Tratamento cirúrgico de celulite orbitária e trismo causada por corpo estranho intraorbitário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14280Palavras-chave:
Órbita; Trismo; Corpos estranhos no olho.Resumo
Desenvolver uma revisão integrativa acerca da infecção orbital por corpo estranho penetrante, através da análise do sexo e idade mais prevalente, etiologia, sinais e sintomas, abordagem cirúrgica e sequelas. Além disso, relatar um caso de infecção orbitária por um corpo estranho penetrante com severa limitação de abertura bucal. Consiste em duas etapas, na primeira, dois autores procuraram independentemente artigos sobre infecção orbital por corpo estranho penetrante nas bases de dados “MEDLINE/PubMed”, “Scielo” e “Scopus’’, utilizando descritores combinados com os operadores booleanos. A segunda etapa consiste em um relato de caso de celulite orbitária após penetração de corpo estranho (“pedaço” de madeira) em assoalho de órbita. Essa lesão se mostrou mais comum no sexo masculino (75%), com idade média de 41,7 anos, decorrente do acidente de trabalho (33,3), evoluindo com sinais e sintomas de lesão cutânea, dor, oftalmoplegia, baixa acuidade visual e abscesso. Sendo a abordagem cirúrgica mais usada a orbitotomia (41,7%), com os pacientes sem sequelas pós-cirúrgicas (50%). A condução do caso deve ser por uma equipe multidisciplinar, com abordagem imediata, evitando assim disseminação da infecção para região intracraniana. Concluiu-se também que o risco de infecção está diretamente relacionado a natureza do material do corpo estranho.
Referências
Bayramoğlu, S. E., Sayın, N., Erdogan, M., Yıldız Ekinci, D., Uzunlulu, N., & Bayramoglu, Z. (2018). Diagnóstico tardio de corpo estranho intraorbital de madeira. Orbit , 37 (6), 468-471.
Bilge, A. D., Yılmaz, H., & Naqadan, F. (2016). İntraorbital yabancı cisimler: Klinik özellikleri ve cerrahi çıkartım sonuçları. Ulusal Travma ve Acil Cerrahi Dergisi, 22(5), 432-436.
Blackhall, K. K., & Laraway, D. C. (2016). Penetrating retro-orbital foreign body–large glass shards: A maxillofacial surgery case report. SAGE open medical case reports, 4, 2050313X15622890.
Chen, J., Shen, T., Wu, Y., & Yan, J. (2015). Clinical characteristics and surgical treatment of intraorbital foreign bodies in a tertiary eye center. Journal of Craniofacial Surgery, 26(6), e486-e489.
Cho, W. K., Ko, A. C., Eatamadi, H., Al-Ali, A., Abboud, J. P., Kikkawa, D. O., & Korn, B. S. (2017). Orbital and orbitocranial trauma from pencil fragments: role of timely diagnosis and management. American journal of ophthalmology, 180, 46-54.
Czyz, C. N., Petrie, T. P., Harder, J. D., Cahill, K. V., & Foster, J. A. (2012). Intraorbital foreign body projectile as a consideration for unilateral pupillary defect. International journal of emergency medicine, 5(1), 1-4.
Ghadersohi, S., Ference, E. H., Detwiller, K., & Kern, R. C. (2017). Presentation, workup, and management of penetrating transorbital and transnasal injuries: A case report and systematic review. American Journal of Rhinology & Allergy, 31(2), e29-e34.
Jusué-Torres, I., Burks, S. S., Levine, C. G., Bhatia, R. G., Casiano, R., & Bullock, R. (2016). Wooden foreign body in the skull base: how did we miss it?. World neurosurgery, 92, 580-e5.
Kang, S. J., & Jeon, S. P. (2012). Surgical treatment of periorbital foreign body. Journal of Craniofacial Surgery, 23(6), e603-e605.
Kim, U. R., & Sivaraman, K. R. (2013). Penetrating orbital injuries from plant material during pond and river diving. Indian journal of ophthalmology, 61(2), 76.
