, D. A., Shirasaki, R. T. S., Cangussu, J. M. L., Fermino, J. M., Silva, A. T. & Campos, G. L. (2016). Potential and difficulties in user embracementin primary care network as the National Policy of Humanization. Saúde transform soc, 6(2), 54-69. http://stat.necat.incubadora.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/3313/4470

Slade, M., Bird, V., Clarke, E., Boutillier, C. L., McCrone, P., McPherson, R., Pesola, F., Wallace, G., Willians, J. & Leamy, M. (2015). Supporting recovery in patients with psychosis through care by community-based adult mental health teams (REFOCUS): a multisite, cluster, randomised, controlled trial. Lancet Psychiatry, 2, 503-14. https://doi.org/10.1016/S2215-0366(15)00086-3

Smolowitz, J., Speakman, E., Wojnar, D., Whelan, E. M., Ulrich, S., Hayes, C. & Wood, L. (2015). Role of the registered nurse in primary health care: Meeting health care needs in the 21st century. Nurs Outlook, 62(2), 130-6. https://doi.org/10.1016/j.outlook.2014.08.004

Soares, M. B. O. & Silva, S. R. (2016). Interventions that facilitate adherence to Pap smear exam: integrative review. Rev bras enferm, 69(2), 381-91. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2016690226i

Soder, R. M., Santos, J. L. G., Santos, L. E., Oliveira, I., Silva, L. A. & Peiter, C. C. (2020). Práticas de enfermeiros na gestão do cuidado na atenção básica. Rev Cubana Enferm, 36(1). http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/article/view/2815

Souza, A. F. & Costa, L. H. R. (2015). Cervical Cancer and HPV: Women’s Knowledge after Nursing Consultation. Rev Bras Cancerol, 61(4), 343-50. http://www.inca.gov.br/Rbc/n_61/v04/pdf/05-artigo-conhecimento-de-mulheres-sobre-hpv-e-cancer-do-colo-do-utero-apos-consulta-de-enfermagem.pdf

Souza, E. A., Teixeira, C. F. & Souza, M. K. B. (2017). Analysis of the national scientific production on the work of nurses (1988-2014). Saúde debate, 41(113), 630-646. http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104201711322

Swan, M., Ferguson, S., Chang, A., Larson, E. & Smaldone, A. (2015). Quality of primary care by advanced practice nurses: a systematic review. Int j qual health care, 27(5), 396–404. https://doi.org/10.1093/intqhc/mzv054

Toso, B. R. G. O., Filippon, J. & Giovanella, L. (2016). Nurses’ performance on primary care in the National Health Service in England. Rev bras enferm, 69(1), 182-91. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2016690124i

Vendruscolo, C., Trindade, L. L., Rodrigues, O. C. C., Adamy, E. K. & Brum, M. L. B. (2016). Introductory to family health teams: contributions to the strengthening of primary care. Rev enferm UFPE on line, 10(9), 3393-400. https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11421

Wojnar, D. M. & Whelan, E. M. (2017). Preparing nursing students for enhanced roles in primary care: The current state of prelicensure and RN-to-BSN education. Nurs Outlook, 65(2), 222-232. https://doi.org/10.1016/j.outlook.2016.10.006

Downloads

Publicado

16/02/2021

Como Citar

LANZONI, G. M. de M. .; CECHINEL-PEITER, C.; PEDEBÔS, L. A. .; BARRA, D. C. C. .; NASCIMENTO, W. J. . Indicadores de produção assistencial do enfermeiro na Atenção Básica em Saúde. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e29410212354, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12354. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12354. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde