Análise comparativa do perfil epidemiológico do câncer de pele não-melanoma no Brasil, Nordeste e Maranhão, no período 2015-2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14552Palavras-chave:
Neoplasias Cutâneas; Carcinoma Basocelular; Carcinoma Espinocelular; Epidemiologia.Resumo
O acúmulo de mutações que resulta no crescimento desordenado de células é denominado câncer. Tal doença atinge milhares de pessoas no mundo e seu principal tipo é o de pele de origem não melanocítica, que inclui os carcionomas basocelular e espinocelular. Seu principal fator de risco é a exposição aos raios solares de forma desprotegida. Assim, sendo o Brasil um país de clima majoritariamente tropical, recebe uma quantidade de radiação significativa, tornando seus residentes mais suscetíveis aos danos de uma fotoexposição prolongada, principalmente na região nordeste. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise epidemiológica dos últimos cinco anos no Maranhão, no Nordeste e no Brasil sobre o câncer de pele não-melanoma, através de estudo observacional analítico transversal, quali-quantitativo, sendo que foram coletados dados do painel de oncologia disponível no DATASUS no período de 2015 a 2019. Os resultados demonstraram que o câncer de pele é o mais incidente e prevalente no Brasil, principalmente na população igual e maior que 70 anos, sendo o Rio Grande do Sul o estado mais acometido do Brasil e o Rio Grande do Norte, o do Nordeste. É mais prevalente na população feminina. A campanha de saúde “Dezembro Laranja” é hoje a principal estratégia de prevenção ao câncer de pele no Brasil.
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