Percepção de alimentação saudável entre adultos participantes da pesquisa Eat-Mot no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12601Palavras-chave:
Hábitos alimentares; Comportamento alimentar; Promoção de saúde; Políticas públicas.Resumo
O objetivo foi verificar a associação entre características sociodemográficas e de saúde com a percepção de alimentação saudável entre brasileiros participantes do estudo internacional Eat-Mot. A percepção da alimentação saudável foi investigada pela frequência categorizada em: nunca / raramente / às vezes e na maioria das vezes / sempre. A regressão logística ordinal foi utilizada para calcular o “odds ratio” para verificar a relação entre as variáveis sociodemográficas e de saúde com a percepção de alimentação saudável. Participaram seiscentos e sessenta indivíduos, a maioria mulheres (74,7%) com ensino superior completo ou em andamento (77,6%). Boa parte dos entrevistados percebeu sua alimentação como saudável (49,3%). Na análise multivariada, percebeu-se que houve associação negativa entre a percepção de alimentação saudável com: ser do sexo masculino (OR = 0,45; IC95%: 0,31-0,64); ter menor escolaridade (ensino médio: OR = 0,51; IC95%: 0,35-0,74 e ensino fundamental: OR = 0,11; IC95%: 0,03-0,42); menos prática de atividade física (> 3 vezes / semana: OR = 0,40; IC95%: 0,25-0,63, 2-3 vezes / semana: OR = 0,29; IC95%: 0,16-0 , 52; <uma vez / semana: OR = 0,24; IC95%: 0,14-0,41; e nunca: OR = 0,13; IC95%: 0,08-0,22) e índice de massa corporal superior (OR = 0,94; IC95%: 0,91-0,97). Os resultados mostraram a relevância de estudos desta natureza para estimular a adoção de múltiplos comportamentos saudáveis, com atenção especial para o grupo masculino menos escolarizado.
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