Efeito dos probióticos na prevenção e tratamento de câncer e Diabetes mellitus

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14932

Palavras-chave:

Probióticos; Câncer; Diabetes Mellitus.

Resumo

Dieta rica em probióticos ajuda na prevenção e tratamento de doenças, bem como no equilíbrio da microbiota intestinal. Esta é uma revisão bibliográfica que buscou avaliar o efeito dos probióticos na prevenção e tratamento de câncer e diabetes. As bases de dados eletrônicas foram: Scielo, LILACS, Biblioteca Virtual em Saúde, Google Acadêmico, Medline e Pubmed, artigos em inglês, espanhol e português, descritores: Probióticos/Probiotics, Probióticos e diabetes/Probiotics and diabetes e Probióticos e câncer/Probiotics and câncer; critérios de inclusão: artigos completos publicados na íntegra, disponíveis nos idiomas inglês, espanhol e português recorte temporal nos últimos 20 anos. Inicialmente encontrado 12.000 artigos com o descritor probióticos, demais descritores, foi obtido o resultado final de 210 artigos. Observou se que o câncer e a diabetes são doenças crônicas, consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como problemas prioritários de saúde pública global, estudos têm demonstrado ações benéficas com o uso de probióticos com pesquisas in vivo e in vitro, no câncer, os probióticos reduzem os efeitos mutagênicos e genotóxicos, agem com três mecanismos de proteção ao hospedeiro, na diabetes, os probióticos podem melhorar as alterações metabólicas como resistência à insulina, hiperglicemia, inflamação, dislipidemia ou DHGNA em animais e agem com mecanismos benéficos. A utilização de probióticos tem um papel benéfico no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis como câncer e diabetes. No câncer, as bactérias probióticas reduzem os efeitos mutagênicos e genotóxicos, os benefícios dos probióticos na diabetes mellitus são a melhora nas alterações metabólicas associadas à diabetes, como resistência à insulina, hiperglicemia e inflamação.

Referências

American Gut (2018) http://americangut. org/.

Anadón, A., Martínez-Larranaga, M., & Martínez, M. (2006). Probióticos para nutrição animal na Europa União. Regulamentação e avaliação de segurança. Regul. Toxicol. Pharmacol. 45, 91-95.

Andersson, U., Branning, C., Ahrne, S., Molin, G., Alenfall, J., Onning, G., Nyman, M., & Holm, C. (2010). Probióticos diminuem a glicose plasmática no camundongo C57BL / 6J alimentado com alto teor de gordura. Benef. Microbes, 1: 189-196.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (1999). Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Consea. https://issuu.com/informecaisan/docs/guiaalimentarpopulacaobrasileira_20

Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA). (2013). O relatório de síntese da União Europeia sobre tendências e fontes dezoonoses, agentes zoonóticos e surtos de origem alimentar em 2011. EFSA J. 3129, 1–250.

Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA). (2017). Parecer científico sobre a atualização da lista de QPS recomendados agentes biológicos adicionados intencionalmente a alimentos ou rações, conforme notificado à EFSA (atualização de 2017). EFSA J. 15,1–177.

Balakumar, M., Prabhu, D., Sathishkumar, C., Prabu, P., Rokana, N., Kumar, R., Raghavan, S., Soundarajan, A., Grover, S., Batish, V., Mohan, V., & Balasubramanyam, M. (2016). Melhoria na tolerância à glicose e sensibilidade à insulina por cepas probióticas de origem intestinal indiana em camundongos C57BL / 6J alimentados com dieta rica em gordura. Eur J Nutr.

Barbosa, I., Costa, I., Bernal, M., & Souza, D. (2016). Tendência das taxas de mortalidade pelas dez principais causas de óbitos por câncer no Brasil, 1996-2012. Rev. Ciênc. Plur. 2 (1): 3-16.

Barbosa, K., Costa, N., Alfenas. R., Paula. S., & Minin, V. (2010). Estresse oxidativo: conceito, implicações e fatores moduladores. Revista de Nutrição, 23(4), 629-643.

Bashiardes, S., Shapiro, H., Rozin, S., Shibolet, O., & Elinav, E. (2016). Fígado gordo não alcoólico e microbiota intestinal. Mol Metab. 5 (9): 782-794.

Bezerra, M., Araujo, A., Santos. K., & Correia, R. (2015). Iogurte congelado caprino produzido com polpa de fruta de jambolã fresca e seca por atomização (Eugenia jambolana Lam) e Bifidobacterium animal subespécie lactis BI-07. Ciência Alimentar e Tecnologia. 1, 16.

Brasil. (2013). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Políticatolo Nacional de Alimentação e Nutrição.

Bray, F., Ferlay, J., Soerjomataram, I., Siegel, R., Torre, L., & Jemal, A. (2018). Estatísticas globais de câncer de 2018: estimativas GLOBOCAN de incidência e mortalidade mundial para 36 cânceres em 185 países. CA Cancer J Clin. 68 (6): 394-424.

Cambiaghi, L., Sant’Ana, A., Rezende, M., Greghi, S., & Damante, C. (2013). Os probióticos na odontologia: história, conceitos e aplicações na periodontia. Perionews, 7(1):18-24.

