Mortalidade por HIV-Aids no estado do Piauí entre 2008 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15070Palavras-chave:
HIV/Aids; Mortalidade; Piauí; Desigualdades socioeconômicas.Resumo
O presente estudo teve como objetivo descrever a mortalidade por HIV/Aids no Estado do Piauí e sua relação com indicadores socioeconômicos (Índice de Desenvolvimento Humano e Índice de Gini) de 2008 a 2018, descrevendo o sexo, a faixa etária, ano e local da morte e a causa básica da morte de cordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, Décima Revisão (CID-10). Em uma abordagem quantitativa para a obtenção dos dados acerca da mortalidade, a pesquisa utilizou dados secundários disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde do Estado do Piauí (SESAPI) e para a obtenção dos dados referentes ao IDH e Índice de Gini, foram utilizadas as plataformas do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE) e DATASUS/TABNET, respectivamente. De acordo com os dados obtidos, 1280 óbitos foram contabilizados no período estudado, os quais 900 (70,36%) ocorrem no sexo masculino, na faixa etária de 30 a 39 anos (33%) e principalmente por HIV resultante em doenças infecciosas e parasitárias (64%). A prevalência de mortes se deu na capital do Estado, Teresina com 664 (51,9%), sobretudo nos primeiros anos analisados. No que se refere ao IDHm e índice de Gini médio por território de desenvolvimento, observa-se uma possível relação negativa e positiva, respectivamente, com os óbitos ocorridos no Estado. Constatou-se um aumento da taxa de mortalidade no período estudado, observando uma discreta queda em 2010, o que confirma um problema de saúde pública no Estado do Piauí.
Referências
Abbas, A. H., Lichtman, S. P. (2019). Imunologia celular e molecular. 9 ed., Rio de Janeiro: Elsevier.
Almeida, P. D., Brito, R. C. T., Araújo, T. M. E., Oliveira, F. B. M., Sousa, A. F. L., Filho, A. C. A. A. (2015). Aids no Piauí: análise do perfil epidemiológico. Revista de Enfermagem UFPE online, 9(6), 8660-8664. doi: https://doi.org/10.5205/1981-8963- v9i6a10642p8660-8664-2015.
Alves, D. N., Bresani-Salvi, C. C., Batista, J. D. L., Ximenes, R. A. A., Filho, D. B. M., Melo, H. R. L., Albuquerque, M. F. P. M. (2017). Uso do Coding Causes of Death in HIV na classificação de óbitos no Nordeste do Brasil. Revista de Saúde Pública, 51(88). doi: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2017051000124.
Brasil. IBGE, Cidades. Piauí. (2010). https://www.ibge.gov.br/cidades- e-estados.html?view=municipio.
Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2019). Disponível em:<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pi/panorama>.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais. (2019). Boletim epidemiológico. Número especial, Brasília.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais. (2019). Panorama epidemiológico da coinfecção TB-HIV no Brasil. Boletim epidemiológico, 50(26).
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS (2020). Informações de saúde (TABNET) – Índice de Gini da renda domiciliar per capita Piauí. <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ibge/censo/cnv/ginipi.def>
Bueno, P. H. C., LIMA, A. J. (2015). Centralidade dos serviços de saúde de Teresina (PI): constituição e dinâmica. Qualit@s Revista Eletrônica, 17(1), 7-25.
Cândido, L. C. O. (2020). Farmocogenética de antirretrovirais em pessoas com HIV/AIDS. Dissertação de Doutorado. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Carvalho, P. P., Barroso, S. M., Coelho, H. C., Penaforte, F. R. O. (2019). Fatores associados à adesão à Terapia Antirretroviral em adultos: revisão integrativa de literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 24(7), 2543-2555. doi: https://doi.org/10.1590/1413- 81232018247.22312017.
Castro, S. S., Scatena, L. M., Neto, A. M., Nunes, A. A. (2020). Tendência temporal dos casos de HIV/aids no estado de Minas Gerais, 2007 a 2016. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 29(1). doi: http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742020000100016.
Cavalcante, J.P.L. (2019). Estudo temporal da mortalidade por HIV/aids no brasil: evidências para preocupação? Repositório Institucional UFC (Fortaleza, online), 1-10.
Delves, P. J., Martin, S. J., Burton, D. R., Roitt, I. M. (2013). Fundamentos de imunologia. 12 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Ferreira, T. C. R., Souza, A. P. C., Rodrigues Júnior, R. S. (2015). Perfil clínico e epidemiológico dos portadores do HIV/Aids com coinfecção de uma unidade de referência especializada em doenças infecciosas parasitárias especiais. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 13(1), 419-431.
Fundação CEPRO. (2019). Piauí em números. 11. ed., Teresina: Fundação CEPRO.
Guimarães, M. D. C., Carneiro, M., Abreu, D. M. X., França, E. B. (2017). Mortalidade por HIV/Aids no Brasil, 2000-2015: motivos para preocupação?. Revista Brasileira de Epidemiologia, 20(1),182-190. doi: https://doi.org/10.1590/1980-5497201700050015.
Lima, R. L. F. C., Moreira, N. R. T. L., Medeiros, A. R. C., Moraes, R. M., Nascimento, J. A., Vianna, R. P. T., Santos, S.R. (2017). Estimativas da incidência e mortalidade por Vírus da Imunodeficiência Humana e sua Relação com os Indicadores Sociais nos Estados do Brasil. Revista brasileira de Ciências e Saúde, 21(2),139-144. doi: https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6032.2017v21n2.28569.
