Freio labial superior: Quando e como intervir?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12608Palavras-chave:
Freio labial; Procedimentos Cirúrgicos Bucais; Odontopediatria.Resumo
O freio labial superior é uma estrutura anatômica triangular que sofre alterações de forma, função e posição durante o desenvolvimento da criança. Um deslocamento para a porção mais apical cerca de 3 a 4 mm acima da gengiva marginal é esperado. Quando este não ocorre, ficando o freio inserido na papila incisiva, caracteriza-se uma anomalia de desenvolvimento chamada freio teto labial persistente. O momento e o tipo de intervenção nestas situações geram muita controvérsia; a avaliação de fatores como inserção baixa no rebordo alveolar, presença ou não de isquemia da papila palatina quando o freio é tracionado, presença de diastema interincisivos, dificuldade de higienização e/ou alimentação e retração gengival auxiliam na decisão de tratamento. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi apresentar 8 casos clínicos sobre abordagens de freio labial superior, discutindo diferentes momentos. Crianças de distintas idades foram avaliadas e submetidas às seguintes condutas: frenectomia, reposicionamento pela técnica de Chelotti ou acompanhamento clínico para posterior reavaliação. Concluiu-se que, apesar de existir uma indicação frequente de intervenção apenas após a erupção dos caninos superiores permanentes, existem outras situações em que uma abordagem precoce pode trazer mais benefícios ao paciente.
Referências
American Academy of Pediatric Dentistry. (2020). Management considerations for pediatric oral surgery and oral pathology. The Reference Manual of Pediatric Dentistry, 433-42. https://www.aapd.org/research/oral-health-policies--recommendations/management-considerations-for-pediatric-oral-surgery-and-oral-pathology/
Andrade, J. J. da S., Cabral, L. N. & Malaspina, O. A. (2017). Reabilitação estética anterior pós-frenectomia: relato de caso. Archives of Health Investigation, 6(10), 477-485. https://doi.org/10.21270/archi.v6i10.2236
Borges, E. R., Custódio A. L. N., Oliveira, G. C. M., & Leal, R. J. B. (2015). Cirurgia de Bridectomia associada à técnica Enxerto Livre Gengival: Relato de Caso Clínico. Arquivo Brasileiro de Odontologia, 11(1), 10-14. http://periodicos.pucminas.br/index.php/Arquivobra sileirodontologia/article/view/14936
Boutsi, E. A., & Tatakis, D.N. (2011). Maxillary labial frenum attachment in children. Int J Paediatr Dent, 21(4), 284-288. 10.1111/j.1365-263X.2011.01121.x
Bruder, C., Ferreira, M. C. D., Junior, K. F., Chelotti, A., & Long, S. M. (2015). Frenectomia labial pela técnica de reposicionamento cirúrgico proposta por Chelotti. Odonto, 23(45-46), 11-8. https://doi.org/10.15603/2176-1000/odonto.v23n45-46p11-18
Cavalcante, J. A., Xavier, P., Mello-Moura, A. C. V., Alencar, C. J. F., & Imparato, J. C. P. (2009). Diagnóstico e tratamento cirúrgico do freio teto labial persistente em pacientes no período intertransitório da dentição mista–relato de caso. Rev Inst Ciênc Saúde, 27(3), 290-294. http://files.bvs.br/upload/S/0104-1894/2009/v27n3/a018.pdf
Coimbra Júnior, N. C., Guerino, P., & Mezomo, M. B. (2016). Diastemas interincisais superiores-revisão acerca da etiologia, tratamento e estabilidade em longo prazo. Disciplinarum Scientia, 17(1), 95-109. Retrieved from https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/view/1912/1812
De Paula Macedo, M., Silva de Castro, B., Milton Martins de Oliveira Penido, S., & Valéria de Sousa Resende Penido, C. (2013). Frenectomia labial superior em paciente portador de aparelho ortodôntico: relato de caso clínico. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, 17(3). Retrieved from http://revodonto.bvsalud.org/pdf/rfo/v17n3/a15v17n3.pdf
Delli, K., Livas, C., Sculean, A., Katsaros, C., & Bornstein, M. M. (2013). Facts and myths regarding the maxillary midline frenum and its treatment: a systematic review of the literature. Quintessence Int, 44(2), 177-87. doi: 10.3290/j.qi.a28925
