Utilização de Oleato de Monoetanolamina no tratamento de hemangioma em mucosa jugal: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15642Palavras-chave:
Escleroterapia; Lesões vasculares; Neoplasias; Odontologia.Resumo
O hemangioma é caracterizado pela proliferação de vasos sanguíneos, sendo descrito como uma neoplasia vascular ou uma anomalia vascular. Apresenta uma considerável incidência na região de cabeça e pescoço e na cavidade bucal, acomete mais frequentemente estruturas como lábios, língua e mucosa jugal. Devido a sua localização ser comumente relatada nas áreas de atuação do cirurgião-dentista, o conhecimento dessa neoplasia é de grande importância. Seu diagnóstico é clínico, feito com auxílio da diascopia, uma manobra semiotécnica que causa o escoamento do sangue e esmaecimento da coloração central da lesão, indicando sua origem vascular. Atualmente, dentre as alternativas terapêuticas, a escleroterapia vem sendo bastante difundida, devido à apresentação de resultados clínicos satisfatórios. O objetivo deste trabalho é apresentar o caso clínico referente a um hemangioma localizado em mucosa jugal em paciente pediátrico, leucoderma, gênero feminino, que foi acompanhada dos pais ao atendimento na clínica da Liga Acadêmica de Estomatologia e Medicina Oral (LAEMO) da Universidade Católica de Brasília, seu tratamento foi feito por meio da esclerose terapêutica com oleato de monoetanolamina (Ethamolin® ) obtendo-se total involução da lesão em 3 aplicações, além de nenhum sinal de recidiva após 3 meses. Nesse caso foi possível proporcionar a regressão total da lesão por meio de uma terapêutica não cirúrgica, demonstrando a eficiência e a segurança na utilização do Ethamolin® para escleroterapia nesse tipo de neoplasia.
Referências
Angelo, A., Moraes, J., Rosa, M., Duarte, R., & DeBiase, R. (2008). Incidência de hemangioma na região de cabeça e pescoço em pacientes com a faixa etária entre 18 anos: estudo de 10 anos. Rev Odontol Univ Cid São Paulo, 20(2), 209-14.
Assis, G. M. D., Silva, S. R. P. D., Moraes, P. H. D., Amaral, J. I. Q. D., & Germano, A. R. (2009). Hemangioma de língua: relato de caso. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac, 59-66.
Avila, É. D. D., Molon, R. S. D., Conte Neto, N., Gabrielli, M. A. C., & Hochuli-Vieira, E. (2010). Lip cavernous hemangioma in a young child. Brazilian dental journal, 21(4), 370-374.
Bharti, V., & Singh, J. (2012). Capillary hemangioma of palatal mucosa. Journal of Indian Society of Periodontology, 16(3), 475.
Chinen, A., Martins, R. H., Santos, G. G. D., Souza, A. D., & Marcucci, G. (1996). Hemangioma: aspectos clínicos, diagnóstico e terapêutica de 235 casos. Rev. odontol. UNICID, 43-9.
Coimbra, E. L. S., Panceiro, M. P., Rocha, F. L., Santos, R. G., Braz, G. G., & Rocha, M. L. (2020). Tratamento de hemangioma em mucosa labial por escleroterapia: relato de caso clínico, Revista da faculdade de odontologia de Porto Alegre, 61(1) 10-15.
Cruz, F. L. G., Carvalho, R. F. D., Carvalho, M. F. D., Sales, L. D. A. R., & Devito, K. L. (2011). Diagnóstico diferencial de hemangioma por meio da vitropressão. RGO. Revista Gaúcha de Odontologia (Online), 59(1), 125-129.
Freitas, C. F., Prado, B. N., dos Santos, A. F., Oliveira, J. M. M., & Vaccarezza, G. F. (2017). Uso de oleato de etanolamina para hemangiomas da cavidade bucal: um estudo de cinco anos. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, 23(1), 42-45.
Frongia, G., Byeon, J. O., & Mehrabi, A. (2021) Taxa de recorrência de hemangioma infantil após terapia com propranolol oral. Eur J Pediatr, 180(2), 585–590.
George, A., Mani, V., & Noufal, A. (2014). Update on the classification of hemangioma. Journal of oral and maxillofacial pathology: JOMFP, 18(1), 117.
Gomes, J. A., & Ramalho, L. M. P. (2019). Escleroterapia como tratamento conservador para hemangioma oral: relato de caso. Journal of medical and biological sciences, 18(3), 421-24.
Hou, J., Wang, M., Tang, H., Wang, Y., & Huang, H. (2011). Pingyangmycin sclerotherapy for infantile hemangiomas in oral and maxillofacial regions: an evaluation of 66 consecutive patients. International journal of oral and maxillofacial surgery, 40(11), 1246-1251.