Li, J., Zhou, L. P., Jin, J., & Yuan, H. F. (2016). Clinical diagnosis and treatment of intraorbital wooden foreign bodies. Chinese Journal of Traumatology, 19(6), 322-325.
Luyk, N. H., & Steinberg, B. (1990). Aetiology and diagnosis of clinically evident jaw trismus. Australian dental journal, 35(6), 523-529.
Miller, K. E., & Coan, E. B. (2016). Penetrating orbital injury from a needlefish. Military medicine, 181(8), e962-e964.
Moretti, A., Laus, M., Crescenzi, D., & Croce, A. (2012). Corpo estranho periorbital: relato de caso. Journal of Medical case reports, 6 (1), 91.
Mirzaei, F., Salehpour, F., Shokuhi, G., Kermani, T. A., Salehi, S., & Parsay, S. (2019). An unusual case of intra orbital foreign body; diagnosis, management, and outcome: a case report. BMC surgery, 19(1), 76.
Mohapatra, SSD, Das, J., & Bhattacharjee, H. (2020). Um caso incomum de corpo estranho orbitocranial de madeira com resultado surpreendente: relato de caso. Jornal indiano de oftalmologia , 68 (1), 219.
Morais, HHA, Barbalho, JCM, de Souza Dias, T., Grempel, R., & de Holanda Vasconcellos, RJ (2015). Abordagem temporal para remoção de um grande corpo estranho orbital. Trauma e reconstrução craniomaxilofacial , 8 (3), 234-238.
Oliveira, EM, de Arruda, JAA, Nascimento, PAM, Neiva, IM, Mesquita, RA, & Souza, LN (2018). Uma atualização sobre o tratamento da osteomielite em um paciente com picnodisostose. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 76 (10), 2136-e1.
Rajendran, S., & Rikhotso, R. E. (2019). A fully retained knife blade within the face-An unusual sight. Oral and Maxillofacial Surgery Cases, 5(1), 100080.
Scofield-Kaplan, S. M., Weidman, E. K., Moonis, G., & Glass, L. R. D. (2019). Corpo estranho orbital de madeira manifestando-se como hiperdensidade na tomografia computadorizada. Journal of American Association for Pediatric Ophthalmology and Strabismus, 23 (1), 45-47.
Singh, A., Sadique, S. I., & Ghosh, S. N. (2018). Intraorbital foreign body with intracranial extension: a case series. International Clinical Neuroscience Journal, 5(1), 43.
Szabo, B., Pascalau, R., Bartoè, D., Bartos, A., & Szabo, I. (2019). Intraorbital penetrating and retained foreign bodies-a neurosurgical case series. Turk Neurosurg, 29(4), 538-548.
Swathi, N., & Umadevi, J. (2014). An undetected intraorbital foreign body after a “trivial” facial injury. Journal of Craniofacial Surgery, 25(5), 1782-1783.
Tabibkhooei, A., Aslaninia, A., & Anousha, K. (2019). Lesão Penetrante na Base do Crânio Transorbital Infantil: Relato de 2 Casos e Revisão da Literatura. World neururgery , 131 , 213-216.
Topazian, R. G., Goldberg, M. H., & Rupp, J. R. (2006). Infecções orais e maxilofaciais. Santos.
Whittemore, R., & Knafl, K. (2005). The integrative review: updated methodology. Journal of advanced nursing, 52(5), 546-553.
Wladis, E. J., Pappa, C., & Cavaliere, L. F. (2011). Anticyclic-citrullinated protein antibodies in the diagnosis of ophthalmic inflammatory disease. Ophthalmic Plastic & Reconstructive Surgery, 27(1), e1-e2.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Priscilla Sarmento Pinto; Rosa Rayanne Lins de Souza; Ruan de Sousa Viana; Demóstenes Alves Diniz; Felipe Ricardo Cisneiros Brito; Dirceu de Oliveira Filho; Greiciane Miguel de Azevedo Santos; Arthur Alves Thomaz de Aquino; Ronaldo Gabriel Martiniano da Silva; Leandro Pimentel Cabral
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.