Diagnóstico e manejo de trauma por corpo estranho penetrante em órbita: Série de casos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15320Palavras-chave:
Órbita; Corpos estranhos; Traumatismos; Olho.Resumo
Introdução: Corpos estranhos intraoculares são a maior causa de lesões traumáticas em órbita, possuem características diversas, que abrangem do edema palpebral ao trauma órbito craniano, resultando em sequelas graves e algumas vezes fatais. Objetivo: O objetivo do presente estudo é apresentar uma série de casos de trauma por corpo estranho penetrante na órbita ocular associado a uma revisão da literatura sobre o tema. Desenho: Estudo retrospectivo de casos. Metodologia: Revisão de acordo com a declaração PRISMA, por meio das bases de dados PubMed, Science Direct e SciELO, além dos relatos de casos e análise retrospectiva de 12 pacientes submetidos à diferentes manejos. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 31,16 anos, sendo 91,6% dos pacientes do sexo masculino, a etiologia em 50% dos casos foi por material de madeira, em 41,7% foi por metal e em 8,3% por vidro. A tomografia computadorizada foi utilizada em todos os casos fornecendo resultados altamente efetivos. Em 58,3% dos casos ocorreram na órbita esquerda. Cinquenta por cento dos casos tratados evoluíram sem sequelas. Conclusão: O diagnóstico precoce e manejo imediato de lesões orbitárias são imprescindíveis para um prognóstico positivo, assim como exames de imagem adequados. A tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a angiografia por tomografia computadorizada são modalidades de imagem frequentemente utilizadas e eficazes.
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