Bioconcreto: bactérias gram-positivas retiradas do solo no autorreparo de fissuras, trincas e rachaduras no concreto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15215

Palavras-chave:

Concreto; Biomineralização; Autorreparação; Bactéria gram-positiva.

Resumo

O concreto é um material altamente utilizado na construção civil, apresenta alta resistência à compressão, porém quando tracionado tende a fissurar e romper. Com a ocorrência dessas fissuras e possível rompimento, há o receio de que a estrutura deixe de cumprir com os seus critérios de desempenho ou que tenha a sua vida útil reduzida. A partir dessa problemática tem se desenvolvido estudos sobre o bioconcreto, concreto capaz de realizar autorreparação a partir da adição de bactérias gram-positivas e seu meio de alimento em seu preparo por meio do processo de biomineralização. Ao entrar em contato com a água essa bactéria se alimenta e precipita uma camada de carbonato de cálcio, preenchendo, assim, suas fissuras. Logo, o bioconcreto se apresenta como uma nova alternativa na área da construção civil. O objetivo da pesquisa foi analisar um novo meio de reparação de fissuras por meio de bactérias extraídas do solo. A metodologia foi dividida nas etapas de preparação da bactéria, preparação do concreto, preparação das fissuras, trincas e rachaduras, preparação do meio de alimento e tratamento dessas fissuras, trincas e rachaduras. Os resultados foram analisados de forma qualitativa. Ainda que as fissuras não tenham se preenchido totalmente, obteve-se resultados significativos, no qual o ensaio A se destacou, pois visualmente ficou com suas fissuras mais preenchidas do que no ensaio B. No entanto, o tempo empregado na metodologia pode não ter sido suficiente para a reparação completa dessas fissuras.

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Publicado

11/05/2021

Como Citar

MARTINS, M. G. A.; SILVA, M. O. da; FLORENTINO, L. A.; BORGES, D. G. . Bioconcreto: bactérias gram-positivas retiradas do solo no autorreparo de fissuras, trincas e rachaduras no concreto. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 5, p. e40810515215, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.15215. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/15215. Acesso em: 27 set. 2024.

Edição

Seção

Engenharias