As representações de mulheres trans em capas de revista brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12717Palavras-chave:
Revista ; Representação Social; Gênero e Sexualidade; Diversidade.Resumo
Esse trabalho refere-se a uma investigação sobre as representações de mulheres trans em capas de revista do mercado editorial nacional durante a década de 2010. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo e bibliográfico. A coleta de dados se deu a partir de documentos (capas de revistas) e os dados foram analisados com a técnica de Análise da Imagem. Enquanto resultados, em linhas gerias, podemos compreender que as revistas de moda, em certo modo, vendem ideias massificadas e modos de lidar com o corpo pautados em padrões de beleza impostos socialmente – magros, brancos e esteticamente impecáveis, no passo que, as demais revistas, buscam enfatizar corpos plurais e mais próximos de figurais reais, pautados em produzir valores culturais que vão além de questões estéticas. Conclui-se, portanto, que há de se investigar ainda mais as representações dessa parcela social que é tão marginalizada e estigmatizada culturalmente, com a finalidade de ampliar as discussões nos mais variados contextos.
Referências
Akinro, N. and Mbunyuza-Memani, L. (2019). Black is not beautiful: Persistent messages and the globalization of “white” beauty in African women’s magazines. Journal of International and Intercultural Communication, 12(4), pp. 308–324.
Baudrillard, J. (1985). À sombra das maiorias silenciosas: o fim do social e o surgimento das massas. São Paulo: Brasiliense.
Bento, B. (2018). A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. 3rd ed. São Paulo: Devires.
Bento, B. (2004). Da transexualidade oficial às transexualidades. In: Sexualidade e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro: Garamond, pp. 143–172.
Bonoto, C. and Brignol, L. D. (2020). “É de confiar desconfiando”: tensões e conflitos entre o ativismo LGBT e a mídia. Contracampo, [online] 39(1), pp. 116–130. Available at: https://periodicos.uff.br/contracampo/article/view/28512 [Accessed 19 Jan. 2021].
Butler, J. (2000). Corpos que pensam: sobre os limites discursivos do sexo. In: O corpo educado. Belo Horizonte: Autêntica, pp. 151–172.
Butler, J. (2008). Gender trouble: feminism and the subversion of identity. London: Routledge.
Butler, J. (2018). Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa da assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Campos, D. M. A. R. (2014). Transgeneridade e feminilidade: uma etnografia acerca do que é ser mulher. 18o REDOR, [online] pp. 2718–2729. Available at: http://www.ufpb.br/evento/index.php/18redor/18redor/paper/view/2032 [Accessed 12 Sep. 2020].
Castells, M. (1999). A sociedade em rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra.
Fischer, R. M. B. (2002). O dispositivo pedagógico da mídia: modos de educar na (e pela) TV. Educação e Pesquisa, 28(1), pp.151–162. Available at: https://doi.org/10.1590/S1517-97022002000100011 [Accessed 13 Dec. 2020]
Furtado, P. C. (2008). Moral, sociedade e mídia impressa: reflexões sobre os discursos do caderno “Turbine o seu prazer! O guia MH de sexo e relacionamento” da revista Men’s Health. In: Anais do XIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste. [online] XIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste. São Paulo: Intercom/Universidade Presbiteriana Mackenzie. Available at: http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sudeste2008/resumos/R9-0297-1.pdf [Accessed 15 Sep. 2020].
Goellner, S. V. (2010). A produção cultural do corpo. In: Corpo, Gênero e Sexualidade. Petrópolis: Vozes.
Goffman, E. (1978). Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 2nd ed. Rio de Janeiro: Zahar.
Goldenberg, M. and Ramos, M. S. (2002). A civilização das formas: O corpo como valor. In: Nu & vestido: dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca. Rio de Janeiro: Record.
Heinzelman, F. L., von Muhlen, B. K., Schleiniger, C. dos S., Leite, M. D. P. and Strey, M. N. (2012). Corpos em revista: a construção de padrões de beleza na Vogue Brasil. Psicologia em Revista, [online] 18(3), pp. 470–488. Available at: https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2012v18n3p470 [Accessed 12 Set. 2020].
Joly, M. (1994). Introdução à análise da imagem. Lisboa: Ed. 70.
Lakatos, E. M. and Marconi, M. de A. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5th ed. São Paulo: Atlas.
Meijer, I. C. and Prins, B. (1998). How Bodies Come to Matter: An Interview with Judith Butler. Signs: Journal of Women in Culture and Society, 23(2), pp. 275–286.
Moeran, B. (2013). Lançando a moda: o discurso das revistas. Comunicação e Sociedade, 24, pp. 95–119. Available at: https://doi.org/10.17231/comsoc.24(2013).1778 [Accessed 19 Jan. 2021]
Moreno, R. (2008). A beleza impossível: mulher, mídia e consumo. São Paulo: Ágora.
Nogueira, K. . & Grillo, M. D. (2020). Theory of Social Representations: history, processes and approaches. Research, Society and Development, 9(9), e146996756. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6756
Pereira A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [eBook]. Santa Maria. Ed. UAB / NTE / UFSM.
Rockenbach, M. R. P. (2009). A imagem feminina nas propagandas de cerveja. Revista Gestão, Científica de Administração e Sistema de Informação, 12(12).
Salih, S. (2013). Judith Butler e a teoria queer. Translated by G.L. Louro. Belo Horizonte: Autêntica.
Santaella, L. (1996). Produção de linguagem e ideologia. São Paulo: Cortez.
Santos, J. L. (1994). O que é cultura. 14th ed. São Paulo: Brasiliense.
Thompson, J. B. (2009). Mídia e modernidade. São Paulo: Vozes.
Woodward, K. (2007). Identidade e Diferença: Uma Introdução Teórica e Conceitual. In: Identidade e Diferença: A Perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Fabiano Eloy Atilio Batista; Débora Pires Teixeira; Glauber Soares Junior ; Isadora Franco Oliveira; Matheus Nicolau Dias; Ítalo José de Medeiros Dantas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.