Catana, C., Cristea, V., Miron, N., & Neagoe, I. (2011). A interleucina-17 é um biomarcador pró-aterogênico? Roma. Arco. Microbiol. Immunol. 70 , 124–128.

Damião, A., Leite, A., Lordello, M., & Sipahi, A. (2009). Probióticos no: Waitzberg LD. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. (4a ed.), Editora Atheneu.

Domingo, J. (2017). Revisão do papel dos probióticos nas doenças gastrointestinais em adultos. Gastroenterologia e Hepatologia, 40: 417–429.

Federação Internacional de Diabetes (IDF). (2012). Atualização do atlas de diabetes de 2012:

Fichas técnicas regionais e nacionais. http://www.idf.org/diabetes-atlas-update-2012-reginal-country-factsheets

Federação Internacional de Diabetes (IDF). (2017). IDF Diabetes Atlas (8a ed.), [https://diabetesatlas.org/upload/resources/previous/files/8/IDF_DA_8e-EN-final.pdf

Festi, D., Schiumerini, R., Eusebi, L., Marasco, G., Taddia, M., & Colecchia, A. (2014). Microbiota intestinal e síndrome metabólica. Mundo J. Gastroenterol. 20 (43): 16079-16094.

Fitzmaurice, C., Allen, C., Barber, R., Barregard, L., Bhutta, Z., & Brenner, H. (2017). Incidência global, regional e nacional de câncer, mortalidade, anos de vida perdidos, anos vividos com deficiência e anos de vida ajustados por deficiência para 32 grupos de câncer, 1990 a 2015: Uma análise sistemática para o estudo Global Burden of Disease. JAMA Oncol. 3 (4): 524-548.

Foligné, B., Daniel, C., & Pot, B. (2013). Probióticos da pesquisa ao mercado: as possibilidades, riscos e desafios. Opinião Atual em Microbiologia, 16, 284-292.

Francino, M. (2014). Desenvolvimento precoce da microbiota intestinal e saúde imune. Patógenos, Basileia, 3(3), 769-790.

Gaggia, F., Mattarelli, P., & Biavati, B. (2010). Probióticos e prebióticos na alimentação de animais para produção segura de alimentos. Int. J. Food Microbiol. 141, S15 – S28.

Ganguly, N., Bhattacharya, S., Sesikeran, B., Nair, G., Ramakrishna, B., Sachdev, H., Batish, V., Kanagasabapathy, A., Muthuswamy, V., Kathuria, S., Katoch, V., Satyanarayana, K., Toteja, G., Rahi, M., Rao, S., Bhan, M., Kapur, R., & Hemalatha, R. (2011). ICMR-DBT Diretrizes para avaliação de probióticos em alimentos. Indian J Med Res. 134: 22-5.

Gata, V., Lisencu, C., Vlad, C., Piciu, D., Irimie, A., & Achimas-Cadariu, P. (2017). Tumor infiltrando linfócitos como fator prognóstico no melanoma maligno. Revisão da literatura. J. BUON, 22, 592–598.

Gavanski, D., Baratto, I., & Gatti, R. (2015). Avaliação do hábito intestinal e ingestão de fibras alimentares em uma população de idosos. Revista brasileira de obesidade, nutrição e emagrecimento, 9(49), 3-11.

Hung, S., Tseng, W., & Pan, T. (2016). Lactobacillus paracasei subsp. paracasei NTU 101 melhora a tolerância à glicose diminuída induzida por uma dieta rica em gordura e frutose em ratos Sprague-Dawley. J. Funct. Foods, 24, 472-481.

Kasińska, M., & Drzewoski, J. (2015). Efetividade dos probióticos na diabetes tipo 2: uma meta-análise. Pol Arch Med Wewn. 125 (11): 803-13.

Kim, J., & Sears, D. (2010). TLR4 e resistência à insulina. Gastroenterol Res Pract.20. pii: 212563.

Klein, S., & Fassina, P. (2015). Relação entre o consumo de alimentos funcionais e alterações fisiológicas em praticasountes de atividade física. Caderno Pedagógico. Lajeado, v.12, n.1, p.22-35.

Kumar, M., Kumar, A., Nagpal, R., Mohania, D., Behare, P., Verma, V., Kumar, P., Poddar, D., & Aggarwal, P., (2010) Atributos de probióticos que previnem o câncer: uma atualização. Int. J. Food Sci. Nutr. 61, 473-496.

Kuper, H., Adami, H., & Trichopoulos, D. (2000). Infecções como uma das principais causas evitáveis de câncer humano. J. Intern. Med. 248 , 171-183.

Martins, D., Walder, B., & Rubiatti, A. (2010). Educação nutricional: atuando na formação de hábitos alimentares saudáveis de crianças em idade escolar. Ver Simbiologias. 3(4):86102.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde. (2011). Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil: 2011-2022. Brasília (DF).

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff. J., & Altman, D. (2015). Principais itens para relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análises: A recomendação PRISMA. Rev Epidemiol Serv Saúde, 24 (2), 335-342.

