Perfuração facial incomum por projétil de borracha: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15168Palavras-chave:
Órbita; Traumatismo craniano penetrante; Bala de borracha.Resumo
Introdução: As balas de borracha são consideradas “armas não-letais”, porém, quando atingem região facial podem deixar sequelas graves ou até causar morte. Tais projéteis podem alcançar a região facial, causando destruições ósseas, danos neurológicos e vasculares, bem como, favorecer o desenvolvimento de infecções. O presente estudo tem objetivo de relatar um caso de um paciente do sexo masculino, 32 anos, acometido por um projétil compatível com bala de borracha no momento de uma dispersão policial. Relato de caso: O paciente compareceu ao serviço de emergência apresentando ptose palpebral, equimose e edema periorbitário de ambos os olhos, sendo evidenciado no olho esquerdo e ferimento corto-contuso no canto medial da órbita. Na tomografia computadorizada pré-operatória, observou-se: corpo estranho alojado na base do crânio – dentro do seio esfenoidal. O paciente foi submetido a centro cirúrgico sob anestesia geral para remoção do projétil e uso de I-PRF para fechamento de provável fistula liquórica. Discussão: As lesões penetrantes ocasionadas por bala de borracha na face devem ser tratadas por uma equipe multidisciplinar em associação com exames complementares como a tomografia computadorizada para diagnosticar e definir o melhor tratamento. Conclusão: O paciente evolui com 03 (três) meses de acompanhamento pós-operatório, sem sinais de infecção ou evidencia de fístula liquórica.
Referências
Al-Ahmady, H. H., El Sayed, M., Fereir, A., Ekram, A., & Mousa, K. (2018). Removal of large impacted foreign body from the base of the skull through submandibular access: A multidisciplinary approach. International journal of surgery case reports, 50, 21–24. https://doi.org/10.1016/j.ijscr.2018.07.012
Amaral, M. B. F. et al (2017). Facial fractures caused by less-lethal rubber bullet weapons: case series report and literature review. Oral and Maxillofacial Surgery, 21(3), 357–361.
Ballantyne B. (2006). Medical management of the traumatic consequences of civil unrest incidents: causation, clinical approaches, needs and advanced planning criteria. Toxicological reviews, 25(3), 155–197. https://doi.org/10.2165/00139709-200625030-00003
Bloom, W. R., & Bloom, T. D. (2020). Epidemiology of Eye Injuries Caused by Personal Protection Devices and Kinetic Impact Projectile Weapons. JAMA ophthalmology, 138(12), 1318–1319. https://doi.org/10.1001/jamaophthalmol.2020.4434
Gaboriau, H. P., & Kreutziger, K. L. (1998). Penetrating injuries of the face. The Journal of the Louisiana State Medical Society: official organ of the Louisiana State Medical Society, 150(1), 6–9.
Glapa, M., Kourie, J. F., Doll, D., & Degiannis, E. (2007). Early management of gunshot injuries to the face in civilian practice. World journal of surgery, 31(11), 2104–2110. https://doi.org/10.1007/s00268-007-9220-2
Gross, M. et al. (2005). Penetrating rubber bullet into the ethmoid sinus: Should the bullet be removed? Otolaryngology - Head and Neck Surgery. 133(5), 814–6.
Kalantar Motamedi MH. Comprehensive Management of Maxillofacial Projectile Injuries at the First Operation; "Picking up the Pieces". Trauma Mon. 2013 Winter; 17(4):365-610.5812/traumamon.9279..
Karla, C. et al. (2020) Matriz autóloga de fibrina rica em plaquetas em ambientes de tratamento de feridas : uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. 11(2),.
Khonsari, R. H. et al (2010). Severe facial rubber bullet injuries: Less lethal but extremely harmful weapons. Injury, 41(1), 73–76
Kobayashi, M. & Mellen, P. F. (2009). Rubber bullet injury: Case report with autopsy observation and literature review. American Journal of Forensic Medicine and Pathology, 30(3), 262–7.
Lartizien, R. et al. (2019) Yellow vests protests: facial injuries from rubber bullets. The Lancet, 394(10197), 469–470.
Lavy, T.; Abu Asleh, S. (2003). Ocular rubber bullet injuries. Eye, 17(7), 821–824,.
McLean, J. N., Moore, C. E., & Yellin, S. A. (2005). Gunshot wounds to the face--acute management. Facial plastic surgery: FPS, 21(3), 191–198. https://doi.org/10.1055/s-2005-922859
Melo, M. N., Pantoja, L. N., de Vasconcellos, S. J., Sarmento, V. A., & Queiroz, C. S. (2017). Traumatic Foreign Body into the Face: Case Report and Literature Review. Case reports in dentistry, 2017, 3487386. https://doi.org/10.1155/2017/3487386
Millar, R. et al. (1975). Injuries caused by rubber bullets: A report on 90 patients. British Journal of Surgery, 62(6), 480–486.
Motamedi M. H. (2007). Primary treatment of penetrating injuries to the face. Journal of oral and maxillofacial surgery: official journal of the American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons, 65(6), 1215–1218. https://doi.org/10.1016/j.joms.2007.03.001
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM. 5.3) Koche, J. C. (2011). Fundamentos de metodologia científica. Petrópolis: Vozes. Disponível em: http://www.brunovivas.com/wp content/uploads/sites/10/2018/07/K%C3%B6che-Jos%C3%A9-Carlos0D0AFundamentos-de-metodologia-cient%C3%ADfica-_-teoria-da0D0Aci%C3%AAncia-e-inicia%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0pesquisa.pdf https://repositorio.ufsm.br /bitstream/handle/1 /15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Rodríguez, Á., Peña, S., Cavieres, I., Vergara, M. J., Pérez, M., Campos, M., Peredo, D., Jorquera, P., Palma, R., Cortés, D., López, M., & Morales, S. (2020). Ocular trauma by kinetic impact projectiles during civil unrest in Chile. Eye (London, England), 1–7. Advance online publication. https://doi.org/10.1038/s41433-020-01146-w
Ueeck B. A. (2007). Penetrating injuries to the face: delayed versus primary treatment--considerations for delayed treatment. Journal of oral and maxillofacial surgery : official journal of the American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons, 65(6), 1209–1214. https://doi.org/10.1016/j.joms.2006.10.078
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 José Maria Menezes Sampaio Junior; Ricardo Franklin Gondim; Manoel de Jesus Rodrigues Mello; Rafael Linard Avelar; Jayara Ferreira de Aguiar; Josfran da Silva Ferreira Filho; Guilherme Sabóia Silveira; João Antônio Pinheiro Marques
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.