Drenos torácicos mal posicionados diagnosticados por exame de imagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14135

Palavras-chave:

Drenagem torácica; Trauma torácico; Tomografia computadorizada; Complicações.

Resumo

A drenagem torácica é um método que através no qual através de um dreno é retirado substâncias seja ela sanguinolentas como em um hemotórax, ou o ar, no caso do pneumotórax, para que assim seja possível o deslizamento entre as pleuras e mantenha uma adequada expansão pulmonar. No caso de pacientes em que tiveram má inserção do dreno na cavidade pleural pode haver uma piora do quadro clínico, com uma redução da ventilação, insuficiência respiratória, ocorrência de infeções, ou mesmo o pneumotórax iatrogênico. Objetivo: Analisar os achados de imagem de drenos de tórax mal posicionados na tomografia computadorizada. Materiais e métodos: Esta pesquisa trata-se de um estudo retrospectivo, quantitativo com enfoque descritivo, no qual foi utilizado dados de exames de tomografia computadorizadas disponibilizados pela clínica Polimagem Radiodiagnóstico no município de Marabá-PA. Resultados: No presente estudo o grupo que tem maior incidência de complicações relacionadas ao posicionamento inadequado do dreno foi do sexo masculino, entre 19 a 59 anos, indicado por causas traumáticas, o local mais comum de inserção do dreno incorreto ocorreu na região intraparenquimatosa causando como principais complicações o pneumotórax, sangramentos e nos casos mais avançados o surgimento de fistulas. Conclusão: Os achados do exame de imagem tiveram essencial importância para detectar a iatrogenia causada pelos drenos mal inseridos, os resultados devem ser ampliado para evitar a inadequada colocação de dreno, adotando também protocolos hospitalares padronizados e treinamento da equipe de saúde para sua utilização.

Referências

Abreu, E. M. S. D., Machado, C. J., Neto, M. P., & Sanches, M. D. (2015). Impacto de um protocolo de cuidados a pacientes com trauma torácico drenado. Rev. Col. Bras. Cir. 42(4), 231-237.

Araújo, P. H. X. N. D., Terra, R. M., Santos, T. D. S., Chate, R. C., Paiva, A. F. L. D., & Fernandes, P. M. P. (2017). Posicionamento intrapleural, guiado por ultrassonografia, de cateteres pleurais: influência na expansão pulmonar imediata e na pleurodese em pacientes com derrame pleural maligno recorrente. J Bras Pneumol. 43(3), 190-194.

Bettega, A. L et al. (2011). Simulador de dreno de tórax: desenvolvimento de modelo de baixo custo para capacitação de médicos e estudantes de medicina. Rev Col Bras Cir. 46(1)

Cipriano, F. G. & Dessote, L. U. (2011). Drenagem pleural. Medicina. 44(1), 70-8.

Davies, H. E., Davies, R. J. O. & Davies, C. W. H. (2010). Management of pleural infection in adults: British Thoracic Society pleural disease guideline. Thorax. 65(2), 41-53

Filosso, P. L et al. (2017). Errors and complications in chest tube placement. Thorac Surg Clin. 27, 57-67.

Huggins, J. T., Carr, S., & Woodward, G. A. (2019). Placement and management of thoracostomy tubes and catheters in adults and children. Coliins, K. A., ed. UpToDate. Waltham, MA: UptoDate Inc. https://www.uptodate.com/contents/placement-and-management-of-thoracostomy-tubes-and-catheters-in-adults-and-children?

Junior, C. A. B., Botelho, A. B., Linhares, A. D. C., Oliveira, M. S. D., Veronese, G., Junior, C. R. N., Batista, L. C., & Diogo, M. A. K. (2017). Perfil das pacientes vítimas de trauma torácico submetidos à drenagem de tórax. Rev. Col. Bras. Cir. 44(1), 027-032.

Kwiatt, M., Tarbox, A., Seamon, M. J, et al. (2014). Thoracostomy tubes: A comprehensive review of complications and related topics. Int J Crit Illn Inj Sci. 4(2), 143-155.

Kogien, M., Teixeira, C. A. (2011). Toracotomias: estudo epidemiológico em um hospital de grande porte. Rev enferm UFPE on line. 5(3), 611-617.

Lira, M. (2020). Hospitais regionais já têm planos de enfrentamento à Covid-19. Agência Pará. Março. https://agenciapara.com.br/noticia/18539/.

Lim, K. E., Tai, S. C., Chan, C. Y et al. (2005). Diagnosis of malpositioned chest tubes after emergency tube thoracostomy Is computed tomography more accurate than chest radiograph? Journal of Clinical Imaging. 29, 401–405.

Medeiros, B. J. D. C. (2019). Cuidados Padronizados Com Dreno De Tórax. Aspectos Técnicos e Manejo. Universidade Federal do Amazonas. Manaus, AM.

Menegozzo, C. A. M., Pflug, A. R. M., & Utiyama, E. M. (2018). Como reduzir complicações relacionadas à drenagem pleural utilizando uma técnica guiada por ultrassom. Rev Col Bras Cir. 45(4).

Mendes, C. A., & Hirano, E. S. (2018). Fatores preditivos de complicações na drenagem torácica pós-trauma. Dissertação – Unicamp. Campinas, SP.

Morais, A. C. C., Lemos, M. M., Marques, V. D., & Vladimir. C. O. P. (2016). Protocolo institucional para padronizar o gerenciamento do sistema de drenagem torácica, da cirurgia à assistência de enfermagem, em um hospital regional do norte do Paraná. Acta Scientiarum. 38(2), 173-177.

Neto, J. B. D. R., Neto, M. P., Hirano, E. S. H., Rizou, S., Junior, B. N., & Fraga, G. P. (2012). Abordagem do hemotórax residual após a drenagem torácica no trauma. Rev. Col. Bras. Cir. 39(4), 344-349.

Neto, M. P., Resende, V., Machado, C. J., Abreu, E. M. S. D., Neto, J. B. B., & Sanches, M. D. (2015). Fatores associados ao empiema em pacientes com hemotórax retido pós-traumático. Rev. Col. Bras. Cir. 42(4), 224-230.

Perazzo, A, Gatto, P., Barlascini, C., Bravo, M. F., & Nicolini. A. (2013). A ultrassonografia pode reduzir o risco de pneumotórax após toracocentese? J Bras Pneumol. 40(1), 6-12.

Sucena, Maria et al. (2010). Enfisema subcutâneo maciço - Tratamento com drenos subcutâneos. Rev Port Pneumol, Lisboa. 16(2), 321-329.

Downloads

Publicado

10/04/2021

Como Citar

PANTOJA, G. K. C.; SARAIVA, K. de S.; CASTRO NETO, R. G. de .; SILVA, Ádria R. da .; FRANCO, A. P. M. Drenos torácicos mal posicionados diagnosticados por exame de imagem. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 4, p. e27410414135, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i4.14135. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14135. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde