Educação em odontologia e proporção de habitantes por Cirurgião-Dentista em Angola
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14356Palavras-chave:
Instituições de Ensino Superior; Odontologia; Educação de pós-graduação; Angola.Resumo
Objetivou-se verificar a proporção de cirurgiões-dentistas em relação à população angolana, aos cursos de graduação e pós-graduação em odontologia, e analisar os projetos pedagógicos dos cursos existentes. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e documental que analisou dados da população e do número de cirurgiões-dentistas em Angola, obtidos por meio de informações do Instituto Nacional de Estatística e da Ordem dos Médicos de Angola. Um aplicativo para telefones celulares chamado “Qualificar”, disponibilizado pelo governo de Angola, foi usado para coletar informações sobre os cursos existentes. As páginas eletrônicas do Ministério da Educação Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação; Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior em Angola; e da Imprensa Nacional foram consultados para a coleta de dados relacionados ao ensino superior em Angola. As informações sobre os projetos pedagógicos foram obtidas diretamente nas Instituições de Ensino Superior (IES). Angola tem 701 cirurgiões-dentistas cadastrados para uma população de 30.175.553 habitantes, ou seja, uma proporção de 1/43.460. Entre as oitenta IES existentes, apenas dez foram autorizadas pelo governo a oferecer cursos de graduação em odontologia: seis estavam localizadas na capital do país e quatro estavam distribuídas em outras províncias, com carga horária variando de 4.688 a 5.536 horas. Concluiu-se que das sete regiões acadêmicas existentes no país, 4 não possuem cursos de odontologia; o número de cirurgiões-dentistas não é compatível com a população de Angola; nenhuma IES ofereceu cursos de pós-graduação em odontologia e não há padronização de projetos pedagógicos entre os cursos de graduação existentes.
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