Estresse no trabalho em enfermeiros brasileiros atuantes na atenção primária à saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.13452Palavras-chave:
Enfermagem; Estresse; Atenção primária à saúde.Resumo
Introdução: Enfermeiros atuantes na atenção primária à saúde são profissionais potencialmente susceptíveis ao desenvolvimento de estresse. Em seu cotidiano, enfrentam situações conflituosas como excesso de trabalho e acúmulo de tarefas que causam desgaste físico e mental. Objetivo: Analisar a percepção de enfermeiros brasileiros atuantes na atenção primária à saúde sobre a contribuição do estresse no ambiente de trabalho. Metodologia: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado junto a enfermeiros atuantes na atenção primária à saúde de um município da região sul do Brasil, sendo instrumento de coleta de dados a versão resumida do Job stress scale. Os resultados desse estudo foram analisados segundo o esquema do modelo de Demanda-Controle de Karasek. Resultados: Participaram do estudo 28 enfermeiros, predominantemente, mulheres (92,80%), casadas ou vivendo com companheiro (67,85%), com filhos (64,28%), na faixa etária 30 a 41 anos (53,57%). De maneira geral, os enfermeiros investigados eram profissionais que trabalhavam há muito tempo no mesmo setor, com dupla jornada; demonstraram perceberem-se sujeitos a situações de estresse, com alto controle sobre as mesmas; não se percebiam influenciados pela contribuição de estresse em seu ambiente de trabalho; e demonstraram ser relevante o apoio social por chefes e colegas. Correlações lineares de Person entre as variáveis sociodemográficas e ocupacionais predominantes, demonstraram-se não significativas. Conclusões: Embora a população estudada atue em setor com alta demanda psicológica, que contribui para o desencadeamento de estresse global, são profissionais que tem alto controle sobre a situação do trabalho.
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