Kurabayashi, T., Ida, M., Tetsumura, A., Ohbayashi, N., Yasumoto, M., & Sasaki, T. (2002). MR imaging of benign and malignant lesions in the buccal space. Dentomaxillofacial Radiology, 31(6), 344-349.
Mandú, A. L. C., LiraI, C. R. S. D., Barbosa, L. M., Silva, V. C. R. D., & Cardoso, A. J. O. (2013). Escleroterapia de hemangioma: relato de caso. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, 13(1), 71-76.
Matsumoto, K., Nakanishi, H., Koizumi, Y., Seike, T., Kanda, I., & Kubo, Y. (2003). Sclerotherapy of hemangioma with late involution. Dermatologic surgery, 29(6), 668-671.
Minkow, B., Laufer, D., & Gutman, D. (1979). Treatment of oral hemangiomas with local sclerosing agents. International journal of oral surgery, 8(1), 18-21.
Neville, B. W., Damm, D. D., Allen, C. M., & Bouquot, J. E. (2009). Patologia Oral e Maxilofacial. Elsevier
Pereira, C. C. T., Figueiredo, M. A. Z. D., & Cherubini, K. (2002). Tratamento de hemangioma bucal com agente esclerosante. JBC j. bras. clin. odontol. integr, 324-328.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica.
Pistóia, A. D., Achutti, N. A., Yurgel, L. S., & Soares, E. C. S. (1998). Uso de um agente de esclerose química para o tratamento de hemangioma: relato de caso. Rev. odonto ciênc, 39-48.
Prado, B. N., Trevisan, S., & Passarelli, D. H. C. (2010). Epidemiological study of oral lesions in the period of 05 years. Rev Odontol Univ Cid Sao Paulo, 22(1), 25-9.
Redondo, P. (2007). Vascular malformations (II). Diagnosis, Pathology, and Treatment. Actas Dermo-Sifiliográficas (English Edition), 98(4), 219-235.
Ribas, M. D. O., Laranjeira, J., & Sousa, M. H. (2004). Hemangioma bucal: escleroterapia com oleato de etanolamina. Revisão da literatura e apresentação de caso. Revista de Clínica e Pesquisa Odontológica, 1(2), 31-6.
Seo, J., Utumi, E. R., Zambon, C. E., Pedron, I. G., & Rocha, A. C. (2009). Escleroterapia de hemangioma labial. Odonto, 17(34), 106-112.
Silva, T. W. S., Nascimento, A. C. C., & Filho, J. L. F. (2018). Diagnóstico e tratamento de hemangioma cavernoso intraoral: relato de caso. Jornada odontológico dos acadêmicos da católica: Inovação, ciência & pesquisa, 4(1), 12-8.
Tavares, G. R., Cavalcanti, M. D. O. A., Tavares, S. S. S., & Aragão, M. D. S. (2009). Hemangiomas múltiplos na boca. Rev. bras. ciênc. saúde, 77-81.
Toledo, H. J. B. D., Castro, E. V. F. L. D., Castro, A. L. D., Soubhia, A. M. P., & Salvador Júnior, F. B. (2004). Hemangioma cavernoso de lábio inferior: caso clínico. Rev. Odontol. Araçatuba (Impr.), 9-11.
Zvizdic, D., Bulja, D., Sidran, A., Skenderi, F., Zvizdic, Z., & Vranic, S. (2021). Isolated deep orbital hemangioma treated successfull with oral propranolol in a 2-month-old infant: Case report with literature review. American Journal of Ophthalmology Case Reports, 22(2) 1-4.
Wang, L., Oliveira, D. T., Consolaro, A., & Perez, F. (1998). Tratamento de hemangioma bucal com agente esclerosante. Revista Odontológica do Brasil Central, 7(24).]
Waner, M., Suen, J. Y., & Dinehart, S. (1992). Treatment of hemangiomas of the head and neck. The Laryngoscope, 102(10), 1123-1132.
Yoshida, H., Yusa, H., & Ueno, E. (1995). Use of Doppler color flow imaging for differential diagnosis of vascular malformations: a preliminary report. Journal of oral and maxillofacial surgery, 53(4), 369-374.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Matheus Almeida Barbosa; Gustavo Paiva Custódio; Isabela Gomes de Sena Ribeiro; Iasmin Soares Souza Santos; Gustavo Landim de Souza Kobayashi; Jéssica Loyane Ribeiro Costa; Giovanna da Silva Magalhães; Daniel Saraiva de Paula
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