Morais, M., & Jacob, C. (2006). O papel dos probióticos e prebióticos na prática pediátrica. J Pediatr. 82 (5): S189-S197.

Naderi, A., Kasra – Kermanshahi, R., Gharavi, S., Fooladi, A., Alitappeh, M., & Saffarian, P. (2014). Estudo dos efeitos antagônicos de cepas de Lactobacillus como probióticos em bactérias multirresistentes (MDR) isoladas de infecções do trato urinário (UTIs). Jornal Iraniano de Ciências Médicas Básicas. 17 (3): 201.

Organização Mundial de Saúde. (2017). Monitor de progresso de doenças não transmissíveis. Genebra: OMS.

Paixão, L., & Dos Santos, F. (2016). Colonização da microbiota intestinal e sua influência na saúde do hospedeiro. Universitas: Ciências da Saúde, 14(1), 85-96.

Prithy, R., & Yoshinori, M. (2012). Avanços recentes no papel de probióticos na inflamação humana e na saúde intestinal. J. Agric.Food Chem, 60, 8249–8256.

Sáez-Lara, M., Robles-Sanchez, C., Ruiz-Ojeda, F., Plaza-Diaz, J., & Gil, A. (2016). Efeitos de probióticos e simbióticos na obesidade, síndrome de resistência à insulina, diabetes tipo 2 e doença hepática gordurosa não alcoólica: uma revisão de ensaios clínicos em humanos. Int J Mol. Sci. 17 (6).

Satokari, R., Fuentes, S., Mattila, E., Jalanka, J., M. de Vos, W., & Arkkila, P. (2014). Transplante fecal Tratamento da colite não-infecciosa induzida por antibióticos e acompanhamento da microbiota a longo prazo. Relatos de Casos em Medicina, 913867, 1-7.

Simon, O. (2005). Microrganismos como aditivos para a alimentação animal - Probióticos. Adv. Porco Prod. 16, 161-167.

Singh, V., Raheja, G., Borthakur, A., Kumar, A., Gill, R., Alakkam, A., Malakooti, J., & Dudejaz, P. (2012). Lactobacillus acidophilus regula positivamente a expressão e função intestinal de NHE3, alt. J. Physiol: Gastrointest. Physiol of the liver. 303, G1393-G1401.

Sudhakar Reddy, R., Ramesh, T., Rajesh Singh, T., Vijayalaxmi, N., & Lavanya, R. (2011). Bactérias na saúde bucal – probióticos e prebióticos uma revisão. Jornal Internacional de Pesquisa Biológica e Médica. 2 (4): 1226-1233.

Sun, Q., Yong Zhang, Y., Li, Z., Yan, H., Lib, J., & Wan, X. (2019). Análise de mecanismo de glicose melhorada homeostase e metabolismo do colesterol em ratos obesos induzidos com alto teor de gordura tratados com La-SJLH001 via transcriptômica e culturômica. Food Funct. 10, 3556.

Toloni, M., Longo-Silva, G., Goulart, R & Taddei, J. (2011). Introdução de alimentos industrializados e de alimentos de uso tradicional na dieta de crianças de creches públicas no município de São Paulo. Revista de Nutrição de Campinas, 24(1), 61-70.

Torres-Pereira, C., Angelin-Dias, A., Melo, N., Lemos Jr., C., & Oliveira, E. (2012). Abordagem do câncer de boca: uma estratégia para os níveis primário e secundário de atenção em saúde. Cad Saúde Pública, 28 Supl:S30–9.

Tremaroli, V., & Bäckhed, F. (2012). Interações funcionais entre a microbiota intestinal e o metabolismo do hospedeiro. Natureza. 489 (7415): 242-9.

Yun, S., Park, H., & Kang, J. (2009). Efeito de Lactobacillus gasseri BNR17 nos níveis sanguíneos de glicose e peso corporal em um rato modelo de diabetes tipo 2. J. Appl Microbiol. 107: 1681-1686.

Zhang, Y., Li, S., Gan, R., Zhou, T., Xu, D., & Li, H. (2015). Impactos das bactérias intestinais na saúde e doenças humanas. Revista Internacional de Ciências Moleculares. 16(4), 7493-7519.

Zhu, A., Sunagawa, S., Mende, D., & Bork, P. (2015). Diferenças interindividuais no conteúdo gênico de espécies bacterianas do intestino humano. Genoma Biol. 16:82.

Downloads

Publicado

11/05/2021

Como Citar

MIRANDA , B. L. .; LIMA, D. de O. .; BARBOSA, T. .; BARBOSA, M. L. de M. R. .; SILVA , H. J. N. da .; NASCIMENTO, E. M. M. do .; MEIRA, D. E. A. V. .; ROCHA, R. E. da .; ALMEIDA, K. P. .; SOARES, T.; PASSOS, C. R. F. .; OLIVERIA, T. P. .; NASCIMENTO, A. C. O. do .; MACHADO, K. da C. .; SILVA, A. M. da . Efeito dos probióticos na prevenção e tratamento de câncer e Diabetes mellitus. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e41910514932, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.14932. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14932. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde