Fatores preditores e qualidade de vida das vítimas de trauma por acidentes de trânsito

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14576

Palavras-chave:

Causas Externas; Acidentes de Trânsito; Qualidade de vida.

Resumo

Os acidentes de trânsito representam um importante problema de saúde pública mundial, em virtude do impacto morbimortalidade e qualidade de vida das vítimas, o presente artigo teve como objetivo avaliar os fatores preditores e a qualidade de vida das vítimas de trauma por acidentes de trânsito. Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal com abordagem descritiva. A amostra foi não probabilística por conveniência, composta por 73 vítimas de trauma por acidentes de trânsito. A coleta de dados ocorreu em dois momentos: (1) durante a internação hospitalar; e (2) após 90 dias decorridos do evento traumático. Os instrumentos utilizados para o levantamento dos dados foi o de caracterização do perfil sociodemográfico e do acidente de trânsito, e o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL) Bref. Os dados foram armazenados em planilhas eletrônicas do microsof excel 2013 e analisados com o programa BioEstat 5.0. Os fatores preditores que revelaram ter influência nos acidentes de trânsito, foram o sexo masculino (OR: 39.6), uso do álcool (OR: 31.7), ausência dos equipamentos de proteção individual (OR: 3.00) e uso de veículo automotor nos finais de semana (OR: 3,68). Na avaliação da qualidade de vida, os achados evidenciam que no trauma o domínio físico (35.1±14.8) foi o mais alterado quando comparado com os valores antes (80.5±11.2) e após 90 dias do trauma (54.0±14.5). Os acidentes de trânsito estavam associados ao sexo masculino na condução do veículo, com o consumo de álcool e o não uso dos equipamentos de proteção individual. Além disso, o trauma estar relacionado ao impacto negativo na qualidade de vida das vítimas.

Referências

Araújo, D. C. et al. (2017). Perfil e fatores associados ao trauma em vítimas de acidentes de trânsito atendidas por serviço móvel de urgência. Arquivos de Ciências da Saúde, 24(2), 65-70.

Araújo, D. C., Vaez, A. C., Alves, J. A. B., Pinheiro, F. M. S. & Fakhouri, R. (2016) Suicidio inconsciente: reflexo do comportamento de risco no trânsito. Rev enferm UFPE on line. 10(11), 3823-30.

Barreto, M. S., Tenson, E. F., Lattore, M. R. D. O., Mathias, T. A. F. & Marcon, S. S. (2016). Mortalidade por acidentes de trânsito e homicídios em Curitiba, Paraná, 1996-2011. Epidemiol Serv Saude. 25(1), 95-104.

Bao, J., Bachani, A. M., Viet, C. P., Quang, L. N., Nguyen, N. & Hyder, A. A. (2017). Trends in motorcycle helmet use in Vietnam: results from a four-year study. Puplic Health[Internet]. 144, S39-44.

Besse, M. et al. (2018). Accidentes de moto: costo médico/económico en un hospital municipal de la ciudad de Buenos Aires. Medicina (B. Aires)[Internet]. 78(3):158-62.

Bilgin, N. G., Mert, E. & Sezgin, M. (2012). Evaluation of the effects of disabilities due to traffic accidents on the quality of life using SF-36 health survey. Acta Orthopaedica et Traumatologica Turcica; 46(3).

Bonfim, C. V., Silva, A. G. S., Araújo, W. M., Alencar, C. & Furtado, B. M. A. (2018). Analysis of the spatial distribution of road accidents attended by the Mobile Emergency Service (SAMU-192) in a municipality of northeastern Brazil. Salud Colect. 14(1):65-75

Cordellieri, P., Baralla, F., Ferlazzo, F., Sgalla, R., Piccardi, L. & Giannini, A. M. (2016). Gender effects in young road users on road safety attitudes, behaviors and risk perception. Frontiers in psychology. 7:1412.

Cunha, F. V., Julien, T. M. S. & Santos, J. C. S. (2011). Caracterização dos acidentes de trânsito na cidade de Guaratinguetá, Brasil, envolvendo motocicletas. J Nurs UFPE online. 5(5): 1112-20.

Dalal, K., Lin, Z., Gifford, M. & Svanström L. (2013). Economics of Global Burden of Road Traffic Injuries and Their Relationship with Health System Variables. Int. J. Prev. Med. 4:1442–50.

Ferri, E. et al. (2018). Atendimento de Urgência ao Paciente Vítima de Trauma - Diretrizes Clínicas. Governo do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Estado da Saúde.

Filho, M. M. (2016). Quality of life and self-esteem in traffic victims in physical therapy. Fisioter. mov. 29(4 ): 703-712.

