Epidemiologia e padrões de suscetibilidade antifúngica de espécies de Candida em hospitais terciários: Atualização sobre tendências regionais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14462Palavras-chave:
Anfotericina B; Fluconazol; Levedura; Diagnostico; Reação em cadeia da polimerase.Resumo
Tendências epidemiológicas e de susceptibilidade antifúngica de espécies de Candida no Brasil, entre 2019-2020, são relatadas. Um total de 22 isolados diagnosticados a partir de episódios de candidemia foram analisados. As espécies de Candida foram identificadas por meio de primer específico e/ou sequenciamento do domínio D1/D2, região 28S do rDNA. A susceptibilidade antifúngica foi determinada pelo método do CLSI. Candida tropicalis foi responsável por 11 (50%) casos, seguido por C. albicans (n=5, 22,73%), C. parapsilosis (n=4, 18,19%), Issatchenkia orientalis (n=1, 4,54%) e Saccharomyces cerevisiae (n=1, 4,54%). Todos os isolados de Candida foram susceptíveis à anfotericina B e micafungina, e um foi dose-dependente à anidulafungina. Oito dos 20 isolados de Candida foram resistentes ao fluconazol e quatro susceptível dose dependente. Dezesseis dos 20 isolados de Candida foram resistentes ao voriconazol, um resistente e um susceptível dose-dependente a caspofungina. Além disso, os respectivos valores de MIC50 e MIC90 foram calculados com fluconazol (MIC50 e MIC90 de 4 e 64µg/mL, respectivamente) e voriconazol (MIC50 e MIC90 de 16µg/mL) que apresentaram as potências mais baixas. A disseminação de espécies resistentes ao fluconazol é uma das principais preocupações, especialmente para C. tropicalis. O uso indiscriminado do antifúngico pode ser uma possível causa relacionada a esse cenário. Assim, a testagem do perfil de susceptibilidade pode ser usado para saber a melhor maneira de introduzir a terapia antibiótica empírica adequada.
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