Alterações no perfil redox de portadores de esclerose múltipla
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14395Palavras-chave:
Doenças Neurodegenerativas; Estresse oxidativo; Sistema antioxidante.Resumo
A esclerose múltipla é uma doença neurodegenerativa, crônica e autoimune que atinge o sistema nervoso central, caracterizada pela desmielinização de neurônios impedindo que os impulsos nervosos cheguem até as áreas pretendidas. O estresse oxidativo trata-se de um desequílibrio entre o sistema de defesa antioxidante e as espécies reativas presentes no organismo. Ambos encontram-se relacionados de alguma maneira que todavia não é elucidada. Visto isto, objetivou-se avaliar o perfil redox de portadores de esclerose múltipla realizando uma comparação com indivíduos saudáveis. Este estudo foi aceito pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Cruz Alta sob parecer de nº: 3.531.405. Participaram do estudo 10 portadores de esclerose múltipla, grupo (EM) e 8 indivíduos saudáveis, grupo controle (CT) ambos os grupos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para análises foram coletadas amostras sanguíneas, que foram processadas e foi retirado o plasma. As análises foram realizadas conforme técnicas descritas na literatura. Os resultados foram análisados por teste de Mann-whitney considerando estatisticamente significativo p<0,05. Os resultados encontrados foram: GSH aumentada no grupo EM, Catalase sem diferença estatística entre os grupos, GST aumentada no grupo CT e lipoperoxidação e carbonilação proteíca aumentadas em EM. Conclui-se que os portadores de esclerose múltipla possuem um perfil redox alterado em comparação aos indivíduos saudáveis.
Referências
Ahmadinejad, F., Moller, S. G., Hashemzadeh-Chaleshtori, M., Bidkhori, G & Jami, M. S. (2017) Molecular Mechanisms behind Free Radical Scavengers Function against Oxidative Stress. Antioxidants, 6(3), 51.
Almeida, L. H. R. B., Oliveira, F. T. M., Silva, M. K. M., Rocha, F. C., Nascimento, F. C. L & Silva, G. R. F. (2011) Conhecimento dos profissionais de saúde sobre esclerose múltipla. Health Sciences, 33(2), 133-8.
Balamurugan, M., Santharaman, P & Rajesh, S. (2018). Recent trends in electrochemical biosensors of superoxide dismutases. Biosensors and Bioelectronics, 116, 89–99.
Barbosa, M. R., Silva, M. M. A., Willadino, L., Ulisses, C & Camara, T. R. (2014). Geração e desintoxicação enzimática de espécies reativas de oxigênio em plantas. Ciência Rural, 44(3), 453-60.
Barbosa, K. B. F., Costa, N. M. B., Alfenas, R. C. G., Paula, S.O., Minim, V. P. R & Bressan, J. (2010). Oxidative stress: concept, implications and modulating factors. Revista de Nutrição, 2(4), 629-43.
Bortolotto, J. W. (2015). Avaliação do sistema purinérgico em modelos de déficit cognitivo e doenças neurodegenerativas em peixe-zebra (Danio rerio). 89 f. Tese (Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.
Correia, J. R .M. (2016). Relação entre infeções do sistema nervoso central e as doenças neurodegenerativas. 98 f. Dissertação (Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas) – Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, Almada, Portugal.
Cotinguiba, G. G., Silva, J. R. N., Azevedo, R. R. S., Rocha, T. J. M & Santos, A. F. (2013). Método de avaliação da defesa antioxidante: uma revisão de literatura. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde, 15(3), 1-7.
Crovador, L. F., Oliveira-Cardoso, E. A., Mastropietro, A. P & Santos, M. A. (2013). Qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes com esclerose múltipla antes do transplante de células-tronco hematopoéticas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 26(1), 58-6.
Escribano, B. M., Medina-Fernández, F. J., Aguilar-Luque, M., Aguera, E., Feijoo, M., Maceira, F. G., Lillo, R., Reyes, P.V., Giraldo, A., Luque, E., Colín, R.D & Túnez, I. (2016). Lipopolysaccharide Binding Protein and Oxidative Stress in a Multiple Sclerosis Model. Neurotherapeutics, 14, 199-211.
França, B. K., Alves, M. R. M., Souto, F, M ,S., Tiziane, L., Boaventura, R. F., Guimarães, A & Alves Jr, A. (2013). Peroxidação lipídica e obesidade: Métodos para aferição do estresse oxidativo em obesos. GE Jornal Português de Gastrenterologia, 20(5), 199-206.
Horssen, J. V., Schreibelt, G., Drexhage, J., Hazes, T., Dijkstra, C. D., Valk, P. V & Vries, H. E. (2008). Severe oxidative damage in multiple sclerosis lesions coincides whit enhanced antioxidant enzyme expression. Free Radical Biology and Medicine, 45(12), 1729-37.
