Trabalho, educação e transformação social: elementos para a elaboração de um projeto alternativo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12651Palavras-chave:
Trabalho; Educação no capitalismo; Transformação social.Resumo
O presente artigo tem como objetivo expor a centralidade do trabalho como categoria fundante dos modelos de práxis social e abordar a educação como um complexo direcionado para a sociedade, isto é, inserida na reprodução das relações sociais, nas quais os homens influenciam as ações de outros homens. Compreendendo a educação como um por teleológico secundário, esta pode servir como veículo de manutenção da ordem hegemônica do capital. Na sociedade burguesa, o trabalho é capturado, a fim de atender às necessidades de acumulação de lucros; para tal, a educação seria fundamental, uma vez que forneceria não só o conhecimento científico para a produção das mercadorias, mas também seria instrumento de disseminação do ethos burguês. Para dar conta dessas análises, refletindo sobre uma possível alternativa a essa educação capitalista, este estudo se caracterizou, quanto aos objetivos, como exploratório, tendo sido, quanto aos procedimentos, embasado por revisão bibliográfica, que ocorreu em referenciais teóricos de aporte marxista. Portanto, a partir das análises teórico-metodológicas desenvolvidas, foi possível concluir que a construção de uma educação, de fato, emancipatória exigiria transformações societárias profundas, que fossem capazes de superar os mais diversos processos de alienação e de exploração de homens e de mulheres.
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