Atividade da fenilalanina amônia-liase (FAL) em genótipos de Opuntia spp. frente a infestação artificial de Dactylopius opuntiae submetidas a indutores de resistência bióticos e abióticos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15106Palavras-chave:
Cochonilha do carmim; Enzimas oxidativas; Infestação; Palma forrageira.Resumo
Produtos de origem biótica e abiótica estão sendo investigados para utilização no manejo de pragas, muitas destas substâncias podem atuar como indutores de resistência, o que induz a metabolização de enzimas envolvidas nos mecanismos de defesa. Há uma busca por formas eficientes e alternativas de controle da cochonilha do carmim (Dactylopius opuntiae Cockerell) principal praga da palma forrageira (Opuntia spp) no Nordeste do Brasil. O objetivo do estudo foi avaliar a aplicação de indutores bióticos e abióticos em palmas na indução de resistência através da atividade da enzima antioxidante fenilalanina amônia liase. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal do Agreste de Pernambuco, utilizando-se um Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), distribuído em esquema fatorial (3x8x3) sendo três genótipos de Opuntia, oito tratamentos: Trichoderma viride URM 6824, Trichoderma viride URM 6823, Aureobasidium pullulans URM 6874, ácido salicílico, quitosana, ácido amino butírico (BABA), água destilada com o inseto (controle positivo), água destilada sem o inseto (controle negativo), com três períodos de coleta e quatro repetições. Os resultados foram submetidos a análise de variância (ANOVA), sendo as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade (p< 0,05) e por contrastes ortogonais. Os indutores biológicos T. viride URM 6824 e T. viride URM 6823 assim como o BABA influenciaram no aumento da atividade enzimática da fenilalanina amônia liase. Resultado demonstra a potencialidade de utilização no manejo alternativo, cabendo estudos futuros para aprofundamento sobre aplicabilidade em condições de campo.
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