Díaz-Pizán, M. E., Lagravère, M. O. & Villena, R. (2006). Midline Diastema and Frenum Morphology in the Primary Dentition. J Dent Child (Chic), 73(1), 11-4. https://www.researchgate.net/publication/7049148_Midline_diastema_and_frenum_morphology_in_the_primary_dentition
Ghaheri, B. A., Cole, M., Fausel, S. C., Chuop, M., & Mace, J. C. (2017). Breastfeeding improvement following tongue-tie and lip-tie release: A prospective cohort study. Laryngoscope, 127(5), 1217-23. 10.1002/lary.26306
Izolani Neto, O., Molero, V. C. & Goulart, R. M. (2014). Frenectomia: revisão de literatura. Revista UNINGÁ Review, 18(3), 21-5. http://ec2-34-233-57-254.compute-1.amazonaws.com/index.php/uningareviews/article/view/1517/1132
Koora, K., Muthu, M. S. & Rathna, P. V. (2007). Spontaneous closure of midline diastema following frenectomy. J Indian Soc Pedod Prev Dent, 25(1), 23-6. doi: 10.4103/0970-4388.31985
Kotlow, L. A. (2010). The influence of the maxillary frenum on the development and pattern of dental caries on anterior teeth in breastfeeding infants: prevention, diagnosis, and treatment. J Hum Lact, 26(3), 304-8. doi: 10.1177/0890334410362520
Morais, J. F., Freitas, M. R., Freitas, K. M., Janson, G., & Castello Branco, N.(2014). Postretention stability after orthodontic closure of maxillary interincisor diastemas. J Appl Oral Sci, 22(5), 409-15. doi: 10.1590/1678-775720130472
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Ribeiro, I. L. A., Fernandes, T. L., Trigueiro, D. A., Souza, C. F. M., & Medeiros Júnior, M. D. (2015). Avaliação dos padrões de morfologia e inserção dos freios labiais em pacientes da clínica-escola de odontologia do Centro Universitário de João Pessoa – PB. RevOdontol UNESP, 44(5), 1-5. 10.1590/1807-2577.1081
Rosa, P., Rosa, P., Levi, Y., Nogueira, M., Vieira, F., Silveira, E., et al. (2018). Diagnóstico e tratamento cirúrgico do freio labial com inserção marginal: relato de caso. Braz J Periodontol, 28(01), 56-60. http://www.interativamix.com.br/SOBRAPE/arquivos/2018/marco/REVPE RIO_MAR%C3%87O_2018_PUBL_SITE_PAG-56_A_60-10-04-2018.pdf
Ruli, L. P., Duarte, C. A., Milanezi, L. A., & Perri, S. H. V. (1997). Frênulo labial superior e inferior: estudo clínico quanto a morfologia e local de inserção e sua influência na higiene bucal. Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo, 11(3), 195-205. https://doi.org/10.1590/S0103-06631997000300008
Santos, P. D., Osório, S. D. R. G., & Franzin, L. C. D. S. (2014). Diagnóstico e tratamento cirúrgico do freio labial anormal na dentição mista: relato de caso. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, 8(2), 41-6. https://www.mastereditora.com.br/periodico/20141001_074905.pdf
Silva, H. L., Silva, J. J. & Almeida, L. F. (2018). Frenectomia: revisão de conceitos e técnicas cirúrgicas. SALUSVITA, Bauru, 37(1), 139-150. Retrieved from https://secure.unisagrado.edu.br/static/biblioteca/salusvita/salusvita_v37_n1_2018_art_09.pdf
Souza, A. V., Santos, A. S., Dalló, F. D., Bez, L. C., Simões, P. W., Bez, L. V., et al. (2015). Frenectomia labial maxilar: revisão bibliográfica e relato de caso. Rev. Odontol. Univ. Cid. São Paulo, 27(1), 82-90. https://doi.org/10.26843/ro_unicid.v27i1.248
Suter, V. G., Heinzmann, A. E., Grossen, J., Sculean, A., & Bornstein, M. M. (2014). Does the maxillary midline diastema close after frenectomy? Quintessence Int, 45(1), 57-66. doi: 10.3290/j.qi.a30772
Volpi Mello-Moura, A. C., Cadioli, I. C., Narras Pires Corrêa, M. S., Martins Delgado Rodrigues, C. R., & Nardi Fonoff, R. D. (2008). Early Diagnosis and Surgical Treatment of the Lower Labial Frenum in Infancy: A Case Report. J Clin Pediatr Dent, 32(3), 181–184. doi: 10.17796/jcpd.32.3.hgn6324707874727
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Fernanda Simão Delmondes; Gabriela Mancia de Gutierrez; José Carlos Pettorossi Imparato; Daniela Prócida Raggio
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.