Fitorremediação de solo contaminado com 2,4-D + picloram na Amazônia Oriental
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14372Palavras-chave:
Auxina; bioindicadora; Braquiarão; herbicida; Mombaça.Resumo
Objetivou-se neste trabalho avaliar o potencial da Urochloa brizantha cv. Marandu e Panicum maximum cv. Mombaça em fitorremediar solo tratado com herbicida 2,4-D+picloram, utilizando Raphanus sativus Crimson Gigante como planta bioindicadora. O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação, em delineamento inteiramente casualizado em duas etapas. Na primeira etapa os tratamentos foram: cultivo da U. brizantha e P. maximum tratados com e sem a dose do herbicida, com cinco repetições. Na segunda etapa, os tratamentos consistiram no cultivo do R. sativus em solo: livre de resíduo de herbicida; e solo contaminado com cultivo: prévio da U. brizantha; da P. maximum; e sem o cultivo prévio de gramínea, com cinco repetições. As unidades foram tratadas com o herbicida, individualmente em pré-emergência, decorrido 15 dias procedeu-se a semeadura das gramíneas. Após 50 dias as forrageiras foram colhidas e segregadas em parte aérea e raiz, analisando-se a biomassa fresca e seca (g) e altura (cm). Retirada as plantas fitorremediadoras, transplantou-se a R. sativus avaliando a fitotoxidade visual aos 5, 10, 15 e 20 dias após a emergência (DAE) e aos 20 DAE determinou-se o acúmulo da matéria verde e seca (g), altura de planta (cm). As gramíneas avaliadas apresentam características fitorremediadora para herbicidas auxínicos; R. sativus pode ser utilizada como bioindicadora do herbicida 2,4-D + picloram; o período avaliado não foi suficiente para a retirada total dos efeitos do herbicida.
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