Prevalência de segundo canal não tratado na raiz mésio vestibular de molares superiores e sua associação com periodontite apical: um estudo em tomografia computadorizada de feixe cônico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12906Palavras-chave:
Tomografia computadorizada de feixe cônico; Endodontia; Tratamento do canal radicular; Endodontia.Resumo
Este estudo objetivou avaliar a prevalência de canais mésio-vestibulares 2 (MV2) não localizados / tratados em molares superiores e correlacionar seu não tratamento com a presença de lesão perirradicular. O estudo foi realizado em 180 tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC). Os 180 exames totalizaram 210 dentes analisados (140 primeiros molares superiores e 70 segundos molares superiores). A presença de canais MB2 não localizados / tratados e lesões periapicais na raiz mésio-vestibular (MV) foi identificada pela observação dos cortes axial e posteriormente dos cortes sagitais e coronais. Dos 210 dentes avaliados, 91,4% (n = 192) apresentavam canal MV2, enquanto 8,6% (n = 18) não possuíam este canal. Nos primeiros molares com presença de MV2 (n = 133), lesão periapical foi observada em 85,0% (n = 113). Entre os segundos molares com presença de MV2 (n = 59), lesão periapical foi observada em 72,9% (n = 43). A presença de lesão periapical na raiz MV esteve relacionada à não localização / tratamento do canal MV2 e foi maior quando se tratava de canal independente.
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