Lins, M.E.V.S., Jesus, J.B., Oliveira, J.F., Rêgo, G.G., Matos, A. V. M., Wanderley, N.B. (2019). Perfil epidemiológico de óbitos por HIV/AIDS na região Nordeste do Brasil utilizando dados do sistema de informação de saúde do DATASUS. Brazilian Journal of Health Review, 2(40), 2965-2973. doi: https://doi.org/10.34119/bjhrv2n4- 061.
Lui, L., Leal, A. F. (2018). Instituições participativas e seus efeitos nas políticas públicas: estudo do Comitê de Mortalidade por Aids de Porto Alegre. Saúde e Sociedade, 27(1), 94-105. doi: https://doi.org/10.1590/s0104-12902018170425.
Maranhão, T. A. (2018). Distribuição espacial e temporal dos casos e óbitos por aids no Piauí e sua relação com determinantes sociais da saúde. Dissertação de Doutorado. Universidade Estadual Do Ceará, Fortaleza.
Melo, G. C., Oliveira, E. C. A., Leal, I. B., Silva, C. P. M. F. S., Beltrão, R. A., Santos, A. D. S., Reis, R. K., Nunes, M. A. P., Araújo, K. C. G. M. (2020). Spatial and temporal analysis of the human immunodeficiency vírus in an área of social vulnerability in Northeast Brazil. Geospatial Health, 15(2), 210-216. doi: https://doi.org/10.4081/gh.2020.863
Melo, M. C. (2016). Incidência e mortalidade por AIDS em crianças e adolescentes: desafios na região sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 21(12), 3889-3898. doi: https://doi.org/10.1590/1413-812320152112.11262015.
Melo, M. C., Ferraz, R. O., Nascimento, J. L., Donalissio, M. R. (2016). Incidência e mortalidade por AIDS em crianças e adolescentes: desafios na região sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 21(12), 3889-3998. doi: https://doi.org/10.1590/1413- 812320152112.11262015.
Oliveira, R. S., Pimentel, K. B. A., Magalhães, F. J. S., Nascimento, G. C., Santos, L. L. L., Barros, L. A. A., Pinheiro, V. C. S. (2019). Ocorrência da coinfecção leishmaniose tegumentar americana/HIV no Estado do Maranhão. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 11(11), 1-8. doi: https://doi.org/10.25248/reas.e487.2019.
Paiva, S. S., Pedrosa, N. L., Galvão, M. T. G. (2019). Análise espacial da AIDS e os determinantes sociais de saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia (Fortaleza, online), 22. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1980-549720190032.
Paula, A. A., Pires, D. F., Filho, P. A., Lemos, K. R. V., Veloso, V. G., Grinsztejn, B., Pacheco, A. G. (2020). Perfis de mortalidade em pessoas vivendo com HIV/aids: comparação entre o Rio de Janeiro e as demais unidades da federação entre 1999 e 2015. Revista brasileira de epidemiologia, 23. doi: https://doi.org/10.1590/1980- 549720200017.
Pereira, G. F. M., Shimizu, H. E., Bermudez, X. P., Hamann, E.M. (2018). Epidemiologia do HIV e aids no estado do Rio Grande do Sul, 1980-2015. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 27(4). doi: http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742018000400004.
Portaria n° 1.271 (2014, 06 junho). Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e da outras providências. Diário Oficial da União, n° 108, Brasília-DF.
Programa Das Nações Unidas Para O Desenvolvimento. (2016) Desenvolvimento humano nas macrorregiões brasileiras, Brasília.
Rodrigues, L. C. B., Façanha, A.C. (2016). A dinâmica do setor de saúde em Teresina-PI: considerações sobre a produção do espaço urbano. Revista de geografia e interdisciplinaridade, 2(5), 221-237.
Santos, N. J. S. (2019). Mulher e negra: dupla vulnerabilidade às DST/HIV/aids. Saúde e Sociedade, 25(3), 602-618. doi: https://doi.org/10.1590/s0104-129020162627.
Silva, L. R., Araújo, E. T. T., Carvalho, M. L., Almeida, A. P. L., Oliveira, A. D. S., Carvalho, P. M. G., Rodrigues, T. S., Campelo, V. (2018). Epidemiological situation of acquired immunodeficiency syndrome (AIDS)-related mortality in a municipality in northeastern Brazil. A retrospective cross-sectional study. São Paulo Medical Journal, 136(1), 37-43. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1516-3180.2017.0130100917.
Sousa, L. R. M. S., Cruz, M. C. M. A., Caldeira, N. M. V. P., Gir, E. (2018). Terapia com antirretrovirais: grau de adesão e a percepção dos indivíduos com HIV/Aids. Acta Paulista de Enfermagem, 31 (3), 327-333. doi: https://doi.org/10.1590/1982-0194201800046.
Souza, A. C. S. V., D`Albuquerque, A. C. C., Araújo, R. A., De Oliveira, S. F., Carvalho, C. G. N. (2020). Características clínico-epidemiológicas da coinfecção por tuberculose e HIV no Estado do Piauí, Brasil. Research, Society and Development, 9(9). doi: https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7415.
Souza, L. R. S. (2019). Mortalidade e incidência por HIV / Aids na população idosa brasileira entre os anos 1996 a 2015: uma análise dos efeitos idade, período e coorte. Dissertação de Doutorado. Universidade Estadual De Campinas, Campinas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Isabella Custódio da Silva Mota; Evaldo Hipólito de Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.