Associação entre nível de atividade física e síndrome metabólica em pacientes vivendo com HIV e em tratamento antirretroviral no Município de Ponta Grossa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13539Palavras-chave:
Dislipidemias; Terapia antirretroviral; AIDS; Exercício físico.Resumo
No Brasil, até 2018, existiam, num acumulado, 926.742 pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV). Os antirretrovirais (ARV’s) são capazes de controlar o vírus e melhorar a qualidade de vida destes indivíduos, porém, o uso destas drogas pode levar ao desenvolvimento da síndrome metabólica (SM). Sabe-se que as atividades físicas são fatores protetores para SM em pessoas saudáveis, porém, em pacientes em tratamento por ARV’s, esta associação ainda não é clara. Objetivo: identificar se a atividade física é fator protetor para SM em (PVHIV) em uso de ARVs. Método: estudo transversal, quantitativo com 265 (PVHIV) e em tratamento com ARV’s no serviço de assistência especializada (SAE) de Ponta Grossa-PR entre março/2018 e maio/2019. O nível de atividade física foi medido com o questionário IPAQ versão curta. Os dados foram analisados de maneira descritiva e a associação entre SM e atividade física foi medida com OR (odds ratio) e qui-quadrado. Resultados: a média de idade foi de 43 anos, 56,2% eram do sexo biológico masculino, 61,9% de etnia branca, 71,3% heterossexuais, 44,5% com ensino fundamental, 41,1% com renda de 1-2 salários mínimos, 40,4% casados e em 74,7% o modo de transmissão foi sexual. Quanto a atividade física, 57,0% eram ativos ou irregularmente ativos e 67,5% não apresentavam SM. Entre os ativos, 31,1% tinham SM e entre os inativos 34,2%, o que não configurou associação estatisticamente significativa (OR 0,87; IC 95% 0,52 – 1,46; p=0,595). Conclusão: Sob essa perspectiva, a atividade física não foi fator protetor para SM em (PVHIV) em uso terapias antirretrovirais (TARVs).
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