Fleck, M. P. A. (2000). O instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100): características e perspectivas. Ciênc saúde coletiva. 5(1):33-8.

Lemos, F. H. G., Pinto, I. M. B. S. & Rita, L. P. S. (2019). Public policies for traffic accidents reduction: Multivariate Analysis At Br-101 Highway In Alagoas. Revista de Políticas Públicas, 23(1).

Malta, D. C., Bernal, R. T. I et al. (2020). Tendência temporal da prevalência de indicadores relacionados à condução de veículos motorizados após o consumo de bebida alcoólica, entre os anos de 2007 e 2018. Rev. bras. epidemiol. 23

Moreira, M. R.; Ribeiro, J. M.; Motta, C. T. & Motta, J. I. J. (2018). Mortality by road traffic accidents in adolescents and young people, Brazil, 1996-2015: will we achieve SDG 3.6? Ciência & Saúde Coletiva, 23(9):2785-27968.

Nantulya, V. M. & Reich, M. R. (2003). Equity dimensions of road traffic injuries in lowand middle-income countries. Inj. Control Saf. Promot. 10:13–20.

Oliveira, J. B., Kerr-Corrêa, F., L, I. C., Vitti Junior, W., Nunes, H. R. C. & Lima, M. C. P. (2020). Alcohol use and risk of vehicle accidents: cross-sectional study in the city of São Paulo, Brazil. Sao Paulo Med. J. [Internet]. 138(3): 208-215.

Organisation, W. H. (2013). Global status report on road safety: supporting a decade of action. https://www.who.int/ violence_injury_prevention/road_safety_status/2013/en/.

Organisation, W. H. (2014). Global health estimates 2014 DALY by cause, age and sex 2000–2012. https://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/GHE_DALY_Global_2000_2012.xls.

Paiva, L. et al. (2016). Health status and the return to work after traffic accidents. Rev Bras Enferm. 69(3):416-22.

Peden, M. (2005). Global collaboration on road traffic injury prevention. Int. J. Inj. Contr. Saf. Promot. 12:85–91.

Rios, P. A. A., Mota, E. L. A., Ferreira, L. N., Cardoso, J. P., Santos, G. J. & Rodrigues, T. B. (2019). Acidentes de trânsito com condutores de veículos: incidência e diferenciais entre motociclistas e motoristas em estudo de base populacional. Rev. bras. epidemiol. 22.

Rodrigues, T. S. et al. (2018). Caracterização das vítimas de acidentes de trânsito por motocicletas atendidos em um hospital de referência. Rev Interdisciplinar. 11(1)

SINTAXE SPSS. WHOQOL-bref Questionnaire. (1998). https://goo.gl/83LYp66.

Soliman, A., Alhajyaseen, W., Alfar, R. & Alkaabi, I. (2018). Changes in Driving Behavior Across Age Cohorts in an Arab Culture: the Case of State of Qatar. Procedia Computer Science. 130:652–9.

Sousa, C. L. et al. (2018). Motorcyclical accidents: profile of victims associated by mobile urgency service. Temas em Saúde.

Souto, C. C. et al. (2016). Perfil das vítimas de acidentes de transporte terrestre relacionados ao trabalho em unidades de saúde sentinelas de Pernambuco, 2012 - 2014. Epidemiol. Serv. Saúde. 25(2), 351-361.

Souza, S. T. & Oliveira, M. P. S. L. (2018). Análise de segurança viária que alvitrar dispositivos de segurança para amenização de acidentes de trânsitos. Revista Científica Semana Acadêmica.

Sousa, D. L., Silva, K. N. G., Ferreira, E. & Morais, F. R. S. (2021). Incidência de lesões em motociclistas praticantes de trilhas. Rev. bras. ortop. 55(6).

World Health Organisation. (1993). Study protocol for the World Health Organization project to develop a Quality of Life assessment instrument (WHOQOL). Qual Life Res. 2(2):153-9.

World Health Organization. (2018). Global status report on road safety 2018. WHO TEAM Social Determinants of HealtH.

Downloads

Publicado

25/04/2021

Como Citar

ARAÚJO, D. da C.; ALMEIDA, C. P. .; SANTANA , L. R. P. .; SANTOS, A. D. dos .; LIMA, S. V. M. A. .; ARAÚJO, K. C. G. M. de .; ALVES, J. A. B. .; SANTANA FILHO, V. J. de .; VAEZ, A. C. Fatores preditores e qualidade de vida das vítimas de trauma por acidentes de trânsito. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e0410514576, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.14576. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14576. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde