Levantamento de Espécies Exóticas em Unidades de Conservação: o Caso do Estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Rafael de Oliveira Rocha Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
  • Marcelo Borges Rocha Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v8i10.1406

Palavras-chave:

impacto ambiental; invasão biológica; plano de manejo; conservação da biodiversidade.

Resumo

O crescente aumento da população humana vem fazendo com que a biodiversidade seja reduzida. Processos como perda e fragmentação dos habitats, exploração excessiva de espécies de plantas e animais e a introdução de espécies exóticas contribuem para esta perda. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento sobre a ocorrência de espécies exóticas da fauna e flora nas Unidades de Conservação federais e estaduais do Estado do Rio de Janeiro.  Inicialmente, houve uma consulta aos planos de manejo das unidades através dos sites do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Com o intuito de sistematizar os dados analisados foram criadas quatro categorias referentes aos planos de manejo, categoria 1: sem plano de manejo; categoria 2: sem plano de manejo, mas que possuem um decreto publicado no Diário Oficial da União, que institui a elaboração de documento oficial; categoria 3: com plano de manejo, porém não é citada qualquer tipo de espécie exótica; categoria 4: com plano de manejo, onde são citadas espécies exóticas. Dentre as espécies animais, a mais comum a essas UCs foi o mico-estrela-tufo-branco (Callithrix jacchus Linnaeus, 1758), encontrado em 10 UCs e entre as espécies vegetais, a mais comum foi a jaqueira (Artocarpus heterophyllus Linnaeus, 1753), encontrada em 11 UCs. Este estudo forneceu informações e um relato sobre o padrão de distribuição, nas UCs federais e estaduais do Estado do Rio de Janeiro, de espécies que tem capacidade de causar desequilíbrio em diferentes ecossistemas.

Referências

Barros, L. S. C., & Leuzinger, M. D. (2018) Planos de Manejo: Panorama, Desafios e Perspectivas. Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Direito–PPGDir./UFRGS, 13(2).

Brito, D. M. C. (2008). Conflitos em unidades de conservação. PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP, 1(1).

Campos, J. B., Tossulino, M. D. G. P., & Müller, C. R. C. (2006). Unidades de Conservação: ações para valorização da biodiversidade. Instituto Ambiental do Paraná.

Carvalho, J., Ferreira, A. M., Belão, M., & Boçon, R. (2013). Exóticas invasoras nas rodovias BR 277, PR 508, PR 407, Paraná, Brasil. Floresta, 44(2), 249-258.

CEPAN – Centro de Pesquisas Ambientas do Nordeste (2009). Contextualização sobre espécies exóticas invasoras. Recife, Pernambuco.

Davis, M. A. (2009). Invasion biology. Oxford University Press on Demand.

Dos Anjos, L. A., & da Rocha, C. F. D. (2008) A Lagartixa Hemidactylus mabouia Moreau de Jonnes, 1818 (Gekkonidae): uma espécie exótica e invasora amplamente estabelecida no Brasil. Natureza & conservação, 6(1), 78-89.

GBO-4 - Global Biodiversity Outlook (2014). Panorama da Biodiversidade Global 4: Uma avaliação intermediária do progresso rumo à implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020. Brasília, Brasil.

GISP - The Global Invasive Species Programme. (2007). The Economic Impact and Appropriate Management of Selected Invasive Alien Species on the African Continent. Report prepared by CSIR, South Africa.

Goldberg, S. R., Bursey, C. R., & Telford, S. R. (2003). Metazoan endoparasites of 11 species of lizards from Pakistan. Comparative Parasitology, 70(1), 46-55.

ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (2017). Instrução Normativa n° 7, de 21 de dezembro de 2017.

Lei n. 9985, de 15 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.

Menegassi, D. (2017). É hora de repensar o Plano de Manejo. Recuperado de https://www.oeco.org.br/reportagens/e-hora-de-repensar-o-plano-de-manejo. Acesso em: 04 de julho de 2019.

Miranda, J. C., de Azevedo S. C. E., & Mazzoni, R. (2010). Ocorrência da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus Linnaeus, 1758 na microbacia do rio Mato Grosso, Saquarema, Estado do Rio de Janeiro. SaBios-Revista de Saúde e Biologia, 5(2).

MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (2019A). IMPACTOS SOBRE A BIODIVERSIDADE. RECUPERADO DE HTTP://WWW.MMA.GOV.BR/BIODIVERSIDADE/BIODIVERSIDADE-GLOBAL/IMPACTOS.HTML. ACESSO EM: 04 DE JULHO DE 2019.

MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (2019B). PLANO DE MANEJO. RECUPERADO DE: HTTP://WWW.MMA.GOV.BR/AREAS-PROTEGIDAS/UNIDADES-DE-CONSERVACAO/PLANO-DE-MANEJO. ACESSO EM: 04 DE JULHO DE 2019.

Morais Jr, M. M., Ruiz-Miranda, C. R., Grativol, A. D., de Andrade, C. C., Lima, C. S., Martins, A., & Beck, B. B. (2008). Os sagüis, Callithrix Jacchus e penicillata, como espécies invasoras na região de ocorrência do mico-leão dourado. Conservação do mico-leão-dourado, 28820, 86.

Novelli, F. Z., Moreira, R. P. G., Duca, C., & Silva, A. G. (2010). O papel da barocoria na estruturação da população da jaqueira, Artocarpus heterophyllus Lam. na Reserva Biológica de Duas Bocas, Cariacica, Espírito Santo. Natureza on line, 8(2), 91-94.

Perdomo, M., & Magalhães, L. M. S. (2007). Ação alelopática da jaqueira (Artocarpus heterophyllus) em laboratório. Floresta e Ambiente, 14(1), 52-55.

Pivello, V. R. (2011). Invasões biológicas no cerrado brasileiro: efeitos da introdução de espécies exóticas sobre a biodiversidade. Ecologia. info, 33.

Pysek, P. (1995). On the terminology used in plant invasion studies. Plant invasions: general aspects and special problems, 71-81.

Rocha, L. F., Lima, G. S., Martins, S. V., Torres, F. T. P., & Reis, C. R. (2018). Avaliação da presença de espécies exóticas em unidades de conservação estaduais de Minas Gerais. Revista de Ciências Agroambientais, 15(2), 238-248.

Sampaio, A. B., & Schmidt, I. B. (2013). Espécies exóticas invasoras em unidades de conservação federais do Brasil. Biodiversidade Brasileira, (2), 32-49.

Silva, D. A. D. (2015). Avaliação quali-quantitativa da mangueira (Mangifera indica L.) na arborização viária e percepção dos moradores da cidade de Belém-PA. (Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Ziller, S. R. (2001). Plantas exóticas invasoras: a ameaça da contaminação biológica. Ciência Hoje, 30(178), 77-79.

Downloads

Publicado

24/08/2019

Como Citar

ROCHA, R. de O.; ROCHA, M. B. Levantamento de Espécies Exóticas em Unidades de Conservação: o Caso do Estado do Rio de Janeiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 8, n. 10, p. e408101406, 2019. DOI: 10.33448/rsd-v8i10.1406. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1406. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas