Condição bucal dos pacientes admitidos em Unidades de Terapia Intensiva
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14444Palavras-chave:
Diagnóstico Bucal; Saúde Bucal; Higiene Bucal; Controle de Infecções; Unidades de terapia intensiva.Resumo
Objetivo: Identificar a condição bucal dos pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo utilizando dados secundários de prontuário de pacientes admitidos nas unidades de terapia intensiva de um hospital de beneficência de alta complexidade da cidade do Recife, atendidos pela equipe de Odontologia Hospitalar no período de março de 2019 a fevereiro de 2020. Resultados: A amostra envolveu um total de 1831 pacientes, com idade média de 67,63 anos, sendo 50,8% do sexo masculino. As doenças neurológicas (19,9%) e do aparelho respiratório (18,8%) foram as responsáveis pelos maiores índices de admissões. As principais alterações bucais evidenciadas foram: cálculo dental (27,2%), fratura dentária (17,1%), lesão/infecção (14,4%) e ressecamento labial/bucal (10%). Conclusão: Conclui-se que o cálculo dental foi a alteração bucal mais frequente nos pacientes avaliados, observado com maior número nos pacientes com doenças neurológicas e do aparelho respiratório. A presença de infecção/lesão na cavidade bucal foi diagnóstica em maior índice nos pacientes oncológicos.
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