Análise do preenchimento correto da ficha de solicitação de Antimicrobianos em um Hospital de Referência Oncológica no Estado do Pará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15608Palavras-chave:
Antimicrobianos; Unidade de Terapia Intensiva; Comissão de Controle de Infecção Hospitalar; Uso racional de medicamento.Resumo
Objetivo: Analisar o preenchimento do formulário de solicitação de antimicrobianos da Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital de referência oncológica do Estado no Pará. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo por levantamento de dados da ficha de solicitação de antimicrobianos de uso restrito, desenvolvido na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Ophir Loyola. As fichas analisadas foram dos meses de agosto a dezembro de 2018 do arquivo da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Os dados obtidos foram organizados em um banco de dados no software Microsoft Excel®, para aplicação estatística descritiva, sendo que os resultados foram categorizados e apresentados em quadro e tabelas. Resultados: Das 469 fichas analisadas, 125 pertenciam ao mês agosto (27%), 96 (20%) setembro, 79 (17%) outubro, 96 (20%) novembro (20%) e 73 (16%) dezembro. O meropenem foi o medicamento mais prescrito nos três primeiros meses (16%, 21,90% e 20,30%), já em novembro, a vancomicina foi o mais dispensado (11,5%) e, em dezembro, o piperacilina-tazobactam (tazocin - 20,5%). Em relação às inconformidades, observou-se que não há em nenhuma ficha com o item “forma farmacêutica”. E notaram-se ausências de informação indicação de uso, dados sobre o agente infecioso isolado e omissão de informações sobre “andamento do estudo microbiológico solicitado”. Já a indicação de uso ficou compreendida entre terapia empírica e específica. Conclusão: Assim, faz-se necessário o ajuste na ficha de solicitação de antimicrobiano, inserindo dados complementares para maior segurança do paciente e melhor prescrição, promovendo o uso racional destes.
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