Probióticos, simbióticos e sua relação com o câncer colorretal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i11.1447Palavras-chave:
Neoplasias Colorretais; Microbiota Intestinal; Terapias Imunomoduladoras; Nutrição.Resumo
Objetivo: Identificar com base na literatura científica os efeitos acerca do uso de probióticos e simbióticos no tratamento do Câncer Colorretal (CCR). Método: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizado em fevereiro de 2019, com a temática voltada para a utilização dos probióticos e simbióticos no CCR. Para guiar o estudo elaborou-se a seguinte questão: “Qual a influência da utilização de probióticos ou simbióticos em indivíduos com câncer colorretal? ”. Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: LILACS, Medline, Scielo e Pubmed. Foram utilizados para busca dos artigos, os seguintes descritores ‘Colorectal Neoplasms’, ‘Probiotics’, ‘Synbiotics’ e ‘Nutrition’, ambos utilizados isoladamente ou em combinações na língua portuguesa e inglesa. Resultados: O CCR é o terceiro tipo mais comum no mundo e possui etiologia multifatorial envolvendo hereditariedade, doenças inflamatórias crônicas, idade, dieta, obesidade, sedentarismo e outros fatores. O tratamento ainda está associado à elevado risco de complicações e o uso de dietas imunomoduladoras com o uso de probióticos ou simbióticos representa uma nova opção terapêutica e sua função é atuar na prevenção e ser uma aliada ao tratamento do CCR, tornando-se de grande importância para o equilíbrio quantitativo e qualitativo da microbiota intestinal para a saúde humana e da importância destes como coadjuvantes na prevenção e tratamento de câncer de colorretal. Conclusão: A administração de probióticos ou simbióticos mostram-se eficazes para a saúde intestinal, preservando e estimulando bactérias benéficas, favorecendo a saúde do intestino e diminuindo a atividade inflamatória e o risco de infecções após ressecções cirúrgicas.
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