Hubler, Z., Allimunthu, D., Bederman, I., Elitt, M. S., Madhavan, M., Allan, K. C., Shick, H. E., Garrison, E., Karl, M. T., Factor, D. C., Nervin, Z. S., Sax, J. L. S., Thompson, M. A., Fedorov, Y., Jin, J., Wilson, W. K., Giera, M., Bracher, F., Miller, R. H., Tesar, P. L & Adams, D. J. (2018). Accumulation of 8,9-unsaturated sterols drives oligodendrocyte formation and remyelination. Nature, 560(7718), 372–76.
Ibitoye, R., Kemp, K., Rice, C., Hares, K., Scolding, N & Wilkins, A. (2016). Oxidative stress-related biomarkers in multiple sclerosis: a review. Biomark Med, 10(8), 889-902.
Irazusta, V., Cermeño, A. M., Ros, J & Tamarit, J. (2008) Estrategias proteómicas para el análisis de grupos carbonilo como marcadores de daño oxidativo em proteínas. Proteómica, n 2.
Larussa, G. T. (2015). A influencia do sistema endocanabinoide na fisiopatologia da esclerose múltipla. J Heakth Sci Inst, 33(3), 274-9.
Medeiros, G. S. (2017). Avaliação de marcadores de estresse oxidativo e de índices de dano ao DNA em amostras de sangue periférico de pacientes em crise cirrótica atendidos na emergência do hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. 83 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Farmácia) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
Menezes, K. M., Algarve, T. D., Flôres, F. S., Cruz, I. B. M., Copetti, F & Silveira, A .F. (2017). DNA damage and postural balance in multiple sclerosis patients. Fisioterapia em Movimento, 30(1), p. 85–91.
Miller, E., Mrowicka, M., Zolynski, K & Kedziora, J. (2009). Oxidative stress in multiple sclerosis. Pol Merkur Lekarski, 27, 499-502.
Ohk, K., Tenbrock, K & Kipp, M. (2016). Oxidative stress in multiple sclerosis: Central and peripheral mode of action. Exp Neurol, 277, 58-67.
Oliveira, B. D. A., Rodrigues, A. C., Cardoso, B. M. I., Ramos, A. L. C. C., Bertoldi, M. C., Taylor, J. G., Cunha, L. R & Pinto, U. M. (2016). Antioxidant, antimicrobial and anti-quorum sensing activities of Rubus rosaefolius phenolic extract. Industrial Crops and Products, 84, 59-66.
Palodetto, B., Postal, M., Grignoli, C. R. E., Sartorato, E. L & Oliveira, C. A. (2010). Influencia dos polimorfismos da glutationa s-transferase na ototoxicidade dos aminoglecosídeos. Braz. J. otorhinolaryngol, 76(3).
Salinas, J. G., Ortiz, L. G., Terán, P. M., Rodríguez, S. H., García, S. R & Ramos, N. R. N. (2016). Determinación de proteínas carboniladas y enzima carbonil reductasa em mujeres mexicanas con câncer de mama: estúdio piloto. Gac Med Mex, 152(1), 13-8.
Santi, A. (2011) Biomarcadores de estresse oxidativo e atividade da acetilcolinesterase em eritrócitos humanos expostos ao clomazone (in vitro). Interdisciplinary Toxicology, 4(3), 149-53.
Santos, A. F., Machado, R. R., Neto, J. M. M & Menezes, M. G. V. (2018). Efeito antioxidante da diosmina: revisão integrativa. ABCS Health Sciences, 43(3).
Sivandzade, F., Prasad, S., Bhalerao, A & Cucullo, L. (2019). NRF2 and NF-қB interplay in cerebrovascular and neurodegenerative disorders: Molecular mechanisms and possible therapeutic approaches. Redox Biology, 21, 101-59.
Tasset, I., Aguera, E., López, F. S., Feijóo, M., Giraldo, A. I., Cruz, A. H., Gascón, F & Túnez, I. (2012). Peripheral oxidative stress in relapsing-remitting multiple sclerosis. Clinical Biochemistry, 45(6), 440-44.
Tian, Y., Wang, W., Xu, L., Li, H., Wei, Y., Wu, Q & Jia, J. (2019). Activation of Nrf2/ARE pathway alleviates the cognitive deficits in PS1V97L-Tg mouse model of Alzheimer’s disease through modulation of oxidative stress. Journal of Neuroscience Research, 97(4), 492–505.
Van Horssen, J., Schreibelt, G., Drexhage, J., Hazes, T., Dijkstra, C. D., Valk, P. V & Vries, H. E. (2008). Severe oxidative damage in multiple sclerosis lesions coincides whit enhanced antioxidante enzyme expression. Free Radical Biol Med, 45, 1729-37.
Vieira, A. R. M. (2018). Um novo conceito para o tratamento de Esclerose Múltipla. Revista Brasileira de Ciências da Vida, [S.l.], 6.
ISSN 2525-359X.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Jessica dos Santos Goulart; Aime Cunha ; Thayna Oliveira Dias; Caroline Alegransi; Gabrielly Machado Ribeiro; Érika Emanuele Costa Rodrigues; Mariana Migliorini Parisi; Vaneza Cauduro Peranzoni; Roberta Cattaneo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
