Conhecimento etnobotânico dos alunos de Ensino Médio sobre plantas medicinais em Maranguape-Ceará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13008Palavras-chave:
Estudos etnofarmacológicos; Fitoterapia; Fitoterápico; Medicina popular.Resumo
As plantas são usadas como medicinais desde a antiguidade, e a etnobotânica busca compreender como essas plantas são utilizadas pela população. Diante disso, o estudo objetivou verificar o conhecimento etnobotânico dos alunos de ensino médio de escolas públicas estaduais de Maranguape-CE sobre plantas medicinais. O estudo exploratório e descritivo com abordagem quali-quantitativa foi realizado por meio da aplicação de questionários semiestruturados a 188 alunos de ensino médio, sobre aspectos socioeconômicos e etnobotânicos. Verificou-se a predominância do sexo feminino (51%) e faixa etária de 14 a 20 anos. Os alunos possuem famílias numerosas e de baixa renda. A maioria (99%) acredita no poder das plantas medicinais, porém preferem medicamentos sintéticos (53%). Foram citadas 34 espécies. O modo de preparo predominante foi o chá (75,59%). A parte da planta mais citada foi a folha (78,82%). As indicações terapêuticas mais citadas foram às relacionadas a doenças do sistema respiratório (16), sistema digestório (11) e sistema circulatório (11). 41,24% possuem cultivo próprio. O conhecimento foi obtido principalmente com familiares (82,45%). Conclui-se que os alunos possuem um conceito de plantas medicinais simplificado, porém conhecem e utilizam plantas medicinais. O assunto plantas medicinais é pouco trabalhado nas escolas e a maior fonte de informação são os familiares.
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