Análise da cobertura vacinal e casos de hepatite B no Estado Pará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.15334Palavras-chave:
Hepatite B; Hepatite C; Epidemiologia; Análise espacial.Resumo
Objetivo: Analisar a distribuição geoespacial dos vírus da hepatite B (HBV) no Estado do Pará, Brasil, de 2010 a 2020 relacionando com os dados à vacinação contra a hepatite B. Metodologia: Neste trabalho descritivo e transversal, foram utilizados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde (MS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Resultados: O número de internações por HBV estava em queda de 2014 a 2018 e voltou a crescer em 2019 e 2020. A região Metropolitana I – Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba e Santa Barbara do Pará – concentrou a maioria das notificações com grande incidência dos casos em Belém e Ananindeua. No interior, a cidade de Redenção e Santarém também registraram grandes numero de notificações. Alenquer, Paragominas e Barcarena se destacam pelo maior índice de mortalidade. Concomitantemente, o Pará é um dos estados com menor cobertura vacinal contra Hepatite B, estando desde 2012 abaixo da meta de cobertura vacinal. Destaca-se neste cenário, que um pouco mais de 20% dos 144 municípios do estado estão dentro da meta estabelecida pelo MS, com destaque para a Região de Saúde do Marajó com o menor índice de cobertura vacinal do Estado. Conclusão: A baixa cobertura vacinal e os resultados dos indicadores de saúde da hepatite B demonstraram um sério problema no que concerne a saúde pública do estado do Pará. Uma vez que a manutenção dos níveis de imunização abaixo do preconizado no Pará apresenta potencial risco de interferir para aumento nos casos, internações e falecimentos resultantes do HBV.
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