Avaliação epidemiológica da Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez em um município da região norte do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14810Palavras-chave:
Hipertensão Induzida pela Gravidez; Pré-Eclâmpsia; Eclampsia.Resumo
Objetivo: avaliar os aspectos epidemiológicos da Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez (SHEG), em Belém, Pará, durante o período de janeiro de 2016 até dezembro de 2020. Metodologia: estudo epidemiológico, retrospectivo e quantitativo cujo dados foram obtidos mediante informações disponíveis no Departamento de Informática do Sistema de Saúde Unificado (DATASUS). Foram escolhidas as seguintes variáveis epidemiológicas: número de internações, anos das internações (2016 a 2020), faixa etária, etnia (branca, preta, parda, amarela e sem informação) e número de óbitos por ano. Resultados: O estudo identificou um total de 7386 casos de SHEG nos 5 anos avaliados. A maior parte ocorreu em pacientes na faixa etária de 20 a 34 anos (66,42%), 16,93% das pacientes com SHEG eram adolescentes (10 a 19 anos) e 16,63% possuíam idade igual ou superior a 35 anos. Com relação à etnia das participantes da pesquisa, houve predomínio da cor parda (88,89%), seguida pela branca (4,45%), preta (1,81%) e amarela (0,06%), respectivamente. O estudo também identificou um número considerável de óbitos ocasionados por SHEG. Conclusão: A presente pesquisa evidenciou a importância dos profissionais de saúde, principalmente da APS, sempre estarem atentos aos fatores de risco, para assim, identificar, previamente, aquelas gestantes com maior risco de evoluirem para a SHEG de modo a orientá-las e prover uma assistência pré-natal mais integral e particularizada. Ademais, é imperativo melhorias no manejo da gestante nas urgências e emergências obstétricas com o intuito de diminuir a mortalidade associada à SHEG.
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