Avaliação do emprego de diferentes protocolos de antiboticoterapia profilática na expansão rápida de maxila assistida cirurgicamente: Um estudo clínico controlado, duplo cego, randomizado
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14717Palavras-chave:
Técnica de Expansão Palatina; Infecção da Ferida Cirúrgica; Antibioticoprofilaxia.Resumo
Dados relacionados à infecção pós-operatória em expansão rápida de maxila assistida cirurgicamente (ERMAC) são escassos. Nosso objetivo foi comparar os efeitos de dois esquemas de antibioticoterapia profilática sobre os índices de infecção nos pacientes submetidos a ERMAC. Foi realizado um ensaio clínico, randomizado, duplo cego, com 23 pacientes (06 homens e 17 mulheres) que receberam cefazolina 1g uma hora antes do procedimento (Grupo 1 – G1) ou cefazolina 1g uma hora antes do procedimento e nas primeiras 24h pós-operatórias (Grupo 2 – G2). Os pacientes foram acompanhados por um mês pós-operatório. O sintoma dor foi maior no G1 com uma diferença estatisticamente significativa nos acompanhamentos de 1, 2, 7 e 21 dias de pós-operatório (p<0,05). As variáveis edema, eritema, febre, abscesso e drenagem não diferiram entre os dois grupos. Apesar da similaridade entre os grupos, a soma total de eventos inflamatórios foi 17 vezes maior no G1 (p<0,001). Uma dose única de cefazolina 1g uma hora antes do procedimento é suficiente para prevenir infecção em pacientes submetidos a ERMAC. Esses achados podem auxiliar a diminuir o uso indiscriminado de antibióticos nessas situações, assim prevenindo o surgimento de resistência bacteriana e complicações associadas ao uso de antibióticos.
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