Análise epidemiológica das arboviroses emergentes e reemergentes no Brasil entre os anos de 2019 e 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12611Palavras-chave:
Arbovírus; Brasil; Epidemiologia; Infecções por arbovírus; Insetos.Resumo
Objetivou-se analisar a incidência e a prevalência das arboviroses (dengue, chikungunya e zika) transmitidas pelo Aedes aegypti entre os anos de 2019 a 2020, bem como os fatores que promovem a sua propagação. Dessa forma, realizou-se uma revisão bibliográfica de natureza qualitativa e de caráter descritivo e exploratório. Sendo utilizada a questão norteadora: Qual a situação epidemiológica das arboviroses no Brasil entre os anos de 2019 a 2020? A busca foi realizada nos bancos de dados: PubMed e SciELO, assim como, foram utilizados dados epidemiológicos pertencentes ao site do Ministério da Saúde/Brasil. Os critérios de inclusão foram: artigos nacionais e internacionais completos, disponibilizados de forma gratuita, publicados entre janeiro de 2008 a janeiro de 2021 em inglês e português. No que diz respeito a saúde pública, os arbovírus têm gerado uma grande preocupação no mundo. Em 2020, foram notificados 971.136 casos prováveis de dengue até a Semana Epidemiológica (SE) 46, com taxa de incidência de 462,1 casos/100 mil habitantes, para Chikungunya, entre as SE 1 e 46, obteve-se 78.808 casos prováveis notificados, com taxa de incidência de 37,5 casos/100 mil habitantes. E para Zika, entre as SE 1 a 43, tiveram 7.006 casos prováveis notificados no Brasil, com taxa de incidência de 3,3 casos/100 mil habitantes. Portanto, fica claro que as arboviroses ocasionam um grande impacto na saúde pública que vão desde a identificação do agente causador até as medidas de controle dos vetores. Com isso, é ressaltado a importância de saneamento como método de controle da incidência e prevalência das infecções por arbovírus.
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