A morfometria de ostras determina a riqueza e abundância do biofouling?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12475Palavras-chave:
Abundância; Ostra-do-mangue; Macrobentos; Riqueza.Resumo
O biofouling é um dos principais problemas que acometem cultivos de ostras. Neste estudo, objetivou-se testar a hipótese de que a riqueza e a abundância do macrobentos que compõe o biofouling estão associadas à área de superfície da ostra Crassostrea tulipa cultivada no rio Urindeua, Pará. Para tanto, realizaram-se nove coletas entre maio de 2016 e abril de 2017, amostrando-se 30 ostras/mês em um cultivo de ostras localizado no litoral amazônico. Primeiramente, retirou-se o biofouling da superfície das ostras, realizando posteriormente a triagem, quantificação e identificação taxonômica dos organismos. Para testar possíveis diferenças entre ostras de diferentes tamanhos com relação aos parâmetros riqueza e abundância do biofouling, aplicou-se uma ANOVA one-way, seguida de um teste post hoc de Tukey. Os resultados deste estudo confirmam a hipótese de que a riqueza de biofouling está associada à superfície da ostra, indicando que ostras maiores apresentam um maior número de espécies quando comparadas às menores. No entanto, refutou a hipótese quando se relacionou a abundância.
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